Técnico reagiu bem à experiência da Liga principal e à razia sofrida no plantel...
Uma derrota no jogo de estreia ao leme do Estoril constituiu o primeiro grande desafio para Marco Silva. Após ter abandonado os gabinetes – era diretor-desportivo – para assumir o cargo de Vinícius Eutrópio em 2011/12, a estreia em Penafiel saldou-se por um desaire (1-3) e muitas dúvidas se levantaram desde logo.
O próprio Marco Silva começou por dissipá-las, respondendo com uma série de 12 jogos sem perder. O objetivo da subida começava a ser credível, não só pelo acumular de pontos como também pelo futebol apresentado. A meta acabou por ser atingida sem contestação.
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Confirmação
Consumado o regresso ao convívio dos grandes, a Liga assumia-se como grande teste para um treinador jovem – 36 anos – que até há bem pouco tempo se dedicara a assuntos administrativos.
Praticamente com o mesmo plantel, ao qual se juntaram as mais-valias Evandro e Carlitos, a expectativa era saber se Marco Silva iria continuar a apresentar o futebol veloz baseado em transições rápidas que tinham valido o êxito na 2.ª Liga.
Uma vez mais as coisas não começaram bem. Uma derrota em Olhão logo na 1.ª jornada reavivava as dúvidas anteriores mas, tal como já acontecera, a equipa reagiu, terminando uma época cujos pontos altos foram empatar com os três grandes, vencendo o Sporting na Amoreira e, claro, qualificando pela primeira vez o clube para as provas europeias.
Ascensão prossegue
À partida para esta época, novas reticências surgiram. Saíram Steven Vitória, Jefferson, Carlos Eduardo e Licá sem que fossem contratados nomes sonantes. Como iria o Estoril reagir? Eis a questão que se colocou. A resposta está à vista e a vitória histórica no Dragão apenas confirma o crescimento de Marco Silva. O bom futebol mantém-se e os lugares europeus são novamente uma realidade.
O que irá seguir-se na carreira deste treinador? A avaliar pelo seu desempenho, adivinha-se bastante sucesso e muitas dúvidas voltarão a ser dissipadas com o futebol vistoso e eficaz que coloca as suas equipas a praticar dentro de campo.
Amoreira é a sua segunda casa desde 2005
Marco Silva trabalha no Estoril desde agosto de 2005, ou seja, há oito anos e meio. O técnico chegou à Amoreira quando o treinador era Daúto Faquirá e os canarinhos apostavam no regresso à 1.ª Liga, depois de terem acabado de descer. Daúto conhecia o lateral-direito dos escalões secundários e convidou-o para integrar o projeto. Marco Silva aceitou e chegou ao clube que acabou por se tornar no mais marcante da sua carreira. Antes do Estoril o defesa quase não parou, pois, em nove épocas, representou nove clubes diferentes. Passou a carreira de jogador praticamente na 2.ª Liga e só fez dois jogos incompletos no escalão principal,pelo Belenenses, em 1997, na primeira época como sénior, e no Campomaiorense (1999/2000), quando esteve quase toda a época parado por lesão. No Estoril fixou-se no plantel, tornou-se capitão e hoje é considerado a joia da coroa.
NÚMEROS
50 - Jogos efetuados na Liga principal, apresentando o saldo positivo de 23 vitórias, 12 empates e 15 derrotas
3 - Vezes em que Marco Silva foi expulso do banco desde que assumiu o comando técnico do Estoril. Na Amoreira, diante do Gil Vicente e do Rio Ave em 2012/13 (Liga); e, finalmente, no domingo frente ao FC Porto
1 - Campeão da 2.ª Liga, o único título conquistado desde que é treinador. Um feito ao qual se junta, obviamente, o apuramento para as competições europeias em 2012/13, facto que, não sendo um troféu, merece ser assinalado
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