Administrador deixa garantia e revela estratégia negocial de Pinto da Costa
Fernando Gomes, administrador do FC Porto com o pelouro financeiro da SAD, explicou na manhã desta sexta-feira o raciocínio a que obdeceu o prejuízo de 47,6 milhões de euros registado pela sociedade, que foi "uma posição deliberada da administração".
"O resultado é muito peculiar. É negativo, o que aconteceu por uma deliberada posição da administração. E sucede a dois anos de resultados positivos, em que apresentámos à volta de 20 milhões de euros de lucro nos dois anos. Agora temos este, que supera esses positivos. Mas quero dizer que não está em causa, de nenhuma forma, qualquer espécie de fair play financeiro na qual o FC Porto possa incorrer. Não há qualquer perigo de regressarmos ao fair play financeiro", começou por afiançar, na cerimónia de apresentação das contas, no Dragão Arena.
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"Como disse, resulta de uma posição deliberada da administração. Mas alguém gosta de ter resultados negativos? Não. Então, o que se passou? Em maio último, se se recordam, e isto até causou alguma polémica na altura, na apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista mais recente, que foi um grande sucesso, disse à altura que o FC Porto teria necessariamente de vender e realizar mais-valias desportivas até 30 de junho sob pena de incorrer em resultados que não fossem favoráveis. Tínhamos portanto essa consciência. Mas quem acompanha o desporto sabe que tínhamos um grande jogador, o Otávio, que tinha uma cláusula de rescisão fora do comum, pois tinha um valer até 15 de julho, que era de 40 milhões de euros, ou a partir daí seria 60 milhões de euros", contou, revelando de seguida a leitura feita por Pinto da Costa de toda a situação: "Este foi o risco que a administração, nomeadamente o presidente, correu. Foi o próprio presidente que disse: 'Nós não vamos vender o Otávio até 30 de junho, porque eles estão tão interessados no Otávio que virão buscá-lo mais tarde'. A verdade, e apesar das dúvidas que todos nós tínhamos, é que já no final da janela de verão, a 22 de agosto, a insistência pelo Otávio aconteceu, a persistência nessa aquisição foi muito forte e nós conseguimos que o passe do Otávio fosse transacionado pelo 60 milhões de euros e não pelos 40 milhões. Se tivessemos vendido até 30 de junho, teríamos um resultado mais equilibrado, mas vendendo depois, registando este valor, temos uma verba muito maior, que compensa os 46,7 milhões de euros negativos. Ou seja, por dois meses, o FC Porto acrescentou 2 milhões de euros ao passe do Otávio."
Sobre o processo de transferência do internacional português, e num outro momento da apresentação das contas, Fernando Gomes utilizou ainda uma expressão curiosa para o classificar. Nas suas palavras, Pinto da Costa jogou uma espécie de jogo de póquer. "Esticamos a corda e poderia ter rompido. Isto foi um pouco um jogo de póquer do nosso presidente. Poderíamos ter chegado a fim de agosto e o Otávio poderia ter-se decidido por outro lado qualquer ou o Al Nassr poderia ter desistido dele, e ele estaria aqui ainda a jogar, o que não era nada mau, do ponto de vista desportivo não era nada mau. Foi uma gestão de risco que teve resultados positivos", concluiu.
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