Maxi Pereira chegou a Portugal para jogar no Benfica, em 2007/08. Com ele veio também o compatriota Cristian Rodríguez. No final dessa época, o empréstimo do Paris Saint-Germain ao Benfica terminou e Cebola mudou-se para o FC Porto, a troco de sete milhões de euros pagos aos franceses. O rendimento alcançado por Rodríguez, na Luz, traduzido em sete golos, ao longo de 36 jogos, chegou para convencer os portistas. Já El Mono permaneceu na Luz mais sete temporadas.

O primeiro clássico de Cristian Rodríguez com a camisola dos dragões aconteceu precisamente frente ao Benfica, em casa. Melhor do que ninguém, aos 29 anos, o atual jogador do Independiente, da Argentina, saberá aquilo por que está a passar Maxi e como se comportará no domingo. "Vai ser o melhor jogo da vida dele. Também foi assim comigo", diz Rodríguez, em declarações a Record.

No caso de Cebola, a mudança da Luz para o Dragão não foi fácil, mas tudo se acabou por compor. "O início foi duro, mas os adeptos do FC Porto acolheram-me como se fosse da família."

Extremo-esquerdo por natureza, Rodríguez teve de enfrentar diretamente o então lateral-direito do Benfica em oito jogos. E perdeu (3) mais do que ganhou (2) – empates foram três. Os duelos entre uruguaios tornaram-se intensos. "Fora do relvado, eu e Maxi somos muito amigos, mas dentro dele temos muito caráter e quando nos defrontámos cada um tentou dar o melhor de si pela equipa", sublinha Cebola, que não tem dúvidas quanto ao que Maxi Pereira pode acrescentar à equipa de Julen Lopetegui.

"Com o nome e a qualidade que tem já demonstrou que jogará para lutar pelos objetivos mais importantes. Maxi é um grande homem", defende Cristian Rodríguez, que continua a ter "recordações lindas" da sua passagem pelo FC Porto. "Deixei lá muitas amizades, fiquei com as melhores lembranças", diz quem, depois do Dragão, já jogou no At. Madrid, Parma, Grémio de Porto Alegre, e agora está na Argentina.