As comunicações entre árbitros nos principais lances de arbitragem da 3.ª e 4.ª jornadas da Liga Betclic e Liga Meu Super
Tiago Martins [VAR]: Sugiro que venhas à zona de revisão para um penálti.
Tiago Martins [VAR]: O número 15 pisa, está bem? Vou abrir só para ver que a bola está em jogo
Bruno Costa [árbitro]: Ok. quem é que pisa?
Bruno Costa [árbitro]: É o jogador 15?
Tiago Martins [VAR]: Simãozinho.
Tiago Martins [VAR]: Número 15.
Explicação de Duarte Gomes: Aceitou a decisão muito bem.
Cláudia Ribeiro [VAR]: Peço-te que venhas à zona de revisão para cancelar o penálti. Vou mostrar-te que o jogador joga primeiro a bola e que o contacto que existe é depois na queda. Está bem?
Hélder Malheiro [árbitro]: Ok. Já cá estou.
Cláudia Ribeiro [VAR]: Estás a ver aqui? Aqui está a tocar na bola... Ele joga a bola e depois na queda é que lhe toca.
Hélder Malheiro [árbitro]: Faz-me mais atrás, e no momento do toque na bola. Porque não percebo... Devagar!
Cláudia Ribeiro [VAR]: Parou aqui.
Hélder Malheiro [árbitro]: Devagar agora. Devagar... O pé que vejo é este a bater aqui. Exatamente. E já tocou na bola. Depois é na queda é que ele toca na perna atrás.
Hélder Malheiro [árbitro]: Qual é o número?
Cláudia Ribeiro [VAR]: 16.
Explicação de Duarte Gomes: A abordagem é legal e o Hélder Malheiro, bem, aceita a intervenção da Cláudia Ribeiro. O contacto é na bola. A ilusão é que foi primeiro pé e bola, mas anulou e bem o penálti.
Paulo Barradas (VAR): Peço que venhas à zona de revisão para mão na fase de ataque. Deixo a imagem do número 3 a dominar.
Carlos Macedo (árbitro): Deixa, estou cá. Pára a imagem. Ok, viste a fase de ataque?
Paulo Barradas: Vi, depois é outro que remata e faz golo.
Carlos Macedo (árbitro): Ok, mas é só mão, não é amarelo.
Paulo Barradas (VAR): Sim, concordo. É o número 3.
Duarte Gomes: Foi tomada a decisão correta. A dúvida era se era ombro ou não. Por isso é que ele disse para parar na zona do contacto, para ficar claro. Ficaria 1-0 neste momento, perto do final do jogo. Se não houvesse uma câmara a mostrar este braço maroto… Mais uma vez o VAR a comprovar a sua eficácia no serviço da verdade desportiva.
Bruno José Costa: (árbitro) : Podes deixar andar. Já cheguei. Ok, vou marcar penálti. É o número 21.
Explicação de Duarte Gomes: O momento é muito rápido, queixa-se muito. O arbitro não se apercebe que há ali um contacto. VAR conseguiu aqui descortinar aqui o pontapé, porque o defesa não toca na bola.
Bruno Esteves [VAR]: Daqui, VAR, recomendo que venhas à zona de revisão para um vermelho.
Bruno Esteves [VAR]: Gustavo, a tua visão está certa, mas ele a seguir estica a perna sempre e dobra-lhe a perna toda. Eu vou mostrar-te.
Gustavo Correia [árbitro]: Ok, mostra.
Gustavo Correia [árbitro]: Bruno, o jogador chuta claramente a bola, vai pousar o pé onde tem de pousar à frente e eu dei cartão amarelo, isto não é vermelho. Ele chutou claramente a bola.
Bruno Esteves [VAR]: Gustavo, eu estou a mostrar-te os factos só. Eu só vejo que ele não a está a encolher. Percebes? E ele quase que parte a perna, só por isso.
Gustavo Correia [árbitro]: Porque ele vai pôr o pé à frente. Ele chuta claramente a bola, não tem nada.
Bruno Esteves [VAR]: Estou só a mostrar-te os factos.
Gustavo Correia [árbitro]: Eu vou manter a minha decisão, porque ele chuta claramente a bola e a seguir vai pousar o pé onde tem de pousar. Mais nada.
Explicação de Duarte Gomes: É um lance muito interessante. O gesto técnico do remate não é infração. Se por acaso no âmbito desse gesto - lembro lance de Luis Díaz com o Sp. Braga, que lesiona o David Carmo... Uma coisa é esse remate sem noção de quem está à frente. Outra é um jogador ter à sua frente alguém que tem perceção que existe. Tem de ter prudência. Qual é o ponto diferenciador dos dois lances? Na nossa opinião o jogador não retrai a perna, mas sim alonga a perna e de dureza. Havendo a perceção do adversário, o jogador nada faz para retrair. Isto é um fator determinante. Acrescido do facto do árbitro, cuja interpretação em campo é perfeitamente legítima, reconhece que há falta. Este lance ou não há infração; ou é para vermelho. Nunca pode ser negligente. Isto é inaceitável com este desenho de gravidade para a integridade do adversário. Ou não considera falta e o contacto é inevitável. Ou considera infração e, sendo infração, é vermelho. Face à consequência do remate, não havendo nada para evitar, estávamos com a decisão que o Bruno Esteves requisitou ao colega. Pode partir claramente [a perna]. Quem joga futebol sabe que é possível retirar o pé.
VAR (Vasco Santos): Peço que venhas à zona de revisão para validar o golo porque o jogador domina a bola com o ombro. Vou mostrar-te o momento do domínio.
Vítor Lopes (árbitro): Tens mais? É golo, é golo.
