Avançado que passou pelo Sporting em entrevista a Record...
Avançado que passou pelo Sporting em 2002/03 fala de um clube especial dentro da realidade bielorrussa. Kutuzov tem o BATE Borisov no coração, mas não lhe reconhece argumentos suficientes para se bater com o FC Porto nem com os seus rivais.
RECORD – Como foi fazer parte do arranque do novo projeto do BATE Borisov, no final da década de 90?
KUTUZOV – A filosofia do clube passou por apostar em jovens jogadores de qualidade. E a verdade é que resultou. Éramos muito inexperientes, mas o presidente, o senhor Anatoliy Kapskiy, foi muito importante. Tinha muita vontade de levar longe o BATE Borisov e conseguiu.
R – Como expressava essa vontade?
K – Ainda estávamos no início, mas ele já falava em ser campeão e jogar na Europa. Logo nos primeiros anos, quando começámos a subir, disse-me que um dia íamos jogar na Liga dos Campeões. E agora o clube aí está.
R – Na altura era difícil acreditar que tal viria a ser uma realidade?
K – Era. Mas as condições do clube foram melhorando e o nível geral dos jogadores também. Foi um crescimento sustentado, mas sim, quando tens uma equipa tão jovem é difícil acreditar nisso. Quando começámos a vencer, especialmente depois do primeiro campeonato, começámos a pensar de outra forma.
R – É um clube diferente dos outros pelos quais passou?
K – Sim, mas é especialmente um clube diferente dentro do que é o futebol na Bielorrússia. Desde logo porque a cidade é muito pequena, então tens ali uma verdadeira casa. Depois porque o presidente é exigente e ao mesmo tempo solidário. Toda a gente se empenha verdadeiramente pelo clube, desde a direção até às pessoas que vendem bilhetes ou limpam o estádio. O ambiente que se criou foi muito bom.
R – Para os jogadores em especial...
K – Sim. O nosso país é grande, mas o futebol não é um desporto tão importante para os bielorrussos como é para os portugueses ou os italianos, por exemplo. Então, ter um ambiente familiar e ambicioso é importante. Além disso o clube criou nos jogadores uma perspetiva de futuro. É um clube que oferece verdadeiramente um futuro aos jogadores bielorrussos. Ou seja, uma perspetiva de que se te empenhares, se renderes, poderás procurar algo melhor para ti e para a tua família. Isso é um grande aliciante para qualquer jogador bielorrusso e faz a diferença.
R – Jogar em Portugal é aliciante?
K – Claro. Como é aliciante para um português jogar em Espanha, na Itália ou em Inglaterra. Qualquer jogador procura o melhor para a sua carreira e, portanto, ser o melhor dentro do seu país dá uma grande vantagem ao BATE Borisov.
R – Como vê a carreira da equipa na atual Liga dos Campeões?
K – As dificuldades que têm sentido são normais. Têm melhorado de ano para ano, embora nesta edição não estejam a ser muito felizes. Têm muitos golos sofridos. Todos os anos têm de vender os seus melhores jogadores, mas essa é a natureza do seu projeto.
R – Podem bater-se melhor em casa do que conseguiram no Porto?
K – É difícil. Não podemos comparar o BATE Borisov aos três grandes portugueses, seja ao FC Porto, ao Benfica ou ao Sporting. Estou certo de que farão tudo para pontuar na terça-feira, mas não será fácil.
R – O clube deixará uma melhor imagem nas próximas edições?
K – O ponto de vista económico é muito importante no futebol e ainda mais ao nível da Liga dos Campeões. Se pudessem manter os seus melhores jogadores seriam mais competitivos, mas não podem. É difícil dizer isso, mas espero que sim.
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