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25 setembro

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André Villas-Boas ao Now: «Queremos recuperar o FC Porto negociador»

Entrevista ao presidente dos dragões, num exclusivo do novo canal da Medialivre, que arrancou esta 2.ª feira. Veja a entrevista na íntegra no 'Jornal às 12'

• Foto: Peter Spark/Movephoto


Na sua primeira entrevista após ser eleito, André Villas-Boas fala da fragilidade financeira do FC Porto, do início da era Vítor Bruno e do seu antecessor Sérgio Conceição. Veja tudo, hoje, no arranque do canal Now, no 'Jornal às 12', ao meio-dia.

André Villas-Boas, bem-vindo ao Now. Foi uma vitória esmagadora aquela que arrecadou nas últimas eleições do FC Porto. Creio que terá sonhado em algum momento da sua vida com uma conquista assim, bastante afirmativa, mas alguma vez imaginou que se efetivasse?

ANDRÉ VILLAS-BOAS – Bom, em primeiro lugar, agradecer esta entrevista e desejar sorte ao Now no seu arranque. Na realidade foi uma vitória muito positiva, uma vitória dos sócios, sobretudo, pela afluência histórica às urnas. Claro está que, para mim, este resultado é um conforto. Dá-nos uma margem de manobra importante, porque foi inegavelmente a vontade dos sócios ter impresso essa mudança na administração do FC Porto. Portanto, agora é dar crescimento a todos os nossos projetos, à reestruturação do FC Porto, à sua sustentabilidade financeira e, claro, está à sua glória, da qual hoje estamos aqui bem rodeados no Museu do FC Porto.


Destes dias em que é presidente já conseguiu perceber porque era tão urgente mudar?

AVB – Os sócios acabaram por fazer a sua própria leitura da situação do FC Porto. É evidente um desejo de mudança pelos números expressivos da vitória. Infelizmente para o FC Porto tivemos uma situação onde a sustentabilidade financeira não se igualou ao sucesso desportivo. Foi de tal forma díspar que, enquanto nos elevámos na nossa glória, infelizmente não soubemos caminhar para a sustentabilidade do clube. Eu acho que com base no programa eleitoral que lançámos e com as ideias de reestruturação financeira do FC Porto, crescimento da marca, nova colocação da marca, novas mentalidades e também crescimento do futebol português, os sócios acabaram por desejar esta mudança e por ditar esta mudança. Então, acima de tudo está presente esta vontade dos sócios e agora, nos próximos anos, temos que operar a mudança em toda a sua fundamentação para podermos levar o FC Porto onde nós queremos.


Sobre a preparação da próxima época, até que ponto o FC Porto está de mãos atadas para negociar neste mercado?

AVB – Torna-se, sem dúvida, mais difícil. Daí que uma das nossas reestruturações, do ponto de vista da direção desportiva, tenha sido profunda. Portanto, nós, no caso da direção desportiva, estamos a fazer um investimento em competência profissional. Reformatámos todo o edifício da direção desportiva e temos fechado um novo diretor de scouting, um novo diretor da formação, um novo diretor da performance e um novo diretor do futebol profissional na figura do Jorge Costa. Aqui estamos numa fase de investimento, porque temos que ser muito mais cirúrgicos, operar no mercado, muito mais clínicos e cometer cada vez menos erros. Portanto, temos consciência da dificuldade com a qual nos deparamos atualmente para operar no mercado com os melhores jogadores. Há jogadores e situações com as quais não podemos competir. No entanto, trazendo estas competências para dentro de casa, somos capazes de ser cada vez mais cirúrgicos e escolher os jogadores que nos permitam ter plantéis competitivos.


No que diz respeito a compras e vendas, há jogadores bastante valiosos no FC Porto...

AVB – Sim, felizmente sim. Temos bastante valor nos nossos plantéis que nos podem dar também essas mais-valias e essas receitas para podermos operar no mercado. O futebol português sempre se traduziu por um mercado que exporta muito e exporta muito em qualidade e em talento. E penso que, naturalmente, poderemos ser assediados nesse sentido. Se não formos, somos capazes de reter essa qualidade. No entanto, temos obrigações para cumprir, entre as quais o licenciamento da UEFA...


O FC Porto está vendedor? Para jogadores importantes como Francisco Conceição, Diogo Costa, Pepê...

AVB – Nunca se está disponível para abrir mão de talento tão bom, não é? E a realidade é que são realmente jogadores muito importantes no FC Porto, que estão acompanhados da sua cláusula de rescisão. O FC Porto sempre vendeu também muito bem. Não tanto nestes últimos anos, onde fomos, de certa forma, asfixiados por um garrote financeiro e pelo licenciamento da UEFA, que nos obriga a operar no mercado de outra forma, mas queremos recuperar esse FC Porto negociador. Para recuperarmos esse FC Porto mais agressivo em termos de vendas de jogadores no mercado e capaz de reter talento, temos também que crescer financeiramente. Portanto, cada coisa a seu tempo. No entanto, teremos que olhar para o mercado dessa forma. Se acontecerem vendas, saber investir é fundamental e, por isso, esse investimento na reestruturação da direção desportiva.

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