Fernando Santos e Henk ten Cate tiveram uma noite descansada, pois quem esteve em campo esqueceu-se de táticas, transições e ataques rápidos e jogou futebol no seu estado mais primitivo e puro. Por isso, o jogo, mais que entretido, foi divertido. O FC Porto entrou melhor e Derlei marcou logo a abrir, com McCarthy a aumentar de seguida, ele que foi muito aplaudido no seu regresso ao Dragão. Vítor Baía só fez a sua primeira defesa aos 22’, e cinco minutos depois fez vibrar a bancada com uma grande estirada na resposta a um livre de Belletti. E foi aí que se ouviu um tímido “Scolari c..., Baía à Seleção”, pois há coisas que nunca mudam. Entretanto, a braçadeira de capitão do FC Porto transitou de Jorge Costa para Deco e deste para Vítor Baía (o jogo iria terminar com ela no braço de Pedro Emanuel).
Vem a 2.ª parte e o Barça entra com Deco e Vítor Baía, mas foram as entradas de Eto’o e Messi que acabaram por mudar tudo. O argentino ofereceu o primeiro golo do Barça a Eto’o e foi na sequência de um lance seu que Deco (então já a jogar com o número 20) empatou. Aí, o espírito do dragão campeão europeu ressuscitou e Jankauskas colocou o FC Porto de novo na frente, na recarga de um remate de Sérgio Conceição (que ainda aí está para as curvas, e não apenas da barriga). Logo a seguir, Eto’o empatou e não esperou muito até servir Messi para um inesperado golo de cabeça do argentino. Estava-se mesmo a ver o que ia acontecer e Deco, que voltou à equipa do FC Porto, lá acabou por consumar o empate final.
Destaques
Na equipa do FC Porto, Pedro Emanuel comandou a defesa e mostrou grande andamento, Derlei enquanto durou fez mossa e Maniche surpreendeu pela sua pujança, enquanto Jorge Andrade, mesmo no estilo camião do leite, conseguiu alguns cortes importantes, ficando, porém, a ver Messi passar como um foguete no lance do 1.º golo do Barça. Uma palavra ainda para Ricardo Carvalho, que entrou numa fase em que a defesa portista balançava e que conseguiu equilibrar as coisas. O que é tudo menos uma notícia surpreendente.
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