Ponto final nos trabalhos
Terminou o depoimento de Afonso Simões e, por consequência, a 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano. A próxima audiência está agendada para o dia 28 de abril.
Assim foi a 9.ª sessão
Terminou o depoimento de Afonso Simões e, por consequência, a 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano. A próxima audiência está agendada para o dia 28 de abril.
Durante o longo depoimento que protagonizou no Tribunal de São João Novo, no âmbito da 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano, Afonso SImões fez várias revelações. Depois de acusar Fernando Madureira de criar um clima de intimidação e Vítor Catão de ameaçar André Villas-Boas e os apoiantes de morte, a testemunha partilhou também que assistiu a tentativas... de comprar pulseiras.
"Vi uma pessoa perguntar 'quanto queres por essa pulseira'? Foi logo a seguir à credenciação", atirou o associado.
Posteriormente, Afonso Simões voltou a ser questionado sobre o comportamento de Fernando Madureira, mais concretamente sobre se viu ou não o antigo líder dos Super Dragões agredir outros associados. A resposta foi negativa. "Não vi o senhor Fernando Madureira a agredir ninguém", referiu Afonso Simões, acrescentando que também não o viu mandar agredir ninguém especificamente.
Afonso Simões, testemunha da Operação Pretoriano, disse em tribunal, esta terça-feira, que viu Vítor Catão a ameaçar a comunicação social junto ao Estádio do Dragão assim que chegou ao local, pelas 21 horas. No entanto, nos autos da investigação está descrito que esse momento a envolver o arguido terá acontecido antes, por volta das 20 horas, o que impossibilitaria o referido associado de assistir à discussão.
Por essa razão, a advogada de Susana Mourão, advogada de Vítor Catão, efetuou um requerimento para que fosse extraída uma certidão por falsas declarações contra a testemunha, com o apoio dos representantes de Fernando Madureira e de José Pedro Pereira. Um pedido que a juíza Ana Dias atendeu, sob a oposição de Sofia Branco, advogada do FC Porto, e da Procuradora do Ministério Público.
"Estamos a falar de uma pessoa que sentiu medo, como se vê pelas declarações que prestou à comunicação social. Estranhar qualquer declaração não é crime", disse a representante do FC Porto. A decisão de avançar com o processo-crime está agora nas mãos do Ministério Público.
As declarações de Afonso Simões em tribunal levaram ao entendimento de que existem discrepância relativamente às primeiras declarações, prestadas em 2024 ao Ministério Público. Com efeito, a Procuradora recuperou a primeira versão e leu-a aos presentes.
Durante o testemunho prestado no Tribunal de São João Novo, Afonso Simões fez revelações bombásticas sobre o comportamento de Vítor Catão. De acordo com a testemunha, o arguido terá dito, à entrada da assembleia geral do FC Porto, que ia matar Villas-Boas e os apoiantes.
"Ouvi, à porta do Dragão Arena, Vítor Catão dizer que ia matar Villas-Boas e quem o apoiasse", confidenciou Afonso Simões, que visou também o comportamento de Fernando Madureira já dentro do pavilhão.
“Recordo-me de ver o Madureira a sair da central e passar para a banca norte, a dizer que éramos uns ingratos, uns traidores, e aí apercebi-me das agressões do Aleixo filho a um senhor de 50 e tal anos. Lembro-me de ver o Madureira a falar em tom agressivo com as pessoas", apontou a testemunha.
Relativamente aos acessos à assembleia geral, Afonso Simões diz também ter visto Madureira e Catão passarem à frente na fila. "Vi pessoas a passar à frente da fila da credenciação, Aleixo pai, Aleixo filho e Fernando Madureira, não exclusivamente eles, mas são os que me recordo", lembrou.
Afonso Simões, a última testemunha a ser ouvida esta terça-feira, acusou Vítor Catão de intimidar os órgaos de comunicação social presentes e os apoiantes de André Villas-Boas
“Quando eu estava na fila vi o Vítor Catão, que estava fora da fila, a ameaçar as pessoas. Primeiro dirigiu-se à comunicação social que estava à porta, não me recordo das ameaças, depois a tentar coagir quem votasse contra e chamava de traidores quem apoiava o André Villas-Boas", começou por dizer.
No entanto, após a insistência da juíza, Afonso Simões voltou atrás. "Viu o senhor Catão a dirigir-se à comunicação social? A fazer o quê?", questionou a juíza. “Não me recordo. Não posso responder com certezas", respondeu a testemunha.
