Jardim deu a entender que só a vitória lhe interessa neste dérbi...
Ninguém alguma vez saberá qual teria sido o efeito da enorme surpresa que Leonardo Jardim preparou para o dérbi, porque muito do que pretendia ter-se-á diluído perante a possibilidade de Jorge Jesus preparar a resposta durante mais 48 horas. Durante o dia de ontem, em Alcochete, o treinador madeirense afinou o seu plano de jogo, continuando a transmitir aos jogadores e aos adeptos uma ambição sem limites e uma vontade contagiosa de projetar o Sporting para a liderança da Liga, superando o confronto direto com outro candidato.
O onze inicial, pela primeira vez com Slimani e também abrindo espaço a Heldon, será um dos mais arrojados de sempre para um jogo deste cariz e, se não assustou, pelo menos há de ter merecido uma reflexão especial da parte de Jorge Jesus. Qual a razão para o treinador do Sporting apresentar soluções nunca testadas num jogo de tamanha exigência e de tantos perigos?
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A única explicação plausível é ter chegado à conclusão de que só uma vitória lhe interessa e esta é uma oportunidade que não pode desperdiçar. Um momento único, em contraste com a maioria dos treinadores que não trocam a zona de conforto por um jogo de risco que pode ter custos pesados.
Nestas 48 horas de espera, todo o foco das discussões futebolísticas incidiu no arrojo de Jardim, retirando pressão ao Benfica. Como se estivesse tudo em ebulição em Alcochete e em total acalmia no Seixal. Sabemos que no seio das equipas não é assim que funciona: os jogadores do Sporting podem acusar um pouco de ansiedade no começo, pela responsabilidade e exigência da estratégia, mas de certeza que o treinador lhes transmitiu enorme confiança e destemor.
Falta perceber o que a novidade provocou nos encarnados. Jorge Jesus raramente deixa contaminar as suas convicções e também não será desta que se sente condicionado a ponto de trocar um dos dois avançados por Ruben Amorim, por exemplo, como alvitravam ontem alguns experts. Na realidade, está por demonstrar que a nova configuração ofensiva do Sporting venha a dispor do apoio, do espaço e da posse de bola que Jardim imagina. Embora surpreendido, o Benfica não perdeu o favoritismo para este dérbi.
MUITO PROVÁVEL
» Melhoria da qualidade do jogo, associada à melhoria das condições atmosféricas;
» Benfica agressivo e dominador, tentando impedir o controlo de Adrien Silva e André Martins;
» Jogo repartido, rápido, com profundidade e capaz de proporcionar ocasiões de golo;
POUCO PROVÁVEL
» Que Jorge Jesus altere os planos e reforce o meio-campo antes de assegurar vantagem;
» Decisão em lances de bola parada, uma inferioridade de ambas as equipas;
» Confronto fechado, calculista, com poucas oportunidades e longe das balizas.
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