"O FC Porto criou as oportunidades – e boas (duas bolas no ferro da baliza, por Deco e Alenitchev) – mas não dominou o jogo. Conseguia, sobretudo em contra-ataques, ir ganhando espaço e criar situações claras"
O FC Porto acabou a primeira volta com uma vitória pírrica sobre o Paços de Ferreira, com um golo de Deco de livre com grande colaboração do guarda-redes e um golo mal anulado ao Paços de Ferreira já sobre o minuto 90, num jogo com vários casos e em que Octávio experimentou uma nova armação táctica.
Depois da razoável exibição em Viseu, para a Taça, Octávio resolveu apostar no mesmo onze, com a saída inevitável de "D. Sebastião" McCarthy, perdido, também ele como o rei, nas brumas africanas. Entrou Capucho e a equipa desenhou-se em 4-4-2 ou, melhor, em 4-1-3-2 (abandonando o 4-2-3-1), com Postiga e Capucho na frente, Cândido na direita, Deco no meio e Alenitchev na esquerda, com Paredes como trinco único, enquanto na defesa Secretário mantinha o lugar de Ibarra (nem no banco esteve) e Fredrik Soderstrom o de Mário Silva. Digamos que esse novo FC Porto teve algumas coisas boas e muitas coisas más, à espera de McCarthy e Kaviedes.
O Paços de Ferreira montou o seu esquema do costume, um 4-3-3 maleável, com Mauro a fazer de nº 10, correndo o campo da esquerda à direita mas, no todo, uma equipa segura a trocar a bola, sabendo sempre o que tinha a fazer com ela e sem medo de jogar no campo todo, como já nos habituou.
Uma primeira parte muito equilibrada, com as melhores oportunidades a pertencerem ao FC Porto, mas que tinha dificuldades em circular a bola, por culpa de um Paços bem plantado, mas sobretudo por culpa própria e por falta de adaptação a um esquema táctico diferente.
O Paços entrou melhor, mais confortável, enquanto o FC Porto demorou a encaixar as suas peças e a mudança táctica não deixava de criar alguns equívocos e de mostrar que a coisa está longe de estar treinada. Mas sobre o intervalo, um frango de Pinho permitiu ao FC Porto adiantar-se no marcador. Foi um livre de Deco perto do bico da área do lado esquerdo que o brasileiro chutou directo e em força, Pinho defendeu a bola junto ao poste, mas depois deixou-a escorregar para a baliza. Um golo pífio que acabou por valer os três pontos.
A segunda parte teve mais oportunidades do FC Porto, mas o futebol do Paços era sempre mais escorreito, embora agora conseguindo menos lances de ataque. Entendamo-nos: o FC Porto criou as oportunidades – e boas (duas bolas no ferro da baliza, por Deco e Alenitchev) – mas não dominava o jogo. Conseguia, sobretudo em contra-ataques, ir ganhando espaço e criar situações claras. Mas não conseguia um jogo cheio, longe disso, e acabou com o credo na boca. É que as coisas não melhoraram quando Octávio resolveu tirar Deco (que tinha a ameaça de ficar de fora no próximo jogo se visse um amarelo) e Postiga e colocou Rafael e Clayton, depois de já ter trocado de Costas – Cândido por Paulo. A equipa ficou desequilibrada, porque dos homens que entraram nenhum sabe defender, enquanto Cândido e Deco são jogadores agressivos na disputa da bola. Mesmo assim, Clayton falhou um golo depois de boa iniciativa de Rafael.
E, como não apareceu o segundo golo, o Paços na parte final aproveitou um adversário em brasas e completamente partido e em dois lances teve o empate à vista – primeiro com Leonardo e Miguel Xavier a não chegarem a um cruzamento de José Manuel e depois o tal golo que só não foi mal anulado porque o assistente tinha levantado, mal, a bandeirola bem antes.
O árbitro AUGUSTO DUARTE teve de substituir à última da hora Isidoro Rodrigues, porque este estava indisposto, e o jogo não lhe correu bem até porque não foi bem auxiliado. Mal tirado um fora-de-jogo a Postiga (que se isolava) logo ao sexto minuto, ficou por marcar a falta (e o cartão) a Mauro que derrubou Deco de forma evidente quando este entrava na área pela esquerda, ficaram por marcar um ou dois cantos para o Paços na parte final e, para fechar, o golo mal anulado.
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