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23 outubro

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A confiança para Alvalade, as palavras de Pinto da Costa e o mercado: tudo o que disse Vítor Bruno

Treinador do FC Porto na antevisão ao clássico, referente à 4.ª jornada da Liga Betclic, marcado para sábado (20h30) em Alvalade

• Foto: José Gageiro/Movephoto

Vítor Bruno faz, esta sexta-feira, a antevisão do clássico com o Sporting marcado para sábado (20h30) em Alvalade.

Duas equipas a fazer um excelente arranque de campeonato, muito equilíbrio e muitos golos na Supertaça… Está à espera de que jogo?

"Não há jogos iguais. Cada jogo acaba por ter a sua vida própria. Obviamente será sempre um jogo altamente competitivo, é um clássico do nosso futebol, terá sempre um cariz de alguma imprevisibilidade naquilo que é o resultado final. Duas equipas que se conhecem bem, sabem aquilo que podem esperar uma da outra. Obviamente cada treinador terá sempre o seu nível de estratégia para poder tentar surpreender o adversário. Agora, nós teremos que ser sempre muito fiéis àquilo que somos, fiéis àquilo que é o nosso traço identitário principal e preparados para encharcar e inundar o nosso equipamento de suor. Essa é a premissa que terá que estar presente em todos os momentos. Se queremos sair de Alvalade com três pontos, nós queremos muito, confiamos muito naquilo que temos feito até aqui, queremos continuar a dar passos em frente. A equipa está segura, está sólida, está confiante e obviamente também desconfiada porque sabe que vai encontrar um adversário forte."

Espera Sporting ferido no seu orgulho após a Supertaça?

"Ferido? Pode estar ferido, mas os sinais não têm sido estes. Têm sido sinais de força, com rendimento elevado naquilo que foram os jogos a seguir ao nosso. Nós teremos de estar sempre alerta. Muito alerta, muitos vigilantes. No fundo, estarmos sempre atentos àquilo que pode acontecer e não nos desviarmos muito daquilo que nos pode acontecer se nos distrairmos em algum momento. Temos o exemplo recente da Supertaça, em que na fase inicial aconteceu aquilo que aconteceu. Conseguimos dar a volta, a dar uma resposta forte, o jogo de amanhã será com certeza diferente. Eu não acredito muito nessas questões de estar ferido, não ferido, de vingança, não vingança. Eu acredito muito em crenças, em convicções, em traços que coorientam os treinadores na forma como guiam as equipas, como as conduzem, como as tentam levar sempre para patamares elevados de rendimento. Do lado de lá temos uma equipa forte, muito bem conduzida, muito bem orientada, já com um nível de continuidade muito grande. Nós estamos a começar a dar passos, temos dado de forma segura, sólida, como disse. Agora será sempre um jogo diferente. Cada jogo é um quadro único, leva-nos para um cariz diferente. Há momentos em que estaremos por cima, outros em que estará o Sporting por cima. Teremos de estar muito concentrados para não correr o risco de nos acontecer aquilo que aconteceu na Supertaça. Obviamente também sabemos que temos do nosso lado a força daquilo que temos trabalhado, do que temos do lado a treino, daquilo em que os jogadores cada vez mais estão entranhados e muito metidos num vício muito grande de ganhar, de ser fortes, de competirem, de desafiarem, de desafiarem adversários, de desafiarem-se a si próprios e ir a Alvalade para tentar ganhar. É isso que nós vamos fazer, sempre tentando ter um grau de maturidade elevado e sabendo que vamos encontrar um adversário, como já disse. Mas do outro lado também vão encontrar um FC Porto muito forte."

Algum dos reforços pode ser já utilizado? Como os avalia? E como espera o fecho do mercado, mais agitado ou mais sereno?



