Alex Telles: «Fiz história no FC Porto, não tenho como jogar no Benfica»

• Foto: Peter Spark/Movephoto

"Quando jogas num clube e deixas uma imagem boa e um legado... Eu sei que toda a gente é profissional, há vários clubes e rivalidades, mas eu, Alex, não jogaria no rival. Por exemplo, eu fiz história no FC Porto, toda a gente gosta de mim lá, não tenho como jogar no Benfica". Alex Telles não deixou sombra de dúvidas sobre o que faria no caso de receber uma proposta para representar o Benfica.

Esta segunda-feira, no podcast 'Denílson Show', do antigo internacional brasileiro, o lateral-esquerdo vincou essa sua forma de estar: "Joguei no Galatasaray, não jogo no Fenerbahçe. Joguei no FC Porto, não jogo no Benfica... Joguei no Juventude, não jogo no Caxias."

PUB

E se o telemóvel tocar e aparecer do outro lado da linha um treinador como Pep Guardiola? Até nesse caso, Alex Telles mostrou-se inflexível. "É a mesma coisa... Não é dizer não ao Guardiola, mas dizer 'sim' ao meu sentimento. Se vou para um clube que aposta em mim e sendo tão difícil deixar uma boa imagem hoje em dia... É a minha forma de pensar", prosseguiu.

Voltando a Portugal, Alex Telles recordou, no programa de Denilson, um momento da festa do título do FC Porto, em 2017/18, quando ergueu um cachecol que dizia: "Toda a m***a é Benfica." Apesar de ser um clube rival do seu FC Porto, o defesa brasileiro admite que errou, mesmo sabendo que foi fruto do acaso e não uma manifestação pensada.

PUB

"É bom falar nesse assunto, porque na altura retratei-me lá, foi uma coisa totalmente inesperada. Só me retratei no momento, nunca falei sobre isso. Estávamos a comemorar o título nos Aliados, estávamos muito empolgados, a praça estava lotada e, ao chegar lá e ver aquilo... Era boné para cima, faixa, bandeira... Antes do cachecol, eu já tinha aberto uns trinta. O meu erro foi abrir à frente da imprensa. Não vi, não pensei. Até me lembro do rosto da pessoa que me atirou aquele cachecol. Apanhei aquilo, levantei durante dois ou três segundos. Eu respeito as instituições, mas depois, quando peguei no telemóvel, vi que a internet estava a bombar três horas depois. Recebi ameaças e tive de me retratar. Sou uma pessoa que gosta da rivalidade dentro de campo, faz parte do futebol, mas do outro lado também há profissionais, amigos. Senti-me mal com esse momento, não faz parte da minha pessoa. Não preciso de desrespeitar um clube para ser amado no meu. Não sei se em Portugal houve outro atleta a retratar-se com um clube rival, não sei se já aconteceu, mas eu fiz isso porque achei que era necessário."

Por Record
Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de FC Porto Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB