"Não era nada fácil a tarefa do FC Porto. A Juventus jogava a primeira final da época – e venceu-a, com a qualificação para a segunda fase – e por isso apostava tudo. Mas vinha de maus jogos, tinha um Del Piero com um dedo empanado, e ainda teve de se confrontar com o golo do FC Porto"
COMEÇOU muito bem e acabou muito mal este FC Porto do Delle Alpi. Esteve a ganhar com um golo madrugador de Clayton, acabou por perder claramente, com uma equipa completamente entregue e sem já saber muito bem o que fazia e, para terminar, um cartão amarelo estúpido a Hélder Postiga tira-o do jogo decisivo com o Rosenborg – e os noruegueses, com a vitória de ontem, ainda vão às Antas com uma esperança.
Não era nada fácil a tarefa do FC Porto. A Juventus jogava a primeira final da época – e venceu-a, com a qualificação para a segunda fase – e por isso apostava tudo. Mas vinha de maus jogos, tinha um Del Piero com um dedo empanado, e ainda teve de se confrontar com o golo do FC Porto. Só que a equipa de Octávio fez a pior exibição na Liga dos Campeões e, mesmo durante os 20 minutos que esteve a ganhar, nunca deu ideia de grande poder. Pelo contrário, se a função atribuída a cada jogador era relativamente bem desempenhada, depois falhava o resto – ter a lucidez de colocar a bola onde devia e não de qualquer maneira, ter a calma para fazer a gestão dela. O FC Porto dos primeiros minutos ainda logrou criar dificuldades à Juventus nalgumas iniciativas individuais bem conseguidas, mas nunca foi capaz de ser um colectivo.
E depois há aquela história dos "penalties" contra o FC Porto, que se chamam cantos e livres perto da área. A equipa começou masoquista, a dar cantos de borla (quatro nos primeiros sete minutos) mas só cometeu o primeiro livre à entrada da área já noite alta e, claro, golo: Ovchinnikov a querer que Mário Silva ficasse entre a barreira e a baliza; Trezeguet, atento, a colocar-se em jogo com o defesa, que finalmente fez parede com os outros – o árbitro não esteve à espera que o russo ficasse completamente preparado e Del Piero colocou a bola no lado direito do guarda-redes, que ficou sem reacção depois de fazer o primeiro movimento para o outro lado.
Jogava-se há 32 minutos, o FC Porto ainda reagiu (num livre, Jorge Andrade cabeceou mal em boa posição, Capucho teve um remate na marca do "penalty" por alto), mas Zambrotta também atirou uma bola ao poste e a Juve aparecia mais.
Sete cantos na primeira parte tinha tido a Juventus – teve mais um logo a abrir o reatamento e marcou, sendo que Ovchinnikov voltou a estar em causa: primeiro cedeu canto porque resolveu mal um cabeceamento de Del Piero e, depois, porque a bola cruzou a sua pequena área e ninguém viu o guarda-redes, enquanto Montero estava à espreita ao segundo poste. 2-1, claro.
Voltaram os portistas a reagir e Octávio estava quase sempre em pé no banco. Acabou por retirar Deco, parecendo quase que por castigo, e colocou Rafael, que não se via desde o primeiro jogo com o Grasshoppers, em Agosto, e falhou completamente os 24 minutos que teve à disposição. Já entrara Postiga saindo Clayton, que fora o melhor portista (talvez poupado para o jogo com o Rosenborg, uma vez que um amarelo o deixaria fora, porque era o melhorzinho) e estava-se nisto quando outro erro individual deu o terceiro golo à Juventus. Foi Ibarra, que partiu para uma bola que ressaltara para os limites da área com dois metros sobre Nedved, chegou primeiro mas arranjou maneira de deixar o checo ficar com a bola – foi só cruzar, que Trezeguet encostou o pé para acabar com as dúvidas.
O resto foram as tentativas de Octávio colocando muitos atacantes, mas era apenas desespero, já não era jogo.
Boa arbitragem de FRISK, que anulou um golo a Del Piero por fora-de-jogo que pareceu não existir (seria 4-1).
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