Chicotear não tem sido solução eficaz

Troca de José Mota por José Couceiro é a única mudança técnica com comprovado sucesso em 2013/2014...

Chicotear não tem sido solução eficaz
Chicotear não tem sido solução eficaz • Foto: EPA

O fim de ciclo de Paulo Fonseca o FC Porto constituiu a sétima chicotada psicológica da Liga em 2013/2014. Uma solução muitas vezes utilizada pelos clubes para resolver os problemas, mas que não convence Jorge Jesus, que afirmou na sexta-feira que “se trocar de treinador resolvesse os problemas, os presidentes faziam-no semana após semana”. O historial da temporada 2013/2014 dá razão ao técnico do Benfica.

O Vitória de Setúbal parece ser a exceção. Os sadinos foram a primeira equipa a trocar de treinador, logo à oitava jornada. José Mota venceu apenas um dos sete encontros ao leme dos sadinos em 2013/2014 e foi substituído por José Couceiro no comando técnico da formação do Sado.

Ao fim de 21 encontros com o antigo técnico de Sporting e FC Porto à frente do V. Setúbal, a aposta do presidente Fernando Oliveira tem-se mostrado acertada, com o José Couceiro a somar 10 vitórias, 3 empates e 8 derrotas, no qual se destaca uma série de 9 encontros consecutivos sem perder pelo meio.

Olhanense de Paços com chicotada a dobrar

A mudança técnica no V. Setúbal foi a única a ter efeitos positivos até ao momento nos resultados das equipas portuguesas em 2013/2014. Os casos mais “trágicos” acontecem no Olhanense e no Paços de Ferreira, as duas equipas que vão ocupando as duas posições do fundo da classificação da Liga.

Em Olhão, Abel Xavier demitiu-se à oitava jornada depois de um início de época em que somou 3 vitórias em 10 jogos e deu lugar a Paulo Alves, que nunca conseguiu encontrar o caminho dos triunfos no Algarve. Em oito encontros, o antigo técnico do Gil Vicente não ganhou absolutamente nenhum e o melhor que conseguiu foram dois empates.

Os maus resultados precipitaram nova mudança no homem do leme dos algarvios, que passou a ser o italiano Giuseppe Galderisi a partir da 14.ª jornada. Galderisi ainda não operou o milagre que a formação de Olhão necessita, mas já alcançou 2 vitórias (em 7 encontros), algo que Alves nunca conseguiu.

A primeira chicotada psicológica do Paços de Ferreira também aconteceu à 8.ª jornada, com Costinha a ver-lhe fechada a porta da Mata Real depois de um início de época em que só venceu 2 dos 14 primeiros encontros disputados. Henrique Calisto foi o sucessor, mas não conseguiu tirar a equipa do último lugar e depois de 5 triunfos, 5 empates e 10 derrotas acabou também ele despedido à 20.ª jornada. Jorge Costa é o homem que se segue na capital do móvel e começou bem, com uma vitória que retirou o estatuto indesejado de lanterna vermelha aos castores.

Ainda sem grande tipo de avaliação está a chicotada psicológica aplicada no Sp. Braga. Jesualdo Ferreira começou o ano a ser eliminado de forma muito surpreendente da Liga Europa e apesar de ter conseguido levar a equipa até às meias-finais da Taça da Liga e Taça de Portugal acabou despedido após a 20.ª jornada do campeonato, onde o Sp. Braga vai seguindo num modesto 8.º posto. Jorge Paixão, o sucessor, tem a difícil tarefa de melhorar a classificação, embora possa alcançar a Europa através da Taça de Portugal.

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