Angelino Ferreira acompanhou esta terça-feira André Villas-Boas numa ação de campanha em Felgueiras. O nome proposto para o Conselho Fiscal e Disciplinar aproveitou para falar aos sócios sobre as finanças dos azuis e brancos, ele que já foi, no passado, o principal rosto dessa pasta na SAD na administração de Pinto da Costa.
"A situação financeira é preocupante, porque a operação é desequilibrada e vai gerando consecutivos défices. E estes défices é que vão gerando os problemas financeiros com que nos deparamos. Temos um excesso de custos, que derivam de um conjunto de operações, como custos com contratações de jogadores, custos financeiros… Neste momento estamos a falar em qualquer coisa como 25/26 milhões de euros por ano, este é o valor de juros, aquilo que pagamos pela dívida financeira. É um volume, já perceberam, que daria até para comprar jogadores", disse, vincando que a dívida, mesmo a colaterizada, é toda para pagar: "Esta dívida financeira, que são 320 milhões de euros, num passivo a rondar os 500 milhões de euros. Temos operações com agentes, ainda noutro dia se viu nos jornais, na ordem dos 26 milhões de euros… E tem-se falado na dívida colaterizada, que está relacionada com garantias, mas ela, meus amigos, é toda para pagar. Quer os fornecedores, quer os credores, esperam naturalmente receber o que têm a receber. Isto é uma dívida que terá de ser pensada, reestruturada… Muitos de vocês pensarão: ‘como vamos pagar isso? Como vamos sair desse problema?’ Teremos de encontrar soluções, por isso é que estamos cá."