“Octávio Machado mexeu na equipa mas, salvo o recurso a Hélder Postiga (obrigou Buffon a defesa apertada para canto, aos 71minutos), nada de novo aconteceu. A não ser uma contestação inédita às opções do treinador...”
PALMADA de Ovchinnikov a evitar o golo de Salas, logo no reinício do jogo, e a “volta ao texto” ficou traçada: nunca mais o FC Porto conseguir controlar as operações e ficou mesmo à mercê do poderio dos italianos, que subiram consideravelmente de rendimento, como fica claramente patente na estatística: seis remates na segunda parte, contra apenas um dos dragões (Hélder Postiga) já na ponta final.
Ao intervalo, os quarenta mil espectadores estavam satisfeitos e acreditavam que, finalmente, o FC Porto iria quebrar o longo jejum de vitórias nas Antas frente a italianos. E, provavelmente, teria sido isso que iria acontecer, se o técnico da “Vecchia Signora” não tivesse reajustado as pedras no terreno, passando de uma situação de dominado a dominador. Para desalento dos adeptos, assistiu-se a um jogo daqueles com duas partes distintas.
Marcello Lippi viu-se obrigado a alterar a equipa muito cedo (11 minutos), por força da lesão do lateral-direito Birindelli, que chocou de cabeça com Mário Silva. Pessotto passou para a direita e o substituto Paramatti ocupou a lateral esquerda. Um revés importante e que terá inibido o técnico de outro ajuste importante no miolo: Tudor não deu conta do recado naquela zona, sucessivamente ultrapassado pela velocidade e jogo de cintura de Deco. Como o brasileiro estava em dia sim, distribuindo jogo com muito a-propósito, os dragões conseguiram criar vários lances de perigo e justificavam vantagem ao intervalo.
A primeira e melhor oportunidade do FC Porto aconteceu logo aos 16 minutos, quando Pena (pressionado em falta merecedora de castigo máximo), na zona frontal, não conseguiu emendar um cruzamento rasteiro de Clayton, após excelente abertura de Deco. Daí em diante, sucederam-se outras menos evidentes (aos 24, foi a vez de Paolo Montero aliviar sobre a linha de golo), mas é importante assinalar que o brasileiro Clayton não voltou a produzir mais nenhum lance positivo. Entrou numa onda de desacerto que motivou descontentamento generalizado dos espectadores, que se reflectiu em assobios a Octávio.
Se o árbitro tivesse assinalado a falta para grande penalidade de Montero sobre Pena (26 minutos, derrube pelas costas), muita coisa teria de mudar no jogo. Mas como o futebol não é feito de “ses”, continuou o FC Porto a investir pela zona central, desprezando as evidentes dificuldades dos juventinos sempre que a bola chegava pelo ar à área. O problema era que os cruzamentos perigosos se resumiam aos (poucos) tirados por Capucho e Pena não estaria em condições de explorar as jogadas divididas.
Depois de uns avisos no dealbar da primeira metade curiosamente “coincidentes“ com as primeiras faltas dos trincos portistas (ambas no minuto 39), a Juventus regressou do intervalo com o xadrez rectificado e nunca mais o FC Porto conseguiu controlar.
A (re)entrada de leão assustou mesmo os dragões. Retraída e com Capucho e Pena desgastados, a equipa deixou de contar com unidades a quem Deco pudesse servir. Passou o meio-campo juventino a controlar todas as operações e a dispor de (poucas, tal o acerto da defesa portista) oportunidades para colocar fim ao jejum de três anos e meio sem ganhar fora.
Octávio Machado mexeu na equipa mas, salvo o recurso a Hélder Postiga (obrigou Buffon a defesa apertada para canto, aos 71minutos), nada de novo aconteceu. A não ser uma contestação inédita às opções do treinador...
Somando e dividindo, um empate justo que penaliza mais o FC Porto do que o adversário, líder do Grupo E e, agora, mais favorito.
O espanhol MEJUTO GONZÁLEZ errou em lances importantes, prejudicando as duas equipas.Mas ao FC Porto escamoteou um “penalty” e mostrou uma amarelo a Deco injusto (era mesmo falta).
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