Dois jogos sem vencer é um acontecimento inédito na temporada do Famalicão. Depois da derrota com o Sporting, os minhotos somaram um empate no reduto do Casa Pia, mas o objetivo é colocar um ponto final nesta série na receção ao Rio Ave, este domingo. Essa é a ambição do técnico Hugo Oliveira.

Perspetiva para o encontro: "Acima de tudo, ter consciência de que encaramos todos os jogos pelos três pontos. Independentemente do passado, olhamos para o presente e temos consciência da nossa forma de estar. Ir para os jogos para ganhar. Principalmente porque jogamos em casa, próximos dos adeptos e queremos dar-lhes alegrias. No último jogo não conseguimos, tivemos coisas muito boas, não fugimos às nossas ideias, mas não ficámos satisfeitos com o resultado. Sabemos o que fizemos e que merecíamos mais, mas o jogo é feito de resultado e só tivemos um ponto. Sabemos que vamos jogar com uma equipa recheada de bons jogadores, uma equipa que vem moralizada de um resultado positivo em casa de um dos candidatos ao título. Vai ser difícil, mas vamos estar muito ligados à nossa ideia e acompanhados por aqueles que nos tornam mais fortes."

Mudanças do Rio Ave na Luz: "A decisão do treinador foi explicada no final do jogo, tendo em conta o número de jogos. Os treinadores têm plantéis e fazem opções. Isso provou a qualidade individual que têm. Colocou outros jogadores e manteve a bitola, trazendo pontos. Acredito que o Rio Ave não vai jogar com os mesmos 11 que jogou na Luz, há jogadores que vão certamente regressar, jogadores que conhecemos bem, mas as equipas são feitas de um todo. Será 11 para 11, nós jogaremos com mais um elemento, que são os adeptos. Queremos sair vencedores para dar a esses adeptos uma alegria."

Sabor amargo do jogo com o Casa Pia: "A equipa ficou consciente que para o que criou teria que definir melhor. Estamos em desenvolvimento e esse é um ponto que temos tentado evoluir. Tivemos um nível alto na criação de situações, na criação do momento do golo. O momento de fechar ações surgirá com naturalidade. Mas fizemos golo e temos vindo a fazer sempre. É um indicador muito positivo que dá confiança para o futuro."

Bola parada: "Todo o nosso jogo demonstra uma coisa, demonstra que somos uma equipa que trabalha muito todos os momentos do jogo. Dedicamo-nos muito ao processo, ao desenvolvimento individual e coletivo. Temos uma equipa técnica com profissionais de alto nível e que contribuem muito. Tudo isto é possível criar porque os jogadores também são abertos a novas ideias. A bola parada é um dos momentos do jogo e todos devem ser tratados da mesma maneira. Direcionamos o treino para aí e sabemos a importância que a bola parada tem ofensiva e defensivamente. Temos vindo a fazer golos de bola parada ofensiva de forma consistente, mas também é verdade que desde que o nosso projeto se enquadrou aqui não temos sofrido de uma forma grande. É bom para nós. Isto é fruto do nosso trabalho e é isso que me deixa mais agradado. Somos uma equipa que trabalha muito, com jogadores sempre dispostos a estarem ligados ao jogo. É sinal que os jogadores acreditam no processo e trabalham com vontade. Muitas vezes dá-se demasiada importância ao treinador e os corpos técnicos, se não forem constituídos por profissionais de nível, o resultado nunca é igual." 

Comentário à chamada de Zabiri ao Mundial sub-20: "O Famalicão, na constituição do plantel, equacionou todas as possibilidades. Temos um plantel equilibrado, que pensa no hoje e no amanhã. O Zabiri teve a consequência natural do trabalho e para nós é um orgulho ter um jogador no Mundial sub-20. Todos os que estão à disposição contam."