João Pedro Sousa elogia Rúben Amorim: «Tem uma capacidade estratégica acima da média»

Treinador do Famalicão irá fazer alterações face à saída de Otávio e ao castigo de Francisco Moura

• Foto: Luís Vieira / Movephoto

João Pedro Sousa considerou, na antevisão ao encontro que vai opor o Famalicão ao Sporting, na 20.ª jornada da Liga Betclic, que irá encontrar "a melhor equipa do campeonato", adjetivos que alertam o técnico para a capacidade que o adversário pode demonstrar na visita ao Minho. Nesse sentido, também deixou elogios a Rúben Amorim. 

"Não é redutor dizer que o jogo vai ser extremamente complicado para nós. Vamos jogar contra a melhor equipa a atacar e a defender no campeonato, até ao momento. É a melhor equipa na Liga. O desafio e a tarefa, assim, é o maior que podemos encontrar e temos de ser o maior Famalicão. Temos de ter uma concentração muito grande, ser muito competentes e taticamente muito fortes, porque do outro lado há uma característica importante: a posição, a capacidade e a estratégia que o treinador do Sporting consegue colocar. O Rúben tem uma capacidade estratégica acima da média. Vemos inúmeras estratégias que ele coloca em campo. Será uma tarefa muito difícil para nós. Agora, aquilo que costumamos fazer vai para campo, vamos para o jogo com ambição, não fugindo ao que vamos implementar dentro das quatro linhas", atirou o técnico dos minhotos, almejando um bom resultado e responder da melhor forma aos desaires anteriores.

Sem Francisco Moura [castigado], que dificuldades irá ter?

"O nosso lado esquerdo e o início da construção não vai jogar. Só ficamos com uma perna esquerda, a do Justin [De Haas]. Seja como lateral adaptado ou central. Para além da adaptação, vamos implementar coisas que não temos em termos de rotina. Posso considerar que assim também deixamos dúvidas do outro lado, do Sporting, porque não vão perceber tão facilmente quais são as nossas características. Vamos pensar positivamente, não estamos com problemas porque não joga o jogador A e B, mas jogam o jogador C e D."

Perder jogadores, como o Otávio, tão em cima do jogo prejudicou o seu trabalho?

"Perdemos o Otávio praticamente quando encerrou o mercado. Existe sempre a possibilidade de coisas dessas acontecerem. No caso do Moura, ja sabíamos que ele não ia jogar, que o Rúben Lima também ia sair e, por isso, trabalhámos de acordo. Tivemos de trabalhar coisas que 'casassem' com o Justin de Haas e quem irá jogar à sua esquerda."

O ciclo de resultados é pior na entrada da 2.ª volta. Que Famalicão é este? 

"Uma das preocupações que eu tinha, sendo que estávamos a trabalhar com uma equipa nova e um plantel novo, era a consistência da equipa. E trabalhar consistência com a equipa mais nova da 1.ª Liga é difícil. Temos a equipa mais inexperiente do campeonato. Isto requer trabalho, tempo e competição. Precisamos de encontrar caminhos e de os jogadores os conhecerem respetivamente. Isto vai levar-nos a um trabalho diferente e jogadores diferentes, sempre que um ou outro sai. Sempre que isso acontece, temos de alterar o plano novamente e tentar encontrar caminhos com os novos jogadores."

Os reforços, como o Ian Custódio e o Sorriso, ajudam à equipa estar mais preparada para esta segunda metade do campeonato?

"Na frente sim, sinto que está mais preparada. Não conheço bem o Custódio, que veio para os sub-23 e ainda não está pronto. Relativamente ao Sorriso e ao Filipe Soares, por exemplo, com certeza que vêm para adicionar mais qualidade ao grupo de trabalho no momento de situações de jogo mais ofensivas, mas são diferentes do que estavam aqui. Claramente, no processo ofensivo estamos mais fortes, porque temos jogadores com outras características que podemos implementar."

Vincou várias vezes que não alterará o processo principal de trabalho. Vai continuar assim?

"Em princípio vou continuar assim, sim, mas não vou esconder que existem variáveis que me obrigarão a mudar um ou outro aspeto. Poderá jogar uma perna esquerda na ala esquerda, mas poderá jogar uma perna direita. Como o Francisco Moura dá muita profundidade, por norma libertamos o corredor. Se não colocarmos um jogador tão profundo, se calhar temos de ocupar esse corredor. Se calhar temos de olhar assim, porque é desta forma que treinámos e apresentámos o plano aos jogadores, porque eu não acredito no futebol de outra forma. Por outro lado, temos pessoas competentes no lado do adversário. Se calhar olho para o meu papel e acredito que vou vencer ao Sporting, mas creio que o treinador, deles, o meu colega, vai criar outro tipo de situações. Eu, gostando de atacar por um corredor, talvez o Rúben Amorim feche esse lado e ataque pelo outro lado."

O Famalicão vai receber o Sporting neste sábado, pelas 18h00.

Por João Albuquerque
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