O único austríaco que vestiu a camisola do FC Porto antecipa o jogo do Prater e recorda o que pensou no dia em que conheceu um tal Mário Jardel
RECORD – Olá Wetl. Somos jornalistas de Portugal, podemos falar um pouco?
ARNOLD WETL – De que jornal?
R – Do “Record”.
AW – Ah, sim. O Record. Claro que sim. É por causa do jogo do FC Porto? Espero ir ao estádio, mas ainda não sei se vou conseguir.
R – Que é feito de si?
AW – Estou no meu clube, o Sturm Graz. Sou treinador das camadas jovens, já cá estou há cinco anos. Foi aqui que iniciei e terminei a minha carreira, é cá que me sinto bem.
R – E do Porto, tem saudades?
AW – Já aí voltei duas vezes, é um país que deixa saudades. Passei lá um período muito bom da minha vida. Assinei por três anos e a intenção era cumpri-los, mas não estava a jogar e isso obrigou-me a sair. Tenho de reconhecer que era muito difícil destacar-me naquela altura. O plantel tinha um génio como Zahovic e eu também podia jogar nas alas, mas que fazer contra Sérgio Conceição e Drulovic?
R – Pelo menos jogou com o Jardel…
AW – Pois, o Jardel. Ele era fantástico, mas quando o vi pela primeira, num treino, o meu pensamento foi: “Isto é algum jogador?” Juro, pareceu-me ridículo, nem queria acreditar. Depois vieram os jogos e ele marcava de cabeça, de pé direito, de pé esquerdo. Era impressionante e nunca vi nada assim na minha carreira.
R – Culpa António Oliveira por as coisas não lhe terem corrido bem?
AW – O míster Oliveira? (risos) Não. Ele foi muito profissional comigo, conversámos e concordámos que não era bom eu estar parado. Era um jogador de seleção, mas no FC Porto nem sequer estava inscrito na Liga dos Campeões. Isso custou-me muito, mas tive de encaixar.
R – Mesmo assim está na história do clube, graças àquele golo no Estádio da Luz, na vitória por 5-0 sobre o Benfica.
AW – Na Supertaça. Fiz o 4.º golo num remate em arco. Um dos melhores da minha carreira. Foi um jogo incrível para nós. Parece que agora ganharam outra vez 5-0, não foi?
R – Sim, mas foi no Porto…
AW – Sim. Muito bom, é uma grande goleada e o FC Porto está muito forte com este treinador de Coimbra.
R – Ele não é de Coimbra, só estava na Académica na época passada.
AW – Isso. Não consigo seguir tanto quanto gostaria. Conheço o Hulk e aquele que era do Sporting, o Moutinho. É uma equipa forte e que me parece candidata a vencer a Liga Europa. Há boas equipas, mas vi o jogo com o Rapid e a diferença é muito grande.
R – Como vê o jogo de quinta-feira?
AW – Não acho que o Rapid tenha grandes hipóteses. A diferença entre as equipas é grande e, ainda para mais, o Hofmann está lesionado. O FC Porto é claramente favorito.
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