"Atrasámo-nos" disse Maicon ao árbitro quando questionado no túnel do Dragão...
O argumento apresentado pelo FC Porto para justificar o atraso na entrada no jogo da Taça da Liga com o Marítimo não convenceu a Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, que decidiu propor ao Conselho de Disciplina da FPF a pena de derrota nessa partida, o que pode determinar o apuramento do Sporting para a meia-final.
Na acusação a que Record teve acesso, o FC Porto alegou que os atrasos em jogos “ocorrem com frequência” e também que o Regulamento Disciplinar da Liga não se aplica à Taça da Liga porque esta é “uma competição mista”. Quanto às razões concretas do atraso, o clube portista alega o seguinte: “Deveu-se à necessidade de sujeitar a exames médicos o jogador Fernando Reges que, perto do final do período de aquecimento, sentiu fortes dores no seu joelho direito”. Fernando viria a ser escalado para o onze, mas acabaria por ser substituído. Alega ainda o FC Porto que o árbitro concedeu quatro minutos de tempo extra e que foi a equipa azul e branca a primeira a apresentar-se no túnel de acesso ao relvado no intervalo. Os dois delegados da Liga chamaram as duas equipas para o “countdown” às 20h38 (o jogo tinha início marcado para as 20h45), mas o FC Porto “não respondeu a essa chamada”. Manuel Mota, o árbitro do jogo, referiu no seu relatório que o encontro começou “com dois minutos de atraso por atraso do FC Porto”. Refira-se que, antecipadamente, os relógios dos árbitros e dos delegados da Liga (Fernando Araújo e Miguel Oliveira) e dos delegados dos clubes foram acertados. A Liga comunicou que o jogo teria de começar “obrigatoriamente” à hora marcada, o que foi sublinhado na reunião preparatória com todas as partes. Os delegados da Liga referiram que o FC Porto “atrasou-se cerca de 3m30s” a chegar ao ponto de encontro, tendo demorado 30 segundos a vistoria da equipa portista. Mota perguntou ao capitão portista, Maicon, a razão do atraso, tendo este respondido simplesmente: “Atrasámo-nos”.
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Alegações nada convincentes
• No processo disciplinar instaurado que aponta para a penalização do FC Porto com a pena de derrota começa por ser referido que este clube “sabia que, caso o Sporting viesse a alcançar a vitória, teria não apenas de vencer o jogo contra o Marítimo mas também de obter vantagem nos critérios de desempate”, tendo ficado em posse de “informação privilegiada” devido ao atraso. Concluindo-se: “Nada faz supor, à luz dos juízos de razoabilidade, que tal justificação só agora apresentada corresponda à verdade.”
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