FPF alertou para riscos de futebol em mais do que uma região

Tiago Craveiro alertou que "retoma rápida" dos campeonatos está longe de ser uma garantia

• Foto: Peter Spark / Movephoto

A cimeira do futebol português realizada esta tarde, por videoconferência, trouxe como grande novidade a hipótese, levantada pelo CEO da FPF, Tiago Craveiro, de as dez jornadas que restam do campeonato serem disputadas apenas numa determinada região do país. A FPF alertou para os maiores riscos causados pelo futebol espaçhado pelo país e falou dos riscos de uma e outra hipótese.

Em comunicação direta com os clubes depois de ter participado durante a manhã na reunião de alto nível da UEFA, Craveiro esfriou ainda o entusiasmo do presidente da Liga, Pedro Proença, e sublinhando que "a retoma rápida" das provas profissionais está "longe de ser uma garantia", adiantando que "o plano de regresso à competicao demora mais tempo do que o plano de regresso aos treinos".

Foram levantadas ainda questões práticas sobre a interpretação que os organismos regionais de saúde poderão ter em relação a casos concretos de eventuais infeções por Covid-19 nos grupos de trabalho dos clubes já com a reta final do campeonato em curso, que terão de ser alvo de ponderação.

Sobre a mesa foi mencionado que perante situações de contágio a posição de um delegado de saúde do norte poderá não ser idêntica à do seu colega do Vale do Tejo, pelo que a hipótese levantada seria uma via de contornar essas possíveis dificuldades na gestão de casos de risco. O Algarve é uma possibilidade a ter em conta em virtude da sua oferta hoteleira que permitiria o isolamento das equipas face à baixa taxa de ocupação provocada pela pandemia, existindo ainda uma grande quantidade de espaços de treino que poderiam ser utilizados pelos clubes.

Ao que Record apurou porém, trata-se de uma solução que nunca foi apresentada, discutida ou ponderada seriamente entre os clubes e que neste momento não parece colher consenso para avançar como via mais expedita para garantir a retoma das competições. Por exemplo, em reunião recente da Liga por videoconferência, o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, considerou inegociável a obrigação de disputar os jogos em casa no Estádio dos Barreiros, recusando-se a fazê-lo no continente, algo que o Santa Clara estava disposto a fazer.

Por Vítor Pinto
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