Dragões voltam a sair da Madeira sem ganhar, num empate incompreensível após a notícia de Vila do Conde. Lopetegui "partiu" a equipa quando retirou Casemiro e o Nacional cresceu tanto, que até desperd
Tudo se explica no futebol, mas neste momento ainda parece incompreensível a forma como o FC Porto se deixou apanhar por um esperto Nacional, desperdiçando assim um momento que podia ainda ser mais decisivo na luta pelo título.
Confira o direto do encontro.
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O bicho da Madeira voltou a morder outra vez uns dragões demasiado impávidos para ser verdade, principalmente depois da notícia que chegou de Vila do Conde, com a derrota do Benfica festejada a preceito nas bancadas da Choupana. Analisando agora com a frieza de um resultado final, a vitória do Rio Ave em vez de criar um FC Porto feroz, determinado, seguro, coerente e assertivo na busca do triunfo, resultou, afinal, num acréscimo de ansiedade que afetou não só a equipa, mas também o treinador, pois Julen Lopetegui errou em toda a linha quando decidiu substituir Casemiro, logo no início da segunda parte, só pela simples razão de que o brasileiro já tinha o cartão amarelo e podia, claro, ver o segundo. A partir daí, a garantia de segurança no meio-campo, até na gestão da posse de bola, passou a estar nas mãos do jovem Rúben Neves e principalmente em Herrera, este em jogo quase nulo, não fosse ser ele a passar a bola a Tello para o grande golo que abriu o marcador.
Tudo a favor
O caricato deste empate que deixa os dragões a três pontos do líder e, por isso, "só" dependentes dos seus resultados para chegar ao título, é que também fez cair todo o capital acumulado pela equipa de Lopetegui desde a última visita à Madeira. Após essa derrota, o FC Porto partiu para um percurso verdadeiramente imaculado, com sete vitórias e 15-0 em golos, e que acabou ontem na Choupana, num jogo em que os dragões tiveram tudo a seu favor para ganhar, mas paradoxalmente até quase saíram vergados a uma derrota que seria estrondosa, não fosse Lucas João desperdiçar uma daquelas oportunidades que ficam para mais tarde recordar, encostando a açucarada assistência de Gomaa por cima da baliza de um Helton já batido.
Claro que aqui também há muito mérito do Nacional na forma como reagiu a uma desvantagem que não estava no compêndio de uma primeira parte com poucos motivos de interesse. Mesmo em cima do apito para o tempo de descanso, os dragões aproveitaram bem uma momentânea inferioridade numérica do adversário, com Wyllian de fora lesionado e Camacho a não ser autorizado a entrar, enquanto Gottardi esperava antes de bater um pontapé de baliza. Danilo já tinha entrado pela esquerda como uma flecha segundos antes e foi nova correria do brasileiro que abriu a janela de oportunidade para Tello dobrar para dentro e optar por um remate de pé esquerdo para um golo enorme.
Poste a dobrar
O intervalo parecia ter sido bom conselheiro para os dragões e Maicon acertou um livre com estrondo na barra de Gottardi logo a abrir, mas depois veio a tal decisão receosa de Lopetegui que "partiu" a equipa e o próprio jogo.
O FC Porto continuava a ter dotes de superioridade, mas tudo parecia muito e só aparente, pois as transições do Nacional eram cada mais venenosas.
O golo de Wagner, ao segundo poste e nas costas de um Alex Sandro que andou quase toda a segunda parte a passo, foi só o culminar de um período em que Helton foi enorme a defender o livre de Christian (53’) e sereno a travar a ameaça de Camacho (59’).
Danilo ainda acertou um bomba no poste e Aboubakar obrigou Gottardi a uma grande defesa no espaço de um minuto, mas depois do tal falhanço de Lucas João só a entrada de Quaresma, já em desespero, serviu para agitar o flanco direito dos dragões. Pouco, muito pouco, para quem podia ganhar muito...
MINUTO 71
Com o jogo já completamente partido e ao jeito de uma transição assassina do Nacional, o FC Porto assumiu o risco e esteve perto de perder numa fabulosa arrancada de Gomaa pela esquerda. Incrível foi a forma como Lucas João falhou o golo cantado, metendo o pé como se estivesse numa balança. E a bola saiu por cima.
ÁRBITRO: Manuel Oliveira
O árbitro do Porto tomou sempre as decisões certas no capítulo técnico e não necessitou de exagerar nos cartões para manter intocável a sua autoridade em jogo sem nervos.
NOTA TÉCNICA
Manuel Machado (3)
Conseguiu travar a caminhada dos dragões, mesmo sem três peças nucleares da equipa, e soube aproveitar os maus momentos que o jogo lhe deu para montar uma teia tão eficaz que quase dava uma vitória que seria estrondosa.
Julen Lopetegui (1)
Antes de ter a vitória carimbada, jogou pelo seguro ao retirar o amarelado Casemiro e ficou com uma equipa insegura e demasiado exposta às transições do Nacional. Além disso, Quaresma já chegou tarde ao jogo.
HOMEM DO JOGO
João Aurélio. Capitão solidário e sempre a pegar na responsabilidade de agir em reação. Correu todo o flanco direito, ameaçou, ganhou inúmeras bolas e foi o prolongamento do treinador no relvado.
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