Candidato à presidência do FC Porto abordou a reavaliação do Estádio do Dragão
André Villas-Boas voltou a assumir que o FC Porto historicamente tem a "obrigação de ser campeão", aproveitando para criticar uma vez a política desportiva e financeira da atual direção. O candidato à presidência do clube destacou que é necessário inverter o rumo dos dragões.
"Um ano mau é estar dois anos sem ser campeão, é ser campeão três vezes em 10 anos. Temos a obrigação de sermos campeões. Eu elevei logo a fasquia, não a pus por baixo. O projeto formativo e da direção desportiva é fundamental para a sustentabilidade do clube e isso tem de mudar. Do ponto de vista financeiro, o FC Porto teve receitas de 2,9 mil milhões de euros nos últimos 20 anos. Em 10 anos, o passivo dobrou, temos uma dívida financeira de 310 milhões de euros. Temos capitais próprios quase positivos, como o presidente gosta de dizer, mas é por uma reavaliação do estádio. E vamos fazer o quê? Vender o estádio? E jogar para a Constituição? O FC Porto está numa situação difícil financeiramente, o dinheiro desapareceu, porque foi mal empregue. Tivemos jogadores que saíram a custo zero. Rendimento desportivo, sim, tivemos, mas também houve ruína financeira", lembrou.
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André Villas-Boas também abordou a questão relacionada com o aproveitamento dos produtos da formação do FC Porto. O candidato à presidência do clube falou no prodígio Rodrigo Mora, lembrando que os talentos que se destacam têm de ser chamado à equipa principal com regularidade e não apenas quando há necessidade de preencher o grupo.
"Há partes técnicas relacionadas com os treinadores que não vou tocar. Tenho respeito por quem lidera os sub-19 e a equipa B, seria ingrato tecer crítica, positiva ou negativa. Os treinadores nos mercados agarram-se à profissão. Projetos desportivos e formativos não são da sua competência. No projeto formativo, os clubes têm de obedecer as regras e padrões. Daí que na base deste projeta esteja a direção desportiva. O planeamento atual é a curto prazo. É a resolver coisas que vão surgindo pelo caminho. Resolvendo mal, gastando muito e perdendo outros tantos, como jogadores que foram saindo a custo zero. Não é trabalho de treinador de equipa principal, é trabalho de direção desportiva, que tem de fazer planos a curto, médio e longo prazo. Não tenho ideia de criar uma equipa sub-23, porque a transição tem de ser esta. Sub-19, equipa B e equipa principal. O que deve ser cortado é o chamar por necesidade e por estarmos no limite. Temos de chamar, porque este é o projeto de formação. Sentido de pertença do Rodrigo Mora é maior do que a de um jogador contratado. Esses projetos de formação têm de estar assentes na chamada precoce de jogadores à equipa principal, não para tapar buracos nos treinos, mas de forma gradual e merecida", vincou a propósito.
Face ao contexto financeiro do FC Porto, André Villas-Boas não tem dúvidas de que se não for conseguido o apuramento para a Champions da próxima época, poderá ser necessário vender jogadores. Isso, a par da tentativa de reestruturar a dívida.
"Começámos a sentar-nos com a banca internacional. Os bancos estão a receber clubes para reestruturar dívidas e temos tentado reformatar a dívida. Há veículos financeiros que permitem ao FC Porto financiar-se, como recorrer à banca, mas há uma parte a fazer internamente, que passa pelo controlo eficaz, que vai salvar muito dinhiro. Cabe à orçamentação para a próxima época. Sem Liga dos Campeões, poderemos deparar-nos com cenário de venda de ativos. Esperemos que não ponha em causa a vertente desportiva, porque temos a obrigação de ser campeões em 2024/25. a Liga dos Campeões vale cada vez mais dinheiro e não podemos permitir que o fosso aumente cada vez mais. Temos de encurtar distâncias", destacou o candidato à presidência do FC Porto. "E perdões?", perguntou um sócio. "Perdões são só para alguns", respondeu Villas-Boas, referindo-se ao Sporting.
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