Presidente da CM Maia e a hasta pública da academia do FC Porto: «Todo o processo está imaculado»

• Foto: José Gageiro/Movephoto

António Silva Tiago, presidente da CM Maia, reiterou na noite desta terça-feira, em Assembleia Municipal, a lisura do processo de venda em hasta pública de parte dos terrenos onde o FC Porto projetou a construção da sua Academia, que entretanto abandonou.

Questinado por vários deputados municipais sobre o tema - nomeadamente por Rui Maia (PS) em específico sobre o processo de publicação da hasta pública em Diário da República - durante as intervenções que antecederam a ordem de trabalhos, o autarca catalogou o processo como "imaculado" e "perfeito".

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"Todo o processo de hasta pública que a CM Maia e os seus serviços desenvolveram está imaculado, não tem nenhuma imperfeição. Ao contrário do que se escreve e do que se vê, tudo isso é mentira e é por isso que dói. E era isso que deveria doer aos senhores deputados também. (...) O processo está perfeito, fizemos tudo bem feito. Deus quisesse que toda a gente fizesse como nós. Nós não abrimos a hasta pública para qualquer entidade, foi para quem quisesse, bastava ver as condições da hasta pública. Os prazos que lá estão são os prazos que a lei permite. Dizem que são 20 dias, mas deviam ser 25 ou 30... Isso é tudo conversa. Cumpre a lei, portanto o que está lá está bem", afirmou, concluindo sobre o tema: "Eu não pedi nada ao FC Porto nem ao Boavista. Nós fizemos o que fazemos a qualquer investidor. Que é ouvir e ver se aquilo que se pretende é do nosso interesse ou não."

Perto do final da sua intervenção, António Silva Tiago vincou estar a dar apenas a sua explicação, isto depois de no início ter dito que subescrevia a do deputado António Oliveira e Silva (PSD/CDS), pois "o que disse foi sensato e verdadeiro". Ora, contrariamente ao presidente, este deputado entrou em especificidades sobre o famigerado processo de publicação da hasta pública em Diário da República, dizendo que "no dia 22 [de março] os serviços iniciaram o preenchimento, no dia 26 o pedido é submetido, no dia 26 é feito o pagamento e no dia 26 o Diário da República ainda conseguiu publicá-lo". Defendeu o deputado que quem iniciou o preenchimento do procedimento no dia 22, antes da hasta pública ir a votação em Assembleia Municipal no dia 25, "não desrespeitou este órgão", pois "o preenchimento teria que ser o mesmo", vincando que a Assembleia Municipal "não pode mudar nada" em processos de hasta pública. "Ou aprova ou não aprova", sentenciou.

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Por Record
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