Presidente dos dragões aborda reunião desta manhã, na Cidade do Futebol, com os líderes de Benfica, Sporting, Sp. Braga e Pedro Proença
De visita à Casa do FC Porto de Vale de Cambra, no âmbito das comemorações do 25.º aniversário da delegação, André Villas Boas falou aos jornalistas sobre a reunião desta manhã, na Cidade do Futebol, com os presidentes de Benfica, Sporting, Sp. Braga e Pedro Proença.
"Não vamos para a sede da Federação Portuguesa de Futebol para andarmos à luta uns com os outros... Foi cordial. Agora temos interesses maiores e uma promessa muito específica relativamente às apostas desportivas em ligas internacionais que queremos ver clarificadas. Foi isso que o presidente da Federação fez e aguardemos que cumpra com a sua palavra", referiu, acerca desse assunto.
Neste momento de quase regresso à competição, temos este momento simbólico de vir aqui celebrar o aniversário desta Casa do FC Porto... "Um momento importante para esta Casa, para todos os que apoiam o FC Porto. São 25 anos, é um aniversário muito especial. 25 anos de dedicação ao FC Porto e é importante para nós registar estes momentos num dia onde publicamos também o recente crescimento associativo do FC Porto, que em 5 meses ganhou 16 mil sócios. E todas estas dinâmicas que as Casas imprimem são fundamentais para o FC Porto aumentar a sua massa associativa e crescimento".
Com que expectativa está para este regresso? "Um ciclo bastante exigente a nível de calendário, diversos jogos das diversas competições. O compromisso do FC Porto é com a vitória e tem sido esse o compromisso desta equipa, que nos tem encantado com o seu foco e sentido de responsabilidade, desde o início. Temos dado passos bons e importantes, mas ainda há um longo caminho a percorrer até ao título [nacional] e a vários títulos. Pés bem assentes no chão, continuar a apoiar a equipa nesta fase. Agradecer também aos sócios o apoio que nos têm dado, particularmente no Dragão e nestes meses que se avizinham. É importante sentir o apoio nesse aspeto, pelo que pés bem assentes no chão até ao fim e continuar neste registo positivo é o que mais desejamos".
Como correu este encontro com os restantes presidentes e Pedro Proença? "Um encontro construtivo, digamos que um reencontro destes quatro presidentes com o presidente da FPF. Relativamente a um tema muito específico, as receitas provenientes das apostas desportivas em ligas internacionais. Uma promessa feita pelo candidato Pedro Proença enquanto candidato, e que os clubes entenderam fazer um ponto de situação sobre essa questão. Evidentemente, depois tocam-se em outros temas. Não muito profundamente porque o tempo era curto. Ficámos esclarecidos relativamente às intenções da FPF sobre este tema, que era importante. Como pode calcular, são quantias relevantes para o futebol português, que o futebol português quer ver aplicadas nas medidas certas. Foi discutido o modo como se podem acionar essas receitas e o modo como podem vir a ser distribuídas. Evidentemente, há um aspeto importante. Estes quatro clubes não representam o universo dos clubes da liga profissional, mas defendem-no com os mesmos interesses. As receitas das apostas nos campeonatos profissionais estão centralizadas na liga, e o nosso objetivo é, se houver novas receitas, como iriam ser distribuídas e defender os interesses dos clubes. Não somos representativos de ninguém. Sabemos da importância que temos no panorama nacional, bem como os três grandes e o Sp. Braga também. E agora vamos debater isto com os restantes clubes".
Falou sobre arbitragem? "Não...".
A recente troca de palavras com Frederico Varandas. Como foi o reencontro com o presidente do Sporting? Foram colocadas de parte essas rivalidades? "Há um posicionamento muito claro de cada um dos presidentes relativamente à defesa dos seus interesses. Eu sou responsável pelos do FC Porto e ele pelos do Sporting. A partir deste momento, há uma defesa dos interesses do futebol português e dos seus clubes e sociedades. E isso é uma premissa para termos uma responsabilidade maior em defender os interesses do futebol português, nomeadamente à medida que nos aproximamos da centralização dos audiovisuais. É importante estabelecer metas, ter critérios e estratégias para valorizar o futebol português. Nesta fase, vivemos recentemente um clima bastante tenso, de ataques de parte a parte. Há um clarificar das situações e vamos ver como as relações progridem daqui para a frente. Esta reunião tem o seu impacto e significado tendo em conta o que aconteceu recentemente, portanto há aqui uma limpeza de ares, de certa forma. E agora vamos ver como progredimos nos próximos meses, sabendo que cada um luta pelos próprios interesses. Mas há determinadas linhas de respeito que não devem ser ultrapassadas. Tem algum significado voltarmos a estar sentados à mesa e a partir de agora vamos ver como as coisas progridem".
Houve alguma garantia dada pelos responsáveis da arbitragem? "Garantia não, houve uma explicação relativamente aos lances, à situação atual da arbitragem. Claro está que nestes tempos recentes temos constatado a transparência com a qual o CA e o seu presidente querem atuar. E o seu diretor técnico nacional. Iremos ver como são os desenvolvimentos nas próximas jornadas e se há melhorias relativamente à arbitragem. Melhores critérios, decisões, ter alguma uniformidade. O que o FC Porto entende é que não há uniformidade de critérios, há dualidade. E depois parece-me evidente que não há uma forma clara de comunicar com a opinião pública. No nosso entendimento, há determinados analistas que são usados como veículo transmissor de mensagens da direção técnica da arbitragem, que acho que não estão a ser totalmente imparciais. Portanto, fizemos a nossa observação, o nosso alerta ao presidente da Federação e ao presidente do CA, e estamos de pré-aviso para as próximas arbitragens. Evidentemente há o direito ao erro, a errar, mas o FC Porto luta pela uniformidade de critérios e tem sido prejudicado em alguns jogos e lances de caráter duvidoso. Neste caso, fizemos a nossa análise, debatemos com o presidente do CA em sede de Federação e veremos se há melhorias. O propósito é de melhorias, foi isso que foi prometido. Agora iremos aguardar".
Amanhã há uma AG do FC Porto e vota-se a expulsão de alguns sócios..."A AG irá ouvir os recursos por parte dos associados relativamente à proposta de exclusão. A AG é magna, dita as leis do que é o futuro do FC Porto e assim decidirá sobre esse tema também".
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