"Mais agitado espero não ser, porque estamos a finalizar aquilo que é o mercado de verão. Estamos nas horas finais, é a reta final. Esperemos aqui algum equilíbrio, alguma calma agora. Os movimentos de mercado que foram feitos, foram feitos porque tinham que ser feitos. Nós não procurámos ninguém em especial. Procurámos porque tivemos que nos socorrer dos alvos que tínhamos identificados perante as saídas que aconteceram. Ninguém foi empurrado para fora. Os jogadores manifestaram vontade de sair. Nós aceitamos o repto, em consonância com aquilo que era a direção e defendendo sempre daquilo que são os interesses do clube. A partir do momento em que há um jogador que saia, nós teremos de encontrar as soluções. Encontrámos-las. Encontrámos soluções que nos agradam muito. Estamos muito satisfeitos com aquilo que tem sido feito. A forma como os processos foram conduzidos também, de forma sigilosa, com algum grau de secretismo à mistura. Só sabendo na última, quando o jogador já estava quase contratado e fechada a sua chegada aqui ao FC Porto. Agora, são reforços que chegam em estados de maturação diferentes, alguns mais experimentados, outros menos experimentados. Outros com um grau de conhecimento de clube mais aprofundado do que alguns que vêm de novo. Terão que fazer, nesta fase, aquilo que eu sinto é que eles têm que fazer do treino o seu aliado mais forte. É aí que eles vão mergulhar naquilo que são as ideias da equipa, na relação com os colegas. Perceber aquilo que pretendemos deles. E a partir daí começar a estar disponíveis cada vez mais para ir a jogo com as nossas ideias. Estão preparados para amanhã? Alguns estarão. Veremos em que moldes. Se é tempo inteiro, se em um curto espaço de tempo. Depende do que o jogo pedir."

Via para a Champions? Título nacional ou Liga Europa?

"Qualquer uma é válida, mas se pudermos estar pelas duas vias, melhor."

Sorteio da Liga Europa?



Sorteio da Liga Europa?

"O sorteio, é um sorteio que tem um campeão norueguês, um campeão dinamarquês, um campeão israelita. Equipas com história na Europa, com competições conquistadas a nível europeu. É um sorteio, pelo novo formato parece-me que teremos que estar quase à porta da perfeição para poder entrar diretamente na qualificação. São muitas equipas, muitas que têm de chegar a um nível de pontos alto que permitam chegar à fase seguinte. Teremos que estar muito perto daquilo que é a perfeição para poder chegar lá via direta e não via playoff."

Dá-lhe conforto saber que o mercado nos big 5 fecha antes do clássico?



"Olhe, conforto total não dá, porque sabemos que há ligas emergentes que têm uma capacidade financeira acima do normal. Que a qualquer momento podem bater cláusulas e chegar e levar qualquer tipo de jogador. Não é só para o FC Porto, é para qualquer equipa na Europa. Há mercados que têm essa capacidade e levam-nos sempre de alguma forma a estar em sobressalto. Se acontecer, acontece. São coisas que são incontroláveis da nossa parte. O que podemos controlar, tentamos controlar, tentamos controlar ao máximo aquilo que não podemos. Tentamos perder o mínimo tempo possível com isso."

Quão diferente é o FC Porto de amanhã daquele da Supertaça?

"Em relação ao Porto que pode entrar amanhã, será um Porto a entrar confiante, mas humilde, respeitador. São clássicos, são jogos que são altamente competitivos. De lado há uma equipa que vai querer muito ganhar. De lado cá há uma equipa que também vai tentar fazer tudo para trazer de Alvalade os três pontos. São jogos, como disse, com um grau de imprevisibilidade grande naquilo que é o resultado final. Equipas muito agarradas aos seus conceitos, os seus referenciais, que não abdicam e não se desviam daquilo que é seu só para subjugar àquilo que o adversário pode dar. Tentaremos explorar aquilo que são oportunidades que o adversário nos possa oferecer da mesma forma que temos de estar atentos àquilo que são as ameaças que o Sporting nos pode dar. Vai ser por aí."

Como evitar começar a perder os clássico como tem acontecido? Vai baixar a linha de pressão?

