As reações dos treinadores ao clássico desta noite
O que disse aos jogadores no final, numa roda que foi feita perto dos adeptos?
"Quisemos estar perto dos nossos adeptos, que fizeram tantos quilómetros para nos apoiar. Com a paixão, espírito e ligação que têm com a equipa. Fomos fazer a roda perto deles, apesar de choverem alguns objetos para dentro de campo. Quando jogámos na Reboleira a semana passada passou-me um isqueiro próximo à cara, e hoje houve um que acertou nos nossos colaboradores. Quem estava atrás de mim nessa altura era um steward, que se riu para o adepto que o atirou. Se eu pego no isqueiro e retribuo, sou capaz de apanhar uns seis meses [de suspensão]. Podem atirar com tudo, que nós somos fortes e temos um escudo, o escudo dessa ligação aos adeptos, trabalho, compromisso e da grande vontade de ganhar este campeonato".
Agitação no banco na 2.ª parte, vários jogadores aqueceram...
"A primeira alteração era para entrar o André Franco porque o Pepê fez um sinal sobre um problema físico. Isso foi antes do golo do Benfica e achava que o André fazia sentido pela forma como segura a bola e como está rotinado naquela posição e no que é a ocupação dos espaços. Depois sofremos o golo e o jogo pede outra coisa, um jogador com outras caraterísticas. Fui percebendo, e sabendo que alguns jogadores estavam cansados fiz o que era melhor para a equipa".
Arbitragem foi decisiva para o desfecho do jogo? FC Porto foi melhor com 10 na 1.ª parte do que o Benfica, o que aconteceu na 2.ª parte?
"Nós queríamos aproveitar o espaço. Sempre que pudemos, olhámos para a baliza do adversário, mas volto a repetir que jogámos contra uma equipa de qualidade e que, naturalmente, é um esforço enorme dos meus jogadores estarem com menos um desde os 20 minutos. Isso é absolutamente normal, apesar de estarmos muito seguros no jogo. O golo acontece numa situação em que, enfim... Acontecem normalmente por um erro e ali não fomos tão eficazes e competentes. Houve um crescimento do Benfica, uma ou outra situação no último terço, remates que não foram perigosos. Tentámos dar alguma velocidade nas alas, acabámos com o Galeno a lateral, o João Mário a lateral, tentámos chegar à baliza adversária. Sentimos que conseguíamos ter saído daqui com pontos".
Análise ao jogo e à arbitragem...
"Em relação ao jogo, acho que iniciámos muito bem. Estrategicamente tínhamos preparado o jogo da forma que jogámos nos primeiros minutos, o Benfica não conseguiu criar perigo. Ficámos reduzidos a 10 elementos, jogámos a partir daí contra muitos mais, e mesmo assim chegámos ao intervalo com situações mais flagrantes para estar em vantagem. Na 2.ª parte, algum desgaste da equipa, algo completamente compreensível porque fizeram um trabalho muitíssimo bom naquilo que foi o espírito que tivemos no jogo, ao limitar ao máximo aqueles que eram alguns dos pontos fortes de uma equipa que é campeã nacional. Por tudo o que foi o jogo, pelo esforço dos jogadores, pelas incidências do próprio jogo... Quando o critério é igual há erros e é normal. Eu cometo erros, os meus jogadores também, os adversários também. No jogo do Dragão no ano passado, o Eustáquio é expulso por um pisão, mas o Galeno hoje leva um pisão também... O Fábio Cardoso toca na bola e depois toca no jogador. Compreendo, tal como compreenderia o do Trubin, num lance em que também salta, toca na bola e depois toca no Taremi. Estamos preparados para este Benfica, para todos os adversários. Faltam 27 jogos e estamos preparados para situações que nos têm sido desfavoráveis, apesar de, com certeza, também termos sido beneficiados em algumas ocasiões. Lamento, porque nestes jogos era importante saírmos com uma vitória, até porque a merecíamos pela forma como entrámos, como preparámos o jogo. Mesmo os jogadores que se estrearam num clássico, deram resposta muito positiva. Sei que isto custa a mim, aos adeptos... Mas acho que ganhámos muito mais hoje do que perdemos, sinceramente".
