V. Guimarães-Rio Ave, 0-0: Ponto da ordem na tolerância zero

Faltou motor e velocidade ao ataque da casa em jogo que até merecia ter golos

V. Guimarães-Rio Ave, 0-0: Ponto da ordem na tolerância zero
V. Guimarães-Rio Ave, 0-0: Ponto da ordem na tolerância zero • Foto: SE RECORD

Tolerância zero em Guimarães a dar o ponto que costuma ser da ordem nestas ocasiões. Vitória e Rio Ave tiveram sempre mais receio de perder e pouco arriscaram para ganhar, pelo que este nulo fica bem às duas equipas, acabando, ao mesmo tempo, por agradar a todos.

Consulte o direto do encontro.

O jogo ficou marcado no tiro de partida, conhecendo-se as ausências de vulto nos vitorianos. Mudar quase meia equipa em relação ao último jogo, o dérbi de Braga, é algo que não podia ficar naturalmente “desligado” do que acabou por se confirmar, confirmando também alguns receios do próprio Rui Vitória. Claro que esta equipa sem a destreza e sagacidade tática de André André e sem a explosão de Hernâni, só para citar os mais sonantes, não é mesma coisa. Podia ser, de facto, mas David Caiado não conseguiu dar profundidade ao flanco, enquanto Cafú e Bruno Alves disfarçaram de algum modo a falta do verdadeiro motor do meio-campo.

Apesar desta evidente realidade, o Vitória acabou por estar sempre mais por cima do jogo durante quase uma hora, com Tomané a protagonizar as duas ocasiões da primeira parte, enquanto o Rio Ave se limitou a um remate, num livre direto de Diego Lopes, já em cima do intervalo.

Em abono da verdade, a equipa de Pedro Martins conseguiu sempre controlar a habitual fogosidade do Vitória, ainda assim evidente, apesar das tais ausências marcantes, e passou a comandar as operações, curiosamente logo depois de três remates perigosos do Vitória, dois deles a esbarrar no corpo de Ederson.

Diego Lopes ao poste

Isto por volta do minuto 65, já com Bressan e Hassan em campo, duas apostas que deram o “ser” que tinha faltado aos vila-condenses até aí, mas acima de tudo a profundidade que nunca existira. Foi de tal modo que Diego Lopes teve no seu pé esquerdo a melhor ocasião de todo o jogo, levando a bola a bater caprichosamente no poste da baliza de Assis, aos 72 minutos. O momento, pois claro, perante a ausência de outros, mas não se pense que este nulo foi mau.

O jogo, na sua globalidade, foi agradável e merecia golos, mesmo no que diz respeito apenas ao “jogo” dos bancos, aí com clara vitória de Pedro Martins. As limitações de Rui Vitória foram de tal forma evidentes que o técnico do Vitória nem recorreu à terceira substituição. A verdade é que as duas que fez não resultaram, pois Crivellaro e Areias, uma dupla habituada a jogar na equipa B, nada trouxe de novo, numa fase em que a equipa temia muito mais um eventual ataque dos visitantes que fizesse mossa na defensiva vitoriana.

O homem do jogo: Ukra

Não é que tenha feito aquela exibição de encher o olho, mas foi sempre ele a preparar o momento que podia ter feito a diferença.

Árbitro: Bruno Esteves (nota 3)

Uma condução do jogo “à inglesa” que tem os seus riscos, mas Bruno Esteves acabou por conseguir controlar as emoções e os acontecimentos, sendo coerente nesse aspeto e na disciplina. Aos 42 minutos, muitas dúvidas numa queda de Esmael na área do Vitória em que Josué não parece tocar na bola.

Momento

Ukra cruza da direita, Diego Lopes remata ao segundo poste, a bola ainda desvia e bate caprichosamente no poste. Aos 72 minutos!

Número

0 Depois dos nulos com Sp. Braga e Gil Vicente, as duas equipas voltam a ficar a zero pela segunda jornada consecutiva.

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