"Em relação à dimensão estratégica, como calcula, não lhe vou dizer aquilo que preparámos. Os jogadores sabem aquilo que têm de fazer. Teremos de estar muito atentos àquilo que podem ser as ameaças, como lhe disse, que o Sporting nos pode oferecer. Sabemos que os momentos de transição do Sporting são fortíssimos. Teremos de estar equilibrados no momento em que possamos eventualmente perder a bola. A questão da bola parada também é uma questão que é preciso estar muito atento. Em organização defensiva, perceber quais são os canais que o Sporting utiliza. Tem nuances muito ricas com bola. O Rubén disse bem hoje de manhã que o jogo do Sporting vai tentar ser um jogo muito fiel àquilo que é o seu momento com bola. Tentando também estar atento àquilo que são as nuances defensivas, porque não sabe aquilo que vai encontrar amanhã. Nós também não conhecemos o que vai estar do outro lado. O Rubén terá definido a sua estratégia. Nós teremos a nossa. Será um jogo muito a par. Tentaremos fazer com que possamos estar por cima em muitos momentos do jogo. Sabemos que isso não vai ser possível. Quando tivermos de estar remetidos mais atrás, estaremos. Quando tivermos de estar mais altos, estaremos. Se estaremos a pressionar logo alto desde o início ou mais baixo, depende daquilo que for a estratégia definida. Com os jogadores, eles sabem aquilo que fazer. O plano está traçado, o guião está feito. E agora é ir a jogo."

O FC Porto tem jogado muito tempo contra dez, mas não tem marcado golos nessas circunstâncias. Não encontra soluções para jogar contra dez ou é coincidência?



"Essa é uma questão que também tem sido levantada. E eu não me ligando muito a essas questões, sinceramente, não faço questão, porque o tempo é demasiado precioso para perdê-lo com algumas questiúnculas que se levantam por aí e por acolá. E eu sinceramente não perco mesmo muito tempo com isso. O tempo que eu perco é que não é perder, é investir. É naquilo que são os processos, naquilo que é a análise que faço, a minha equipa técnica. Olhar detalhadamente para tudo aquilo que são pormenores. E as questões que podem fazer é diferente. E isso é aquilo que me preocupa. O estar reduzido a dez o adversário, aquilo que me parece é que sempre que isso aconteceu, os jogos estavam já praticamente resolvidos. Não na totalidade, mas já com o resultado a nosso favor. Se as expulsões acontecem, são fruto de alguma coisa. Não me parece que nenhuma delas tenha sido injusta. Por isso, é uma questão de aplicar regras e levar a lei ao detalhe. Se gostamos mais de jogar contra onze do que contra de? O jogo dita aquilo que dita. Nós adaptamos aquilo que o jogo vai dando. Se é contra dez, é contra dez. Se é contra onze, é contra onze. A verdade é que mesmo contra o dez, mesmo não tendo feito golos, criámos situações mais que suficientes para o fazer. Isso é aquilo que me deixa tranquilo. Perceber que os jogadores têm uma ideia, levam-na à risca. Percebem que os olhos não podem ser tirados da baliza adversária. Depois da forma como conduzimos a bola até lá, se é por uma via ou se é por uma estrada secundária, depende do que o jogo. A equipa tem feito bem, tem criado situações, tem chegado com perigo à baliza, tem estacionado o bloco em cima dos blocos adversários quando está contra dez. Contra onze ou contra  dez, os caminhos muitas vezes são diferentes. Agora sabemos aquilo que nos guia, qual é a nossa intencionalidade e aquilo que eu lhes peço sempre. Naquilo que fazemos temos que ter intenção de, e quando temos intenção de, teremos sempre mais perto de ser bem-sucedidos."

Pinto da Costa recuperou a questão da transição técnica. O timing do ex-presidente por abordar o tema afeta a equipa?

"Essa é uma questão que tem que colocar ao antigo presidente. Se acha que o timing é o ideal ou não. Em relação a mim e àquilo que me toca. Se eu me deslumbrasse cada vez que falam muito bem de mim ou se ficasse, de certa forma, incomodado quando são deselegantes comigo, era sinal que eu não me conhecia nem sabia quem era. É uma coisa que eu tenho muito clara. É que eu sei quem sou, sei quais são os meus valores e nunca vou deixar que nada, em nenhum momento, o espaço a corrompa. Isso é aquilo que eu sei. Em relação ao timing, perguntem ao ex-presidente se acha que é o timing ideal ou não. Agora, aqui dentro, nós tentamos blindar ao máximo aquilo que é nosso e levar a jogo aquilo que é realmente importante, que são os valores da equipa, os nossos referenciais, as nossas ideias e atacar o jogo com o único pensamento, que é vir de Alvalade com os três pontos."

Francisco Conceição saiu. Vai fazer-lhe falta?

"Se forem questões de jogadores que fazem parte do plantel, eu respondo, senão…"

Por Record
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