O técnico Hugo Oliveira não poupou elogios aos predicados do Sp. Braga, mas também não comprometeu as aspirações ao triunfo que o Famalicão alimenta para um duelo que considerou “ter todos os condimentos para ser um grande jogo”.

“A expectativa é que será um grande espectáculo de futebol entre duas equipas que gostam muito de jogar o jogo. Duas equipas de talento e que querem ganhar, pelo que tem tudo para ser uma grande noite”, comentou Hugo Oliveira, vinculando a “necessidade de competência” para alcançar o objetivo: “A nossa mentalidade é olhar para todos os jogos com o propósito de os vencer e isso implica marcar mais e sofrer menos do que o adversário”.

Voto de confiança nos argumentos à disposição, contudo, sem descurar a elevada aposta que o adversário realizou esta temporada.

“Na minha opinião o Sp. Braga é um grande do nosso futebol. É o melhor projecto de desenvolvimento português, também a nível de infraestruturas, e a equipa está em crescendo, mas também é normal que assim seja porque quando há muitas mudanças, seja de técnicos e de jogadores, é sempre um desafio. Hoje o Sp. Braga é uma equipa muito melhor do que era no início de época e a responsabilidade do Famalicão é não trair os seus princípios”, asseverou Hugo Oliveira, sem fazer segredo da diferença de potencial entre os dois emblemas: “Não espero outra coisa que não um Sp. Braga a tentar impor o seu jogo. É uma equipa com muito talento e depois tem aquelas unidades, como o Horta e o João Moutinho, que parecem que são como o vinho do Porto pela forma como interpretam o jogo. Será, certamente, mais um momento de aprendizagem para a juventude do Famalicão, que também é um conjunto organizado e contra quem é difícil de jogar. Não será fácil no início de ver quem irá vencer porque será muito competitivo e os detalhes podem ter um peso determinante”.

Um ano de balanço

Hugo Oliveira cumpre na próxima semana o primeiro aniversário como treinador do Famalicão. Longevidade que deixa o técnico satisfeito e que foi o ponto de partida para uma análise curiosa atendendo ao percurso dos seus antecessores.

“Às vezes brincava com o nosso presidente e dizia-lhe que um treinador do Famalicão chegar ao 2.ª ano podia ser um recorde. É evidente que essa marca é um motivo de enorme satisfação. Este é um processo contínuo, de identificação com o clube e de coletivismo, seja com os jogadores como com todas as outras pessoas do emblema e é por causa dessa simbiose que há mais hipóteses de dar continuidade. Para já tem corrido bem e tem pernas para andar. O presidente acredita que estamos no caminho certo, mas há muito para fazer porque este clube tem muito potencial”, justificou Hugo Oliveira, convicto que um novo palco ajudará o Famalicão a consumar o ansiado estatuto de qualidade: “Precisamos de um estádio novo. Isso permitirá aproximar o público e contribuirá para o desenvolvimento de jogadores, na certeza que o plano será sempre vincular o talento através de uma ideia de jogo ofensiva e ambiciosa para deixar os adeptos do Famalicão orgulhosos”.