Greve é uma hipótese

"Estamos fartos de tudo isto e a possibilidade de irmos para a greve não está posta de lado", disse Fiúsa...

Greve é uma hipótese
Greve é uma hipótese • Foto: LUÍS VIEIRA

Fernando Gomes convocou hoje, às 15 horas, os clubes das Ligas profissionais e o presidente da Liga Portugal para uma reunião. Os clubes, apurou Record, vão estar presentes em massa. Falta saber se Mário Figueiredo, que é vice-presidente por inerência da FPF, vai estar presente. O que já se sabe é que a maioria dos clubes está, como se diz vulgarmente, de saco cheio. António Fiúsa, um dos líderes do movimento dos pequenos e médios clubes, lança aqui o alerta: “Estamos fartos de tudo isto e a possibilidade de irmos para a greve não está posta de lado, se não se resolverem rapidamente alguns dos nossos problemas, como é o caso do IVA de 23% sobre os bilhetes”. Porque, argumento, “o futebol como espetáculo não pode ser comparado aos filmes pornográficos”.

Quanto ao que pode resultar desta reunião a propósito do processo eleitoral da Liga, Fiúsa espera que o Conselho de Justiça da FPF “abra caminho para novas eleições”, pois a Liga “tem de ter um presidente que represente a maioria dos clubes”. Mário Figueiredo, recorde-se, foi reeleito com apenas dez votos, numas eleições na qual foi candidato único, depois das exclusões administrativas de Fernando Seara e Rui Alves. Fiúsa apoiou Seara mas não voltará a fazê-lo. “Foi uma desilusão muito grande, traiu os clubes que o apoiaram desde a primeira hora”, referiu-nos. Quanto a Rui Alves – o candidato que recorreu para o CJ da FPF –, o presidente gilista reafirma que não o irá apoiar, pois “noutras ocasiões as coisas não correram bem quando a Liga teve na sua presidência líderes de clubes”.

Arrependidos

O perfil do candidato que os pequenos e médios clubes – a grande força do voto – já definiram é de alguém tecnicamente capaz e que conheça bem a indústria do futebol. Mas a prioridade não é essa e passa por derrubar Figueiredo da cadeira que ainda ocupa. “Não me arrependo de ter apoiado Hermínio Loureiro nem Fernando Gomes (na Liga e na FPF), mas estou arrependido de um dia ter apoiado Mário Figueiredo, como muitos portugueses estarão hoje arrependidos de um dia terem votado em Pedro Passos Coelho”, rematou o presidente do Gil Vicente.

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