Hugo Oliveira: o "não assunto" com João Pereira, a situação de Rochinha e o "abre-olhos" de Miguel Barbosa

Técnico falou de vários temas na antevisão ao encontro com o Rio Ave

• Foto: LUSA_EPA

Hugo Oliveira realizou, este sábado, a antevisão ao jogo com o Rio Ave e, além de uma análise prévia à partida, dissecou outros temas que marcam a atualidade dos minhotos. Caso, por exemplo, da situação de Rochinha, jogador que ainda não entrou nas opções nenhuma vez. Mera decisão, de acordo com o técnico.

"Todos contam para o treinador. O Rochinha tem tido tratamento igual aos outros, as opções são feitas por mim. Trabalha de forma vincada, positiva, mas cabe-me a mim tomar decisões em função das ideias e da estratégia. Pelo que tem vindo a trabalhar, poderá vir a ter a oportunidade. As opções são feitas consoante o que é o melhor para o Famalicão", apontou Hugo Oliveira.

Outro tema do qual o técnico não se escondeu foi a crítica dirigida por João Pereira, treinador do Casa Pia, que apelidou Hugo Oliveira de "pseudo-Mourinho". Para o líder dos minhotos, esse é um "não assunto". "É importante olhar para o jogo seguinte. Temos de estar extremamente ligados neste jogo, um jogo de extrema dificuldade, frente a um adversário de valor. Vai ser um grande jogo de futebol, um jogo ligado ao talento, um jogo com jogadores que olham para a baliza. Somos uma equipa que quer jogar futebol e acredito que o jogo Famalicão-Rio Ave terá duas equipas a olhar para a baliza adversária. Vai ser benéfico para o adepto, para quem vê em casa. Acredito no futebol espetáculo e quem está à frente das equipas deve olhar dessa forma", atirou.

Este tópico, de resto, abriu a porta a uma reflexão mais profunda sobre o que é realmente importante, tendo como exemplo o jovem Miguel Barbosa, antigo jogador dos sub-19 do Famalicão que sofreu um grave acidente e que foi recebido pelo plantel principal esta semana. "É um abre-olhos para nós. Nós vivemos numa sociedade que valoriza às vezes demasiado coisas que não têm assim tanto valor. O futebol é uma delas, é entretenimento, está cá para dar alegria às pessoas, deve ser interpretado como tal. Depois, o importante na vida é a saúde. Esta visita que tivemos esta semana é a prova disso mesmo. Foi muito bom ver a felicidade de alguém que passou por esse momento, que perdeu o sonho de ser jogador, mas que ainda tem muitos sonhos na vida e mostrou que vai conquistar. Tem uma alegria viver tremenda, um espírito de sacrifício e de vida fantástico. Nós, que vivemos numa atividade que amamos, temos de tirar daí ilações. E para a vida também. É alguém que nunca saiu do clube e deve ser sublinhada a forma como vive. Tem a ideia de trazer o futebol para amputados de forma mais vincada para Portugal e o futebol deve ser encarado como felicidade e não como uma porta para o ódio", concluiu.

Por Pedro Morais
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