Leia a crónica do Sp. Braga-FC Porto (2-1)...
O FC Porto perdeu o primeiro jogo da época e o resultado prático foi terrível: a sua equipa foi afastada da Taça de Portugal, ainda para mais numa fase inicial, os oitavos-de-final, perdendo, logo aí, um dos seus grandes objetivos da época.
Veja o direto do Sp. Braga-FC Porto
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Vítor Pereira arriscou muito, talvez em demasia, e provavelmente sem necessidade, acabando por perder o jogo por culpa própria mas também com o forte contributo de dois dos seus jogadores: Castro e Danilo.
Antes do desenvolvimento da ideia, um voto de louvor para o Sporting de Braga que, numa fase desportiva difícil, revelou capacidade e talento para dar a volta à situação – asua equipa perdia por 1-0,à entrada do último quarto de hora de jogo, mas acabou por virar o resultado para 2-1, ainda por cima contra o FC Porto, o bicampeão nacional, uma superequipa, o que só está ao alcance de muito poucos.
As razões para essa cambalhota no resultado são de fácil explicação: a revolta dos jogadores bracarenses que, na fase do aperto total, recorreram ao seu máximo;o risco no limite do treinador José Peseiro que, no momento da aflição, não teve qualquer problema em arriscar tudo, investindo no 4x2x4; o melhor futebol desenvolvido na segunda metade pelo conjunto minhoto, ao ocupar as faixas laterais – Mossoró à direita e Alan à esquerda, com Ruben Micael próximo de Éder –, o que permitiu dar amplitude ao ataque, tornando assim os acessos à área de Fabiano muito menos difíceis; os bracarenses deixaram, pois, de atuar como se estivessem a jogar em cima de uma montanha-russa, como se verificou em toda a primeira parte e essencialmente depois do golo de Mangala (13’), recuperaram a tranquilidade e o bom futebol e chegaram à vitória.
Erros
Para se explicar a derrota do FC Porto e o seu consequente afastamento da Taça de Portugal devemos falar da expulsão de Castro (72’), num lance em que o médio fez o que não deveria ter feito – braço no peito de Mossoró, ainda para mais quando já tinha um cartão amarelo –, mas também é um facto que Danilo deu um grande empurrão, ao falhar em toda a linha no lance do seu golo (74’) na baliza errada; ainda para mais numa altura em que a sua equipa ainda estava a ver como é que se deveria reorganizar quando ficou só com dez homens em campo.
Dois erros, pois, com estragos evidentes na ambição portista – o golo de Éder pouco depois (80’) é uma consequência natural do desnorte, chamemos-lhe assim – que, mesmo com menos um homem em campo, ainda teve oportunidade, ou melhor, duas oportunidades para chegar ao empate. Lucho, que deixou tarde e a más horas o banco de suplentes, obrigou Quim a grande defesa, e logo a seguir Kléber rematou forte,voltando Quim a provar que se pode contar com ele.
Por esta altura é fácil concluir-se que o FC Porto não “matou” o jogo quando o deveria ter feito, tendo-o deixado correr em demasia e sem qualquer reação do seu treinador, assim como não é difícil responsabilizar Vítor Pereira por ter arriscado de mais no onze – só quatro titulares habituais, o que é muito pouco, sobretudo quando se tem do outro lado do campo uma equipa bem organizada, com qualidade e que sabe o que fazer em campo – e provavelmente sem grandes razões.
O conjunto de José Peseiro, que sabe jogar bem à bola, soube também sentir o futebol como atrevimento na última metade, e a recompensa foi-lhe entregue. As vitórias também se constroem com atitudes.... Como foi o caso.
ÁRBITRO
Uma atuação de Olegário Benquerença para nota negativa. Fernando agarrou – e de que maneira! – os calções de Hugo Viana na grande área (56’), tendo ficado, pois, o penálti por marcar. O seu critério disciplinar passou do 8 para o 80 da primeira para a segunda parte, o que surpreendeu os jogadores, e daí tanto cartão mostrado depois do intervalo. Bem anulado o golo de Custódio: Mossoró (66’) puxou Fabiano, impedindo-o de tentar defender o remate do médio.
NOTA TÉCNICA
José Peseiro. O treinador do Sp. Braga arriscou tudo na última metade, recorrendo ao 4x2x4, e a recompensa chegou-lhe em forma de vitória. Prémio, pois, à coragem. (3)
Vítor Pereira. Não tem outro remédio senão assumir o afastamento da Taça de Portugal. Correu quase todos os riscos, ao investir num onze sem garantias, e perdeu... (2)
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