Ana Isabel, que estava a tratar da credenciação de dirigentes e funcionários para a assembleia geral de 13 de novembro de 2023, recorda o início conturbado da reunião, com cânticos e muito barulho a saírem do pequeno auditório em que se iniciou a discussão.
"Nunca tinha visto uma afluência como esta numa Assembleia. Ouvi cânticos no início da Assembleia no auditório, depois ouvi muito barulho. Do meu lado toda a gente foi credenciada”, apontou a funcionária, que atualmente trabalha no call center do FC Porto.
Depois de Liliana Costa ter revelado, no depoimento prestado na 9.ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano, que assistiu a irregularidades nos acessos à assembleia geral, também Catarina Gonçalves deu conta de ter presenciado práticas ilegais e tentativas de acesso indevidas. Em declarações no Tribunal de São João Novo, a assistente de vendas do FC Porto detalhou tudo o que viu e implicou alguns nomes no processo.
"Havia adeptos que tentaram entrar sem serem sócios, com cartões de outros sócios, que verificámos através das fotografias que não eram os mesmos, fazíamos perguntas para verificar a identidade e eles não sabiam responder. Uma hospedeira disse-me que tinham roubado as pulseiras, mas não disse por quem, liguei à minha responsável, Márcia Fonseca, que disse que iria reportar à segurança", referiu.
A Procuradora questionou a testemunha se viu alguém conhecido junto à zona de acreditação e a resposta foi pronta. “Vi a senhora Sandra Madureira, Aleixo pai e filho, lembro-me que fizeram acreditação”, apontou.
Liliana Costa, funcionária que estava a trabalhar na credenciação para a assembleia geral, revelou em tribunal que assistiu a ilegalidades com cartões de sócio.
"Fiquei surpreendida com o número de pessoas que apareceram na Assembleia Geral, apesar de ter sido a primeira vez que fui. Não correu muito bem, porque estavam a tentar entrar sócios com cartões que não lhes pertenciam. Não os deixávamos entrar, pedíamos para saírem e deixarem-nos atender outras pessoas”, começou por revelar a funcionária, admitindo ter visto Fernando Madureira, Sandra Madureira e Vítor Aleixo junto ao início da fila.
Depois de uma hora e meia a responder às questões da juíza e dos advogados, o associado José Miguel foi dispensado do tribunal e o depoimento dado por terminado. Segue-se Liliana Costa, que estava a ajudar na credenciação para a Assembleia Geral.
O advogado de Fernando Madureira, Miguel Marques de Oliveira, encontrou diferenças entre as versões contadas em tribunal e à PSP, em março de 2024, por José Miguel, associado que acusou Fernando Madureira de criar o clima de intimidação vivido na assembleia geral, a 13 de novembro de 2023. Por essa razão, o representante do ex-líder dos Super Dragões solicitou que fossem lidas as declarações proferidas à PSP. Foi negada a leitura integral do depoimento devido à oposição de dois advogados.
Posteriormente, o advogado Miguel Marques de Oliveira questionou José Miguel como é que este conseguiu identificar que se tratavam de elementos dos Super Dragões que mandaram calar Henrique Ramos durante a Assembleia Geral. A testemunha respondeu que deduziu que fossem dos Super Dragões, "pela forma de vestir e por serem de baixo extrato social".
"'Vocês, amigos do Villas-Boas, são uns filhos da p…, estão a dividir o clube', disse Fernando Madureira, na nossa direção, depois de não termos batido palmas ao discurso de Pinto da Costa. Depois, passados uns segundos, começou uma pancadaria com uma família e tivemos de fugir. Depois vi a confusão com o senhor Henrique [Ramos], vi-o a ser agredido. Vi o senhor [Vítor] Catão a insultar e a mandar calar o senhor Henrique [Ramos]. Também vi o senhor Fernando Madureira a mandar calar o senhor Henrique”, acrescentou José Miguel, questionado depois pela juíza sobre se tinha visto igualmente Sandra Madureira a opor-se igualmente a gravações vídeo: "Estava uma pessoa a filmar e a senhora Sandra Madureira disse ‘guarde o telemóvel que não são permitidas filmagens’ e a pessoa guardou o telemóvel. Ouvia-se de vez em quando outras pessoas a dizer que não se podia filmar, mas não consigo identificar essas pessoas.”
"Quem estava do lado de Pinto da Costa podia dizer o que quisesse, mas quem estava do lado de Villas-Boas não podia dizer quase nada, era logo alvo de insultos. Claro que se sentia algum medo e intimidação", afirma José Miguel. "Quem criava este clima de medo?", pergunta a procuradora. "Era o senhor Fernando Madureira. Ele andava sempre de um lado com um grupo de elementos e eram depois esses elementos que causavam a desordem. Existiam insultos para as pessoas, intimidavam", refere o sócio.
