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30 setembro

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«Vieira dá a cara e o peito às balas»

«Vieira dá a cara e o peito às balas»
«Vieira dá a cara e o peito às balas» • Foto: Paulo Calado

R – Como define Vieira como líder?

AC – É um presidente apaixonado pelo Benfica e pela sua função. Com enorme capacidade de trabalho, solidário, empenhado e com uma visão estratégica para o clube, para o futebol e empresas do grupo Benfica. Conseguiu regenerar por completo a situação financeira e empresarial do Benfica. Criou e construiu estruturas modernas, funcionais e de referência que o tornam num dos maiores clubes do Mundo. Quando obtiver sucesso desportivo, e acredito plenamente que o terá, será o presidente mais importante da história do clube.

R – O que tem de fazer?

AC – Terá de apostar, com tempo e estabilidade, em uma ou duas pessoas para trabalhar com ele no futebol. Se virmos o que se passa nos clubes de maior sucesso na Europa e no Mundo, as estruturas pensantes do futebol são compostas pelo presidente e por mais uma ou duas pessoas da sua total confiança. E que trabalham juntos durante mais de uma década. Que assumem, por inteiro, o controlo executivo das áreas do futebol. Sem interferências internas, de administradores, diretores, funcionários, etc. E sem interferências externas, de amigos, empresários, jornalistas, comentadores, que constantemente enviam emails e fazem telefonemas a darem a sua opinião, desajustada do que é a realidade, e que por vezes podem influenciar decisões. A estabilidade e a confiança são fundamentais para atingir o sucesso! Em dez anos, quantos responsáveis pelo futebol teve o Benfica? Que me lembre, quatro ou cinco.

R – Entendeu-se sempre bem com ele?

AC – O meu entendimento com Luís Filipe Vieira teve, tem e terá como bases a verdade, o respeito, a comunicação, o profissionalismo, a lealdade e a amizade. Ele sabe que lhe digo sempre o que penso. Mesmo que fique desempregado. Sabe que não defendo interesses pessoais e que acima de tudo está a equipa, o Benfica e a confiança que depositou em mim. Sabe que assumo sempre o que digo e o que faço. Sabe a paixão que tenho pelo meu trabalho. E sabe também que sou profissional do futebol há 40 anos, não tenho fortuna pessoal e nunca ganhei milhões de euros por ano, por isso necessito de trabalhar para viver, mas isso não me impede de ser independente no pensamento e nas decisões e que existem coisas que o dinheiro não compra!

R – Sentiu-se sempre respaldado por Vieira?

AC – Sempre me apoiou e me deu, a mim, à estrutura, aos jogadores e à equipa técnica, as condições de excelência de que necessitávamos para ganhar tudo. Sempre apoiou as minhas decisões.

R – Foi alguma vez desautorizado ou desrespeitado pelo presidente?

AC – Nunca isso aconteceu, durante os seis anos em que me deu a honra e o privilégio de trabalhar no Benfica e com ele.

R – Há quem diga que Vieira sacode as responsabilidades quando as coisas correm mal. Concorda?

AC – De forma nenhuma. Assume as responsabilidades dos seus atos e decisões. E é isso que todos os benfiquistas esperam dele. Por isso votaram em massa no seu projeto e na sua pessoa. Comete erros? Claro que comete! Mas segue em frente, retirando ilações e dando a cara e o peito às balas.

R – Abandonou o Benfica em junho, mas só recentemente rescindiu o contrato. Porquê?

AC – O timing foi definido pelo presidente e por mim. Ressalvo o facto de o Benfica ter cumprido todas as responsabilidades a seu tempo assumidas. No Benfica, a palavra e a honra fazem parte do seu código de conduta!

R – Teve esperança de voltar?

AC – O meu ciclo Benfica terminou. Com orgulho, prazer e tendo a certeza de que a minha passagem marcou algumas pessoas. Assim como elas me marcaram a mim. Não posso esquecer que muitas delas trabalharam comigo na formação, entre 2004 e 2008, e fui encontrá-las agora no futebol profissional. Assim como dezenas de jovens jogadores que nesses anos iniciaram o seu processo formativo e hoje são promessas do futebol português: Ivan Cavaleiro, Miguel Rosa, Bruno Varela, João Cancelo, Hélder Costa, Bernardo Silva e muitos outros.

R – Ficou marcado logo no primeiro dia por ter afastado dois dirigentes do campo de treinos.

AC – Marcado? Porquê e por quem? Não dei, nunca o fiz e nunca darei importância a esses “fait divers”. Quem me conhece e quem trabalhou comigo, sabe que levo muito a sério o meu trabalho. Que imponho regras de funcionamento, no que concerne à proteção do grupo e blindagem da estrutura, de que não abdico. Que só frequentam os espaços da equipa quem dela faz parte. Toda a gente sabe que sou uma pessoa educada e respeitadora, que não invade o espaço de ninguém. E por isso exijo o mesmo!

R – Há quem considere que abusou da sua autoridade.

AC – Sou frontal e direto sempre que tenho de tomar qualquer posição e digo sempre o que penso, cara a cara, olhos nos olhos. Ao contrário de algumas figuras decorativas, “papagaios” pequeninos, feios e vulgares, de interesses duvidosos e que vagueiam no universo Benfica de forma sorrateira e interesseira, aproveitando todas as oportunidades para aparecerem na fotografia e na televisão. E que, cobarde e intelectualmente mentirosos, desrespeitaram o meu trabalho e o do meu grupo e de forma maldosa teceram comentários acintosos e de falta de solidariedade institucional.

R – Quem são os papagaios?

AC – Todos os que estão atentos ao que se passa no clube, sabem a quem me refiro. O que se pode esperar de indivíduos que deixam o seu presidente sozinho, depois de uma derrota humilhante na final da Taça? O que se pode esperar de indivíduos que, mesmo ao lado do gabinete do presidente, traçam cenários de substituição presidencial para as próximas eleições? E, por favor, gostaria de ficar por aqui!

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