Explicação de Duarte Gomes: Mesmo no ângulo inverso, vê-se mais ombro do que braço. Diria até mais peito.
Vasco Santos [VAR]: Daqui VAR, Gonçalo, peço que venhas à zona de revisão para cancelar o penálti. Na minha opinião, ele ganha a posição e o número 9 vai ao encontro dele.
Gonçalo Neves [árbitro]: Fase de ataque está vista?
Vasco Santos [VAR]: Vista antes de chamar.
Gonçalo Neves [árbitro]: Para mim troca-lhe os pés, é o que vejo. Não quer jogar a bola, mete o pé na frente dele.
Vasco Santos [VAR]: Queres outra imagem?
Gonçalo Neves [árbitro]: Quero, para mim isto é claro penálti. Olha ali, ele não quer jogar a bola, mete o pé à frente e troca-lhe os pés.
Vasco Santos [VAR]: Tu é que mandas.
Gonçalo Neves [árbitro]: Olha, vai ao homem e troca-lhe os pés.
Explicação de Duarte Gomes: Concordamos com a atuação do VAR, o defesa ganha a frente e depois é o avançado que toca na perna do defesa. Não foi para simular, houve mesmo o contacto, mas perante este contacto não nos parece penálti.
Bruno Rebocho [VAR]: Luís, daqui VAR, aconselho-te ir à zona de revisão para cancelar um cartão vermelho, ok? Eu vou mostrar-te o lance em dinâmica. O jogador não tem qualquer gesto de força excessiva, nem de agressão. Quando estiveres aí diz.
Bruno Rebocho [VAR]: Queres outra câmara de baliza?
Luís Filipe [árbitro]: Sim.
Bruno Rebocho [VAR]: Para mim isto não é cartão vermelho.
Luís Filipe [árbitro]: Sim, eu vi tu tinhas outra imagem. Certo, exatamente.
Explicação de Duarte Gomes: É mais ou menos o mesmo, o árbitro percebe um pisão em campo. A reação também. O conjunto de tudo processou um vermelho que não choca. Mas vendo as imagens, há negligência, mas não há pontapé declarado. A intervenção é adequada, o amarelo existe para punir e bem.
Bruno Esteves [VAR]: Baixinho, daqui VAR. Aconselho que venha à zona de revisão para cancelar o vermelho.
Ricardo Baixinho [árbitro]: Ok.
Bruno Esteves [VAR]: Consegues-me ouvir, Baixinho?
Ricardo Baixinho [árbitro]: Não estou a ouvir nada, Bruno. Sim, Bruno...
Bruno Esteves [VAR]: O jogador toca pé com pé e o contacto é com a canela.
Ricardo Baixinho [árbitro]: Dá-me uma imagem dinâmica de longe. Isto é um salto muito perigoso, dá-me a lateralizada e de fora de jogo.
Bruno Esteves [VAR]: Vamos pôr, ok.
Ricardo Baixinho [árbitro]: Faz zoom, por favor. Um bocado de zoom e passa a 100%. Obrigado. Vou manter a decisão. É o jogador número 19, certo?
Bruno Esteves [VAR]: Ok. Só te queria mostrar o ponto de contacto, porque é com a canela.
Ricardo Baixinho [árbitro]: O ponto de contacto... a velocidade é muita, a força é muita, vou manter o vermelho direto.
Bruno Esteves [VAR]: Ok.
Ricardo Baixinho [árbitro]: O pé ainda torce... continua, continua, para ver o pé a torcer.
Bruno Esteves [VAR]: Estamos a pôr.
Ricardo Baixinho [árbitro]: Este salto de longe e esta entrada é muito impetuosa para mim, vou manter o vermelho direto. É o número 19, certo?
Bruno Esteves [VAR]: Correto.
Explicação de Duarte Gomes: Temos aqui uma dinâmica interessante, que transpira honestidade dos dois lados. E esta comunicação é importante para que lá em casa se perceba algo que já é óbvio para nós, estrutura, desde sempre. É normal haver desacordo quando os lances são cinzentos. São lances de fronteira. É normal. O que tentamos fazer é, em função dos critérios que vamos definindo, ver quem estava com mais razão. Primeira questão que é mais ou menos clara, isto à distância, sem pressão, é que este não era um lance de intervenção. Deixa muitas dúvidas entre amarelo e vermelho. A intervenção é para quando é claro e óbvio que o árbitro cometeu um erro. E o árbitro teve uma interpretação que, não sendo a nossa, neste contexto podia fazer sentido, porque é um lance subjetivo. E achando que esta intervenção foi desajustada, concordamos com o amarelo nesta situação. E não com o vermelho. O desenho inicial é muito feio, o salto impetuoso, e acho que é isso que fica na cabeça do árbitro ao ponto de ter esta consideração. Mas quanto ao contacto em si, o toque é na bola e um contacto lateral, com a canela, que também coloca em risco o jogador. Não há pitons, sola da bota, uma entrada a varrer para vermelho. Apesar do aparato e da impetuosidade, entendemos que o amarelo era a decisão mais adequada. Achando que a intervenção, mesmo que bem intencionada, neste tipo de situações preferimos que não exista. Concordo com a decisão do Bruno, mas não entra no padrão de intervenção. Não sendo um lance de interpretação fácil, lá dentro, com toda a pressão e adrenalina do jogo, nem sempre o árbitro está a ver o que vemos por fora. Lance é para amarelo, apesar do aparato e a entrada, o contacto não é para vermelho. Mas entendemos a decisão, ao contrário da intervenção do VAR. Porque é preciso ter a certeza absoluta do erro.
Os áudios do VAR nas jornadas 3 e 4 da Liga Betclic Portugal serão hoje divulgados e analisados na Sport TV. Siga aqui tudo ao minuto.
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