Novo treinador do Casa Pia lançou o duelo com o Arouca
No dia em que Gonçalo Santos foi formalizado como sucessor de Pedro Moreira no comando técnico do Casa Pia, o treinador lançou o duelo com o Arouca e falou sobre o futuro. Abordou ainda o regresso de Fernando Andrade após o processo disciplinar e frisou a vontade de "dar a volta" após o "luto".
Assumiu agora o comando do Casa Pia. Sente-se preparado para este desafio?
Em primeiro lugar, agradecer à administração a confiança. Assumi este desafio e encaro-o com muita vontade de vencer. Acredito muito nos jogadores e no trabalho realizado ao longo da época. Foi por eles que aceitei este desafio, pela qualidade, empenho e dedicação diária que têm tido.
Como é que encara o desafio, sabendo que houve três outros treinadores contactados e que negaram o desafio?
Mais uma vez reforço que acredito muito e tenho a confiança plena da direção. Aceitei o desafio pelo trabalho realizado desde o início e pelos jogadores. A sua pergunta, eu deixo à direção porque não tenho conhecimento. Acredito muito no meu trabalho e que vamos conseguir dar a volta.
Passando à antevisão do jogo em si, será a sua estreia. Relativamente ao jogo com o Arouca, que vai embalado, está em bom momento e vem de uma vitória com o FC Porto. Há aqui duas vertentes: estreia difícil e uma vitória que pode revitalizar os índices de confiança.
Difíceis são todos os jogos. Quem está na elite do futebol português tem de ter a noção de que não há jogos fáceis. Todas as equipas estão bem apetrechadas de jogadores, trabalham bem e têm uma estrutura muito forte, tal como nós. Temos uma boa estrutura, competente e que se esforça para dar as melhores condições aos jogadores. O Arouca vem de quatro vitórias consecutivas, na última jornada ganhou a um candidato ao título e tem um treinador que está a fazer um bom trabalho e já o tinha feito o ano passado. Nós estudámos bem a equipa, trabalhámos bem durante a semana para tentar combater a mais valia do Arouca, tentar atacar, marcar golos e ganhar o jogo. É esse o nosso objetivo e sempre foi assim desde o primeiro dia que cheguei ao Casa Pia. Acredito que uma vitória nos pode dar um balanço qualitativo na ideia de jogo e nos permite dar um salto na classificação. Se somarmos pontos, vamos dar um salto.
Não é propriamente uma cara nova no grupo, mas como é que encontrou o plantel para esta nova fase?
Quando há uma saída de um treinador, e desde já agradeço ao Filipe Martins e ao Pedro Moreira que me fizeram crescer e certamente iremos manter a amizade, há sempre um período de luto. Depois há um novo dia e o nosso trabalho é encontrar ferramentas para o s motivar, fazê-los melhor e fazê-los acreditar que podem ser melhores.
Já houve situações semelhantes, em que saíram treinadores e ficou alguém que já fazia parte da estrutura. Como é que os jogadores olham para estas situações?
Eu já passei por situações como estas e infelizmente acontece muito no futebol. Os resultados são o que dita a carreira. Fui muito bem recebido pelos jogadores, tive sempre uma relação muito próxima com eles, acabei a carreira há pouco tempo e tenho uma vantagem de ter sido capitão e ter estado muitos anos no balneário. Percebo o que estão a passar e partir do momento em que vai haver mudanças, opções e decisões, isso pode criar algum conflito, mas eu já os preparei para isso e a resposta que obtive fui muito positiva.
A fórmula dos três centrais já voltou a ser treinada esta semana. O que podemos esperar do Casa Pia agora com Gonçalo Santos?
Como disse, é uma vantagem muito grande para qualquer treinador apanhar uma equipa que já trabalhou dois sistemas. Eu participei durante a época nas alturas boas e nas menos boas e o meu principal objetivo é conseguir trazer as coisas boas que tivemos e melhorar as menos boas. Obviamente que tenho as minhas ideias e o meu cunho pessoal, mas isso vão ter de esperar por amanhã para ver.
O Fernando Andrade foi integrado após o processo disciplinar ter sido resolvido. Conta com ele?
O processo disciplinar está resolvido. O Fernando Andrade foi sempre um ótimo profissional, um ótimo colega e é muito querido por toda a gente, dentro e fora do balneário. Teve um momento em que errou, redimiu-se e pediu desculpas. É mais um que está pronto para ajudar. Ainda não decidi se vai ser convocado, mas está motivado para nos ajudar.
Em tempos, trabalhou com Marco Silva e Vitor Pereira. Quais são as suas referências enquanto treinadores?
O Marco Silva foi talvez o treinador com quem tive mais sucesso enquanto jogador. É óbvio que é uma referência minha, um amigo e alguém com quem falo muitas vezes e sobre futebol. Apesar de ser a minha primeira vez como treinador principal na 1ª Liga, tive o ano passado nos sub-19 do Estoril e já me ando a preparar há algum tempo para ser treinador.
Foi capitão durante muitos anos. Como é que se explica que dois dos jogadores mais experientes tenham tido casos de indisciplina?
É fácil. Todo o jogador quer ser sempre melhor e o mais utilizado. Quando gostamos muito daquilo que fazemos, a nossa paixão vem ao de cima e o futebol é paixão. Quando eu era jogador, sempre disse que quando a vontade e a paixão desaparecessem, eu deixava de jogar. Olhando para o lado negativo, realmente houve situações em que reconheceram que não foi ideal, mas pelo lado positivo mostra a paixão que têm.
Enquanto treinador que vai terminar a temporada, como é que reage às turbulências durante a época, como casos de indisciplina e até fugas de informação? A ideia é blindar o balneário desse tipo de problemas?
A ideia é sempre blindar o balneário destes problemas e focar-nos no que acontece dentro das quatro linhas. Temos um grupo ótimo e muito unido.
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