Francisco J. Marques e o caso Marega: «Houve quem tentasse banalizar o que aconteceu»

Diretor de comunicação do FC Porto lamentou o sucedido em Guimarães

• Foto: Movenoticías

O caso de racismo contra Marega levou Francisco J. Marques a revelar, no programa Universo Porto - da Bancada, que se apercebeu do que aconteceu até pela transmissão televisiva. Por essa razão, o diretor de comunicação do FC Porto não entende como tenha havido quem "tenha procurado simplificar e banalizar ou levanta a dúvida se por ventura" este teria sido um ato "racista ou não", uma vez que, na ótica do dirigente azul e branco, foi evidente o que aconteceu.

"Pela transmissão televisiva deu para perceber o que estava a passar. Eu apercebi-me. Vou até revelar uma troca de mensagens com o Dr. Nuno Brandão, um dos nossos advogados. Ele perguntou-me se os adeptos do Guimarães não entoaram cânticos de macacos contra o Marega entre os minutos 62 e 63. Eu disse-lhe que sim e que já tinha pedido para cortar esse excerto. Ou seja, antes de o Marega ter enchido a paciência, já nós em casa nos tínhamos apercebido que quando a bola estava com ele havia aquele som. Isto vem tornar mais difícil entender algumas pessoas que procuraram simplificar e banalizar ou levantar a dúvida se por ventura estávamos perante um ato racista ou não", começou por dizer Francisco J. Marques, lembrando até o festejo de Marega no lance do golo.

"Estamos a falar de uma coisa que logo a seguir se vem a perceber quando o Marega diz que não está para continuar a aturar aqueles comportamentos. Mas já antes, quando ele marcou o golo, aquele gesto para a pele que fez tinha de ter significado. Há muitos dados para perceber o que aconteceu. Depois há outra coisa: há uma autoridade da polícia a confirmar que houve insultos racistas. Quantas vezes vimos uma autoridade policial confirmar com tanto desprendimento uma coisa? Ali não há que ter dúvidas. Não aconteceu outra coisa, aconteceu aquilo. O comissário disse que não tinha a mais pequena dúvida", acrescentou.

"Há um sem número de testemunhos e há o que todos vimos. É uma coisa de uma proporção que não é comum. Nunca tínhamos visto coisas destas. E por isso é que nunca tinha causado uma coisa assim. Um jogador sentir-se humilhado e farto... Em relação ao comportamento dos colegas de equipa, é importante dizer que estavam a tentar tranquilizar o Marega, que estava visivelmente perturbado com aquilo. Quem não ficaria? Há uma linha que não pode ser ultrapassada", lamentou.

Por Pedro Morais
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