Análise ao adversário
"Acho que se nós olharmos para o adversário por aquilo que ele realmente vale, temos que perceber que é um sério aviso aquilo que eles têm feito em casa recentemente. Um adversário que nos últimos oito jogos ganhou-os todos, que nos últimos 30 jogos de tudo o que foi taças europeias ganhou 24, e isso é um rácio que nos deve deixar em alerta. Obviamente queremos muito entrar forte, queremos muito começar a ganhar, sabemos que este formato de competição obriga a que estejamos, como disse o Eustáquio e bem, a roçar a perfeição praticamente em todos os jogos. É uma competição curta, apesar de ter oito jogos, é curta, e qualquer tropeço na fase inicial pode hipotecar aquilo que queremos atingir mais à frente. Em relação ao relvado em si, sinceramente eu acho que esse tipo de adversidades, devemos olhar para elas de uma forma quase para ir buscar e fazer emergir aquilo que é o nosso caráter mais corajoso, mais competitivo. Uma possível vantagem que possa ter o adversário acaba por se esfumar a partir do momento em que nós olhamos para isso como um espaço de poder praticamente fazer disso um estímulo forte para nós. Eu recordo-me que, há 36 anos, o FC Porto ganhou uma Taça Intercontinental com um estádio coberto de neve. Eu acho que devemos olhar para isso quase como uma inspiração. É uma oferta praticamente grátis de crescimento para nós, e só se cresce na adversidade, num momento difícil. Agora, queremos muito atacar a competição, queremos muito começar amanhã, viver a competição, senti-la verdadeiramente, fazê-la com total sentido de responsabilidade, mas com muito compromisso e muita ambição."