Presidente e candidato recusa ter sido bandeira eleitoral de Vale e Azevedo
Rui Costa recusou, esta segunda-feira, as acusações de João Noronha Lopes, feitas na CMTV, de ter sido bandeira eleitoral de Vale e Azevedo. O presidente dos encarnados e candidato a segundo mandato acusou o adversário eleitoral de desconhecer a história do Benfica. "Não vale tudo para para ser eleito presidente", atirou o dirigente, de 53 anos, em declarações aos jornalistas.
À chegada a Casa do Benfica em Évora, primeiro ponto de paragem na deslocação ao Alentejo, Rui Costa puxou a fita atrás para lembrar que em 1996, quando Vale e Azevedo acenou com a contratação do então médio da Fiorentina, foi Manuel Damásio quem venceu as eleições, No ano seguinte, o advogado derrotou Luís Tadeu, mas Rui Costa ficou em silêncio.
"Diz-se muita coisa, mas, até pela responsabilidade que temos perante os sócios, convém dizer as coisas como elas são. Não vale tudo para ser eleito presidente. Não caí aqui de paraquedas, não sou benfiquista de ocasião e estive sempre ao serviço deste clube. As coisas têm de ser ditas com sentido de responsabilidade", atirou Rui Costa.
Depois, respondeu à questão. "Bandeira eleitoral de Vale e Azevedo nunca fui na vida. Houve um compromisso de que voltaria ao Benfica com Vale e Azevedo, isso foi explicado mais do que uma vez. Pode ir buscar todas as gravações que quiser, tem é de as colocar do princípio ao fim. Disse, mais do que uma vez, que o meu sentido era voltar ao Benfica. Queria voltar ao Benfica com Vale e Azevedo ou qualquer outro presidente. Pode ir buscar as gravações e as declarações daquela altura, de um jogador de 24 anos, mas é preciso conhecer a história. Nem sequer Vale e Azevedo ganhou essas eleições, foi Manuel Damásio. É preciso conhecer a história do Benfica para se dizer as coisas como elas são. Não vale tudo, tem de haver respeito."
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Rui Costa continuou a defender-se. "Eu sou isto, mas se for eleito é porque os sócios querem que fique. Nunca me irei impor aos sócios, serei sempre igual a mim próprio, para o bem e para o mal. Por isso é que as pessoas me conhecem e estou a ter este o voto de confiança dos sócios."
O líder dos encarnados recusou, por outro lado, ter medo de Pedro Proença, como sublinhou Noronha Lopes, igualmente na CMTV. "Medo, eu? Já falei várias vezes do apoio dado na candidatura à Federação Portuguesa de Futebol. Está mais do que explicado, não tenho medo de falar de qualquer tema. Nunca terei medo de nada. Não vale tudo, nunca me vou impor aos sócios. Se quiserem que continue a ser presidente, cá estarei a dar a vida por este clube, mas unca me vou impor nem colocar coisas cá fora que não sejam verdade para ganhar votos."
Depois de ter obtido mais de 42 por cento dos votos na primeira volta, Rui Costa insistiu na ideia de que parte no zero. A ideia é só uma. "Disse logo no domingo, a seguir àquele estrondoso dia, que nenhum candidato é dono dos sócios. Disse que teria de ganhar os sócios, não os candidatos que tinham acabado sair. Agradeço a quem vai votar em mim, mas o que espero é garantir os sócios e não os candidatos", comentou, a próposito do anúncio de Bruno Batista, que fez parte da lista de Luís Filipe Vieira, de que vai votar em Rui Costa.
Rui Costa fecha o dia com um jantar em Portalegre, sabendo que não pode dormir à sombra da bananeira e que há trabalho a fazer nos próximos dias. "Apelo ao voto, até porque queremos bater o recorde de votação. Além de não perder o eleitorado da primeira volta, quer eu, quer o outro candidato, temos de ir buscar mais alguma coisa a outros lados para fazer a maioria."
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