Técnico do Estoril lançou o duelo com os vimaranenses
O Estoril defronta amanhã o V. Guimarães, a partir das 18 horas. Na antevisão à partida, o técnico Vasco Seabra abordou o momento do adversário, a 'maldição' das bolas paradas, mas também apontou a receita para triunfar. Como é que perspetiva o jogo de amanhã contra um V. Guimarães já sem André Silva?
Como é que perspetiva o jogo de amanhã contra um V. Guimarães já sem André Silva?
É um Vitória que esperamos sempre muito agressivo e intenso. Procura a profundidade muitas vezes, por isso é uma equipa muito competitiva e que, em função daquilo que também é o ADN do clube e do próprio treinador, tudo se conjuga para ser um jogo em que perspetivamos um ritmo muito alto, de muito contacto, muitos duelos, muita agressividade também e muita busca pelas costas. Portanto, sabemos que vamos ter um adversário difícil de bater, um bom adversário e, portanto, temos que estar no nosso máximo, com muita ambição de podermos fazer um jogo que nos preencha durante a totalidade do jogo. E que sejamos altamente competitivos. Quanto à saída do André Silva, isso é uma naturalidade e não muda muito aquilo que o Vitória tem. Não sentimos que vá ser mais fácil ou mais difícil, é uma alteração apenas.
Puxando a cassete, a questão das bolas paradas voltou a estar presente no último jogo, depois daquela. Houve ali um momento de frustração, porque mais uma vez, mesmo a acabar, depois estarem vencer por 3-2, novo golo sofrido de bola parada. Inclusive o Vasco extrapolou a frustração com um pontapé na garrafa.
São muitos golos sofridos de bola parada e é uma coisa que nós treinamos com regularidade e que sentimos também que temos vindo a crescer, apesar de termos estado a sofrer golos. É óbvio que isso vale o que vale, mas naturalmente nós também temos os dados que nos apontam para aquilo que são a quantidade de bolas que nós ganhamos em cada bola parada por jogo e curiosamente nos últimos 5 jogos foram os jogos onde nós concedemos menos em termos de bolas perdidas e foram os jogos onde temos vindo a sofrer golos. Por isso aquilo que temos de fazer é ser ainda mais capazes, mais eficientes e eficazes. E nesse momento de frustração, é um momento que também tem que nos dar essa revolta para que cada momento de bola parada seja igual a cada momento do jogo em que nós sejamos altamente proativos e capazes de dominar todos esses momentos, porque em alguns momentos tem a ver essencialmente com posicionamento ou com o ataque à bola que temos que fazer. Não vamos virar a cara à, nem vamos tapar o sol com a peneira. Temos forçosamente de melhorar, ser mais agressivos e ser mais.
Essa frustração foi também por sentir que a vitória estava ali tão perto?
É um misto de emoções, porque o facto de termos virado o resultado, com a paixão, a resiliência e o espírito de equipa que tivemos e porque este grupo de trabalho merecia a vitória. É importante sentirmos que, depois de termos feito uma reviravolta fantástica, com uma atitude incrível durante toda a segunda parte, num campo muito difícil, com muita batalha, muita luta, merecíamos esse prémio da vitória. Não aconteceu e temos dar a volta no próximo jogo.
Na preparação para os jogos é normal verem vários jogos do adversário. Tendo em conta o último jogo em que o Vitória acabou por perder frente ao Casa Pia, e também face às semelhanças táticas, prestaram especial atenção a esse jogo e tentaram retirar alguns pontos onde possam ferir o Vitória?
Fazemos esse trabalho semanal. Procuramos sempre ver vários jogos do adversário para conseguirmos também passar aos jogadores aquilo que são as debilidades e aquilo que são as forças, como todas as equipas têm. Nas forças deles, vamos tentar estar na nossa melhor versão e naquilo que são as debilidades deles, vamos procurar surpreender e sermos capazes de estar por cima. Não fugiu daquilo que é a nossa normalidade. Mais do que só a vertente tática do jogo, tentamos também observar a componente emocional, aquilo que também aconteceu no jogo para que algumas incidências possam acontecer e dessa forma mantermos o nosso foco naquilo que podemos tentar explorar e naquilo que temos de ter cuidado.
Conta com algum regresso?
O Vital e o Rodrigo Gomes já estão de regresso após castigo. De resto não.
Fruto dessas limitações ouves as estreias do Frederik Winther e do Frabrício. O Jovic vai ficar algum tempo de fora, espera-se novas oportunidades para o Fabrício neste jogo.
O Fabrício é um jogador que já tem vindo a treinar connosco durante algum tempo. Não vem todos os dias, mas veio pontualmente e vai tentando adaptar-se àquilo que são as necessidades da equipa. Portanto, é um jogador que nós acreditamos em termos de futuro e também está a ser bem trabalhado pela equipa de sub-23. É mais uma opção para nós em função também da ausência do Jovic. É mais um jogador para trazer competitividade ao grupo e ser mais uma opção para mim. O Fred é a mesma coisa, é um jogador que também teve o seu tempo de adaptação, apareceu e começou a perceber as dinâmicas da equipa. Teve uma boa entrada também, por isso são jogadores que acrescentam competitividade e que criam necessidades importantes para a equipa para podermos competir todos internamente e sermos cada vez mais Fortes.
A escolha do Heriberto para a ala direita teve que ver com as características, sendo que havia também Raúl Parra para a posição?
Tem a ver com as características do jogo ou com as características do jogador e também com o que procuramos para a posição. O Raúl tem características muito interessantes para a função que lhe temos vindo a atribuir, que é mais a função de central exterior pela direita, por isso é um jogador que oferece à equipa muita qualidade técnica e muitas decisões positivas no jogo, do ponto de vista ofensivo. É aquilo que nós procuramos mais nos nossos alas é um jogador mais de de corredor. Sentimos que esse tipo de perfil é um perfil que nós procuramos que seja mais veloz e que jogue de fora para dentro.
No jogo com o Vitória será também o reencontro do Estoril com Álvaro Pacheco, mas também do Vasco com o Álvaro Pacheco, com quem tem uma amizade. Fizeram alguma aposta e se vê que o facto de ter sido o Álvaro a montar esta equipa do Estoril possa ser uma vantagem?
Temos uma amizade longa que é conhecida, mas sabemos que vamos dar um abraço antes e no final, mas durante o Jogo vamos competir e portanto durante aqueles 90 minutos não olhamos para o banco do adversário com nenhum tipo de sentimento. É um sentimento só de vitória dos nossos e daquilo que nós queremos fazer, por isso e é o encarar com naturalidade, vontade e ambição de fazermos um bom jogo. Toda a gente já se conhece neste momento. Ou seja, nós também já vimos várias coisas do Vitória. Naturalmente, ele conhece emocionalmente alguns jogadores, mas eles também estão noutro momento e noutra fase do campeonato. Por isso, sentimos que não é vantagem nem desvantagem.
Enfrentando o Vitória num momento tão positivo pode ser uma vantagem até emocional ou se será um Vitória a querer dar uma resposta?
Esperamos um Vitória igual a si mesmo, independentemente dos momentos das equipas. É difícil analisarmos isso de forma tão simples. Todas as equipas querem muito jogar para ganhar, isso não há dúvidas. Estamos num campeonato muito difícil. Toda a gente luta pelos pontos e cada ponto custa muito caro. Cada metro de relva é muito difícil de comprar e por isso é muito complicado jogar contra qualquer equipa. Temos de desfrutar do jogo, sermos altamente competitivos, ambiciosos e demonstrarmos essa agressividade e intensidade.
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