Presidente da SAD famalicense deixa novo alerta à Câmara Municipal, agora em declarações na cimeira 'Thinking Football'
Miguel Ribeiro, presidente da SAD do Famalicão, marcou hoje presença na cimeira 'Thinking Football' e falou sobre vários temas ligados à esfera do clube. As condições do Estádio Municipal e o "problema" associado a este ponto que terá de ser tratado "sim ou sim", o despedimento de João Pedro Sousa, mas também a transferência de Francisco Moura para o FC Porto e a questão da centralização dos direitos televisivos em Portugal foram alguns dos temas tratados pelo líder do clube da região Minho.
"O Famalicão hoje está num patamar em que as transferências nas últimas épocas ultrapassaram os 20 M€. Tendo nós 4 M€ de direitos televisivos, vamos buscar 4 ou 5 vezes mais ao mercado. Isto é o caminho da sustentabilidade. Foi um caminho que desde início definimos, agora executamos. Neste caminho, o ponto fraco que temos na operação tem sido a questão dos treinadores. Faço votos que o Armando fique muitos anos. Fiz votos que o João Pedro ficasse muitos anos. Quem me dera que o meu treinador fosse o primeiro e não tivesse mudado. É óbvio que quando temos uma equipa com média de 20 e poucos anos, se conseguir ter um ciclo olímpico (4 anos), consigo tirar máximo proveito do jogador. Quanto mais tempo tivermos o treinador no cargo, e mais maturidade possamos ter na construção do jogo e do processo, seria o ideal. Agora, entramos no outro campo. Há coisas que controlamos, outras que não controlamos. O João Pedro passou a segunda vez no Famalicão, mas infelizmente não correu bem. Mas tentámos. Hoje o Armando sabe o que nós queremos", começou por dizer o líder da SAD famalicense, assumindo que foi um erro despedir João Pedro Sousa: "Acreditei que foi um erro despedi-lo, porque embriagámos os resultados. Estávamos no caminho, mas foi uma decisão errada. Entre as erradas e as certas, o ideal é que tenha mais uma certa do que as erradas. Muitas erradas tivemos. A ansiedade da Europa estava a criar consequências poucos positivas. É jogo a jogo."
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O crescimento da equipa, o perfil do treinador e ainda a sustentabilidade do clube
"O treinador do Famalicão tem de ser um treinador que no dia 31 de agosto possa perder o Francisco Moura para o FC Porto, sem que isso seja foco de pânico. Frequentemente temos conversas em que procuramos soluções. O modelo está assente em estarmos atentos a novos mercados. Tínhamos um jogador nos sub-20 de Marrocos, um nos sub-21 da Finlândia, dois nos sub-21 de Portugal. Quem opera e trabalha no Famalicão, quer o departamento de futebol, quer o departamento financeiro, quer o departamento de marketing, quer o departamento de comunicação, tem de perceber que estamos a crescer. Estamos a crescer em orçamento, espaços, condições, mas temos muito mais para crescer. Temos um problema do Estádio para resolver sim ou sim. Temos um processo de maturidade do ponto desportivo que só será atingido quando contratarmos suplentes. Quando chegarmos ao verão e dissermos "vamos contratar 11 suplentes" porque os 11 titulares não vendemos. Hoje, se olharmos para o onze tipo, há 5 ou 6 jogadores a bater à porta."
Condições do Estádio Municipal de Famalicão
"Tanto semeio dentro como fora de portas. O Famalicão nos próximos três anos está perfeitamente estável. Se nada acontecer nos próximos três anos, o Famalicão está assegurado. O que preciso dentro de portas é atenção em manter o que temos, cuidar do caminho que estamos a fazer, melhorá-lo, estarmos atentos a oportunidades, fazer crescer os plantéis, a procurar contratar suplentes. Preciso de melhorar infraestruturas, por causa do estádio. Temos disponibilidade mental e financeira para olhar para a frente de soluções. Não precisamos mais de estar à espera de decisões que não sejam nossas. Equaciono jogar noutro local, equaciono fazer onde está o estádio. Eu equaciono tudo, menos continuarmos como estamos. Neste ano civil, temos de ter uma decisão."
Centralização dos direitos televisivos
"Os 'grandes' estão a mandar mensagens para dentro e percebo. Muitas mensagens são para dentro. Somos daquelas empresas que estão absolutamente escrutinadas por tudo o que é cão e gato. É das poucas atividades que a crítica do dia seguinte decorre da derrota do dia anterior. Acho que, quer os grandes, quer os outros, o princípio da equidade deve sempre pautar a nossa atuação. Se me pergunta igualdade, não. Mas equidade não é igualdade. Isso é estabelecer equilíbrios que se transformam num rácio igual. Acredito que com a tranquilidade de quem nos dirige, com a Liga, a FPF, com o bom senso e a sensibilidade dos presidentes vai levar-nos a bom porto. Os big-5 já o fizeram. Vamos ter a competência de olhar para esses modelos e replicar o que é possível replicar aqui, desde logo pela dimensão do país, da população. O futebol português é uma bandeira fortíssima sem paralelo do que é Portugal no Mundo. Pelos jogadores que temos lá fora, com o Cristiano à cabeça, pelos treinadores, pelos dirigentes, há uma forma amigável como olham para nós lá fora. O jogador português pode sair à sexta de Portugal e ao domingo jogar na Premier League. É esta competência e este talento que nos vão levar a bom porto até nessa questão da centralização", terminou.
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