Termina a conferência de imprensa de Roger Schmidt. Segue-se Sérgio Conceição, que não falou na zona de entrevistas rápidas da BTV, emissora que transmitiu a partida.
O que representa esta vitória para o campeonato? Muda alguma coisa?
"É só um jogo, mas claro que ganhar os duelos diretos contra rivais é importante. Não é fácil bater o FC Porto. Não perdem muitos jogos. Se conseguimos ganhar contra eles, significa três pontos, mas também significa que conseguimos vencer uma equipa que não perde muitos jogos. É bom para a nossa confiança, mas no final de contas são só três pontos".
Benfica ganhou um guarda-redes em Trubin?
"Foi muito importante para ele não sofrer golos neste jogo. Não teve muitos problemas, mas mostrou muita confiança e esteve muito concentrado e disciplinado. Como sabemos, o início contra o Salzburgo não foi perfeito, e agora é muito importante que ganhe confiança. Não temos dúvidas da sua qualidade".
Dificuldades na 1.ª parte contra 10...
"Já era difícil contra 11 também. Acho que não fomos bons com posse, não nos movimentámos o suficiente, não circulámos a bola bem nem com velocidade. Mas tivemos momentos bons. No final das contas, a 2.ª parte foi diferente. Fizemos tudo de maneira mais intensa, com mais velocidade, com mais atenção e alegria. Não foi 100% à Benfica, mas voltámos na 2.ª parte".
Dupla Di María-Neres teve o efeito desejado? Voltará a fazê-lo no futuro?
"Todos os jogadores são opções, temos de encontrar o onze ideal e o equilíbrio. O Neres esteve muito bem contra o Portimonense e mereceu a oportunidade. Claro que a forma em que estão é decisiva. O João Mário jogou quase sempre desde que cá estou, e acho que precisava de descansar um pouco. Temos muitas opções e todos os jogadores são importantes. É assim que tentamos trabalhar, para que todos tenham as mesmas oportunidades. Na minha opinião, especialmente na 2.ª parte, acho que eles [Di María e Neres] estiveram muito bem".
Acredita que o Benfica pode ficar imbatível em casa toda a temporada?
"Acho que é algo importante. Vencemos já o FC Porto duas vezes, mas não em casa. Para os nossos adeptos isto foi muito importante. Puxaram muito por nós. No fim da última temporada perdemos contra eles aqui em casa e isso marcou-nos. Claro que hoje queríamos que fosse diferente e é por isso que estou muito feliz, não só pelo que isso significou para o Benfica mas também para os adeptos".
Performance de João Pinheiro... Falou com Sérgio Conceição no final?
"É difícil dar uma nota ao árbitro. Não vi ainda o momento do cartão vermelho, mas se é falta tem de ser cartão vermelho. Mesmo a segunda, sobre o Rafa, também é próxima de cartão vermelho. Estes jogos não são fáceis para os árbitros. Não foi o árbitro que decidiu o jogo, esse foi decidido em campo [pelos jogadores]. Conceição? Apertámos a mão e ele deu-me os parabéns pela vitória, foi isso"
Como descreve a exibição de João Neves?
"Não preciso de descrever, acho que toda a gente vê o quão feliz é a jogar futebol. Acho que está a evoluir muito rapidamente. Está na primeira equipa há meio ano, mas evolui quase todos os dias. Está a fazer as coisas cada vez melhor, a ter cada vez mais responsabilidade e tem tudo o que precisa. Não é o jogador mais alto que há, mas como viram ganhou muitos duelos também no ar. É muito inteligente com bola, disciplinado e motivado. É um jogador muito completo e estou muito feliz que esteja connosco".
O que pensa do jogo e qual a importância do resultado?
"O mais importante é que ganhámos. Foi um jogo especial. Não fiquei 100% satisfeito na 1.ª parte, mesmo depois do cartão vermelho não jogámos com a velocidade com que costumamos jogar. Ao intervalo falámos sobre algumas coisas e depois jogámos com mais movimentações e intensidade. Claro que é preciso ter cuidado com o 0-0, é preciso estarmos atentos a contra-ataques, bolas paradas. A minha equipa esteve concentrada, disciplinada, e tivemos paciência para esperar pelos momentos certos. Marcámos e depois defendemos bem. Foi uma vitória muito importante".
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