Casa Pia abre as portas… e João Pereira quer mais gente a entrar: «O plantel está longe de estar fechado»

Jovem treinador dos gansos, de apenas 32 anos, admite que o setor ofensivo precisa de mais opções

• Foto: Bruno Colaço/Record

O Casa Pia abriu esta sexta-feira as portas para o habitual treino aberto aos jornalistas e João Pereira, de apenas 32 anos, falou pela primeira vez à comunicação social enquanto treinador dos gansos. Acompanhado do também técnico Alexandre Santana, assumiu que o setor ofensivo terá de ser reforçado, nomeadamente após a transferência do avançado brasileiro Felippe Cardoso para o Akhmat Grozny, da Rússia, 'chutando' para canto sobre uma possível saída de Leonardo Lelo.

"Do ponto de vista ofensivo, estamos à procura de soluções. O plantel está longe de estar fechado, seja por necessidade de mais ferramentas para obtermos os resultados que pretendemos, seja para criar mais competitividade interna, que é importante para um projeto como o Casa Pia, que aposta em jogadores jovens, para que eles não se conformem com o simples facto de estar numa 1ª Liga, num bom contexto como o Casa Pia, mas que queiram crescer para alcançarem outros patamares", notou.

"Lelo? Há rumores, acompanhamos a imprensa, temos reuniões internas, mas a única coisa em que a equipa técnica está focada é em potenciar o Lelo, a equipa e fazer com que ele se sinta bem aqui diariamente e cada vez mais capaz de conhecer os colegas, os que já cá estavam e os que têm vindo a chegar, e que nos ajude a crescer, para conseguirmos ajudar o Lelo a ser um jogador cada vez mais completo", sublinhou sobre o lateral esquerdo português.

Contexto muda... exigência mantém-se

A viver uma nova realidade, depois de ter conquistado a Liga 3 pelo Alverca, João Pereira fará a estreia na 1ª Liga. Mas não é algo que o deixe ansioso. "O contexto acaba por ser uma novidade, mas em termos de jogadores não é. Já tinha tido oportunidade de trabalhar com jogadores de 1ª Liga, que já estiveram em patamares que os nossos ainda não estiveram como a Liga dos Campeões ou a Liga Europa. Aquilo que muda é o contexto, é diferente, e devido a isso, os objetivos acabam por ser diferentes em relação a épocas anteriores, mas o que é a exigência, o rigor e método de trabalho, mantemos idênticos", referiu.

Considerando que a equipa ainda terá de melhorar "em tudo", já que ainda está longe de atingir o "ponto de rebuçado", admite que o objetivo será mais uma vez a permanência... mas sonha com algo mais. "Vamos jogar jogo a jogo, vamos garantir a permanência o mais depressa possível, que é o nosso objetivo, e a partir daí sonhar em fazer melhor do que na época passada. Se assim não fosse, não estaríamos agarrados de forma vincada a este projeto e quem trabalha aqui sabe perfeitamente que a exigência passa por fazer sempre melhor, sempre mais e é isso que vamos fazer", garantiu.

"Vamos ter algumas pedras, alguns desvios, mas como grandes homens e mulheres que somos aqui dentro, temos de superar-nos e fazer esse caminho árduo, duro, difícil, mas plenamente consciente de que dando o nosso melhor a consequência serão coisas muito melhores que hoje", sublinhou por sua vez, Alexandre Santana, que aproveitou para deixar grandes elogios ao veterano central José Fonte, de 40 anos, que foi o reforço mais sonante e também surpreendente da formação lisboeta.

"Ao trabalhar com os bons e com os melhores, fica sempre mais fácil. É uma pessoa fantástica, um homem com H grande, que nos vem acrescentar muito a todos, com aquele sentimento de que é apenas mais um, como eu, como o João [Pereira] como todos nós, sempre com aquela humildade e aquele sentimento de que estamos aqui para fazer mais e melhor em prol da equipa", atirou, vincando: "Tem sido uma peça fundamental desde a sua chegada pelo impacto que tem, pela capacidade de trabalho, pela qualidade que apresenta, e o que é facto é que tem mostrado uma postura de grande abertura, de entreajuda e não aquela de alguém que está aqui só porque sim."

Rio Maior como fortaleza

Por fim, João Pereira anteviu já o encontro com o Boavista, na abertura da Liga Betclic, no dia 10. O técnico quer tornar Rio Maior numa fortaleza. "Temos de criar esse espírito e esse ambiente ao jogarmos em casa, que tem de ser uma fortaleza para nós. O 'em casa' é relativo, porque sabemos contexto do Casa Pia, mas casa é casa. Temos oportunidade de treinar em Rio Maior, sabemos já desde o primeiro dia que vamos competir em Rio Maior, desde a época passada que a equipa lá compete, por isso temos de a apelidar de nossa casa. Seja que equipa for, ao vir a Rio Maior, vai ter de sentir que não é fácil passar em Rio Maior e não é fácil jogar contra o Casa Pia", concluiu.

Por Francisco Guerra
Deixe o seu comentário

Últimas Notícias

Notícias
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Geral ver exemplo
Ultimas de Casa Pia
Notícias
Notícias Mais Vistas