“Fui com amigos, sabia que pontos iriam ser discutidos. Foi a primeira vez que fui a uma Assembleia Geral, por causa dos assuntos que iriam ser tratados. Não entrei no auditório, fui diretamente para o Dragão Arena. Quando entrei, fui diretamente à casa de banho e, quando me estava a dirigir para a bancada sul, os meus amigos disseram-me para ir para a bancada norte, porque os meus amigos tinham sido insultados de ‘filhos da p...’. Alguns dos meus amigos eram amigos do atual presidente. Algumas pessoas lá começaram a dizer que não fazia sentido a AG começar, porque estava muita gente do lado de fora. Por causa disso, outras pessoas começaram a mandar calar as pessoas. Na altura não identifiquei ninguém, porque não conheci ninguém que estava a mandar calar. Mais à frente, na Assembleia Geral, vi o senhor Fernando Madureira a mandar calar as pessoas, a gesticular, com alguns insultos”, referiu a testemunha, perante uma questão da juíza
O testemunho anterior já terminou e prepara-se para ser ouvido José Miguel, sócio do FC Porto há 25 anos, que esteve presente na AG.
A primeira testemunha do dia é uma jovem que participou no processo de credenciação para a Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023. "Ao início estava a correr tudo direitinho, depois começou a haver um aglomerado de pessoas à nossa volta. Havia sócios que mostravam o cartão corretamente e outros que não. Vinham com cartões de sócios de terceiros, porque uns diziam que se tinham esquecido do cartão de cidadão. Pedíamos o nome completo, a data de nascimento e morada. Alguns dados batiam certo e outros não. Se não batessem certo, mandávamos para trás", começou por referir a testemunha Bruna Filipa, que prestava serviços para o FC Porto através da empresa EGOR, a fazer a acreditação no dia da AG, em resposta a questões colocadas pela Procuradora e pela Juíza. “Relativamente às pulseiras, meteram-me uma caixa ao lado e pediram para guardar porque já tinham desaparecido pulseiras", disse.
Já surgiu a indicação de que a 9.ª sessão do julgamento vai agora arrancar. Depois de uma manhã em que problemas informáticos impediram o normal desenvolvimento dos trabalhos, a juíza deu agora ordem, com os obstáculos ultrapassados, de que a sessão avance.
Fernando Madureira, principal arguido do julgamento, já se encontra de novo no interior da sala de audiências do Tribunal de São João Novo.
Apesar da juíza do julgamento da Operação Pretoriano ter indicado o adiamento da 9.ª sessão para as 13h30, neste momento, perto das 14 horas, ainda não há confirmação de que a mesma seja retomada em breve. Todos os agentes judiciais, assim como arguidos e comunicação social, aguardam indicações.
As dificuldades em resolver o problema informático que está a afetar o Tribunal de São João Novo e o Tribunal do Bolhão levaram ao adiamento do arranque da 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano, que deveria ter começado às 9h30 desta terça-feira. Face ao contratempo, as diligências foram suspensas até às 13h30, na esperança de que, a essa hora, tudo já esteja a funcionar em pleno.
Passa cerca de 1h30 da hora prevista para o arranque da 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano e ainda não foi realizada qualquer diligência no Tribunal de São João Novo. O problema informático que atrasou o início dos trabalhos permanece e aguarda-se um novo ponto de situação.
A 9.ª sessão de julgamento da Operação Pretoriano irá começar com atraso devido a um problema informático que está a afetar o Tribunal de São João Novo e o Tribunal do Bolhão. A situação está a ser resolvida e a normalidade deverá ser reposta em breve.
Fernando Madureira, um dos arguidos da Operação Pretoriano, já se encontra no tribunal de São João Novo, no Porto. O antigo líder dos Super Dragões chegou numa carrinha policial. De recordar que Macaco é o único dos arguidos que se encontra em prisão preventiva. Sandra Madureira, a mulher de Fernando Madureira, também já se encontra no local.
À semelhança do que aconteceu nas restantes sessões de julgamentos da Operação Pretoriano, as autoridades reforçaram a segurança junto ao tribunal de São João Novo, no Porto, de forma a evitar problemas nas proximidades.
Está agendada para hoje a 9ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano, no tribunal de São João Novo, no Porto, a partir das 9h30. É esperado que sejam ouvidos sócios que estiveram na polémica Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto, que decorreu a 13 de novembro de 2023.
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