A continuidade do treinador no cargo passou a depender de cada jogo...
Manter Paulo Fonseca no comando da equipa é não só uma questão de confiança como também de honra para Pinto da Costa, que só em casos extremos admite a dispensa de um treinador. Após a derrota frente ao Estoril, a primeira em casa mas a quarta no campeonato, o líder dos dragões agarrou-se com todas as forças ao técnico em quem confiou para dirigir a equipa até 2015, remando contra uma maré de assobios e lenços brancos.
A pressão é cada vez maior, mesmo para o presidente, que dificilmente irá tolerar um novo desaire, desta vez em Frankfurt, onde os portistas vão discutir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga Europa em desvantagem na eliminatória. A continuidade de Paulo Fonseca no cargo passou a depender de cada jogo, e mesmo que ultrapasse a formação alemã terá logo a seguir mais um desafio de elevado risco em Guimarães, para o campeonato.
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Os dragões caíram para o terceiro lugar da Liga e viram aumentar para sete os pontos de atraso em relação ao Benfica, ficando numa situação muito delicada na luta pelo título. À partida para o último terço da prova, os tricampeões nacionais encontram-se atrás dos dois rivais de Lisboa, o que reduz praticamente a zero a margem de erro.
Record ouviu um painel de adeptos do FC Porto e percebeu que é grande a preocupação. Entre reparos ao treinador e algumas críticas à equipa, está patente nos discursos uma grande confiança na capacidade de Pinto da Costa para resolver a situação, tendo ou não de mexer em Paulo Fonseca. Mais do que parte do problema, o técnico ainda é apontado como uma solução para contornar o momento delicado.
Ausência
Não obstante ter estado ao lado do treinador em todos os momentos conturbados da época, Pinto da Costa não marcou presença no treino de ontem. O CEO do FC Porto, Antero Henrique, foi o único da estrutura da SAD que desceu ao terreno para manifestar o apoio público a Paulo Fonseca. Independentemente de tudo, o técnico sabe que a situação é difícil e nem com a confiança do presidente terá condições para ficar no cargo se falhar em Frankfurt. É uma situação limite no contexto dos dragões.
Duas renúncias geram desgaste
Foram já duas as vezes que Paulo Fonseca colocou o lugar à disposição da SAD. A primeira derrota no campeonato, em Coimbra, aliada ao descontentamento dos adeptos, deixou o técnico incrédulo, situação que o levou a tentar a saída. O quarto desaire na prova, primeiro no Dragão, fez com que Paulo Fonseca voltasse a manifestar o desejo de partir. Tal como aconteceu da primeira vez, Pinto da Costa recusou de forma perentória. Duas tentativas de partida que ajudaram a provocar desgaste.
Contra o bom registo próprio
Paulo Fonseca está também numa luta contra si próprio. Na época passada, ao serviço do P. Ferreira, o técnico tinha menos uma derrota ao cabo da 20.ª jornada da Liga do que as quatro que já contabiliza nesta edição da competição com o FCPorto. Quando a prova terminou, tinha o mesmo número de agora, já que perdeu na derradeira ronda, precisamente frente aos dragões.
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