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13 setembro

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«É surreal o que fizeram ao rapaz»: Cunhado de Marco 'Orelhas' descreve estado em que encontrou Igor Silva

Jovem foi morto com 18 facadas durante os festejos do título do FC Porto em 2022

• Foto: Frame CMTV

Decorre esta sexta-feira a nona sessão do julgamento do homicídio de Igor Silva, jovem morto com 18 facadas durante os festejos do título do FC Porto no Estádio do Dragão, em 2022. Paulo Cardoso, arguido e cunhado de 'Orelhas', descreveu o estado em que encontrou Igor Silva.

"Vejo muita gente e a certa altura o Marco está a descer com um rapaz sem camisola. Continuo a subir e chego lá e vejo aquilo [o corpo do Igor]", refere, referindo depois que vomitou devido ao estado em que Igor se encontrava, avança o 'Correio da Manhã'. 

"Não sei o que iam lá fazer, só estava à procura da minha filha. Que fique claro neste tribunal que eu não conhecia o Igor a não ser de nome. Se tivesse feito algum mal ao miúdo, eu dizia, não é como muitos que fizeram e não dizem. Vi o miúdo de casaco aberto e todo esfaqueado e tentei socorrer. Bati-lhe nas pernas", explica. 

A juíza pergunta-lhe o motivo que o levou a agir dessa forma com alguém que tinha sido esfaqueado. Paulo garantiu que o fez para ver se o jovem reagia para tentar perceber quem o tinha atacado. 

"Se tivesse visto quem foi, eu dizia. Ninguém tem o direito de tirar vida a alguém. Mais soco menos soco, mais paulada, menos paulada é uma coisa. Agora isto não. Lamento mesmo muito, é surreal fazerem o que fizeram ao rapaz", diz.

Paulo foi confrontado com o facto de ter dito no primeiro interrogatório que se envolveu em agressões com o Igor. O arguido justifica dizendo que foi aconselhado pelo seu anterior advogado de defesa a contar aquela versão. 

"Eu também não percebi essa defesa que ele me fez. Eu na altura não estava bem, estava a tomar medicação. Nem sei muito bem o que fui dizer", refere. 

"Senhor Paulo arranje uma desculpa melhor", diz a juíza. 

Para a juíza, nenhum dos arguidos teve a coragem de ser honesto sobre o que aconteceu. "Se tivessem a honestidade de chegar aqui e contar uma coisa lógica e coerente até ao fim. Por vezes parece que atentam contra a nossa inteligência", diz.

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