O FC Porto valeu-se da confortável vantagem de três golos que trazia da primeira mão para seguir na Taça UEFA. Numa noite calma, só um golo a meio da primeira parte – e marcado em falta sobre Baía – agitou um pouco as águas mas não o suficiente para alguma vez a equipa portista estar em verdadeiro perigo.
O jogo não foi grande coisa, mas ficou evidente no conjunto das duas mãos quem era mais forte. E ontem, sob um frio terrível, num campo muito difícil e frente a uma equipa rugosa, o onze de José Mourinho soube negociar bem o que faltava da eliminatória. Faltou, isso sim, ligar um pouco mais o seu jogo e partir para o ataque com a desenvoltura habitual de modo a não perder o encontro e interromper assim uma série que ia em nove vitórias e em 12 jogos sempre a marcar golos.
Mourinho apostou na mesma equipa dos Açores, com Secretário à esquerda. Até porque os franceses são muito altos e Secretário tem uns centímetros mais do que Mário Silva.
O Lens tinha uma marcação especial para Deco, vinda do capitão Blanchard, e desenhava o seu 4-4-2 que começou com algumas combinações bonitas e acelerações vistosas do cabeludo Caridon na direita, mas que morreram sempre num tripé fundamental formado por Baía, Jorge Costa e Pedro Emanuel.
O Lens teve a sua grande oportunidade aos 9', quando Sibierski apareceu em posição ameaçadora na esquerda, mas Jorge Costa conseguiu chegar a tempo de desviar o remate. Mas o FC Porto respondeu logo no minuto imediato, com um canto e um remate cruzado de Maniche que andou perto do poste.
A nota a sublinhar era um jogo muito a meio-campo, com os portugueses a tentarem pôr a bola à flor de um terreno muito irregular e os franceses a tentarem arranjar forma de penetrar na área, o que raramente conseguiam. Mas veio o golo, num canto em que a defesa portista não esteve bem, particularmente Costinha, mas em que Baía foi carregado irregularmente por Song antes de este fazer o golo. Nasceu alguma emoção aí, mas a verdade é que o treinador do Lens nunca sequer apostou tudo no ataque. A equipa manteve-se no seu ritmo e as substituições não alteraram nada de substancial. Joel Muller não queria pôr em risco a vitória e, verdadeiramente, era isso que lhe interessava para conter a crise por que passa o Lens. A eliminatória fora perdida no Porto há quinze dias.
Tanto assim foi que a segunda parte se jogou muito mais no campo francês e por duas vezes o FC Porto teve boas hipóteses de remate – Derlei (59'), obrigando Itandjé à sua única defesa, e Jankauskas, já na parte final, quando o lituano substituiu Capucho.
E o jogo foi correndo. Postiga deu lugar a Alenitchev e Derlei a Cândido, enquanto os franceses iam defendendo a vitória com muitas faltas, algumas bem feias, como as de Sibierski e Blanchard. Na segunda parte o FC Porto não só controlou como dominou o jogo, mantendo o adversário sob pressão. Mas faltou qualquer coisa, porque se se trata de uma derrota virtuosa, se se quiser, apesar de tudo com um pouco mais de sentido de baliza o FC Porto teria continuado a sua série invencível que vem desde o encontro na Polónia.
O árbitro eslovaco teve um erro grave ao validar o golo do Lens. Dúvidas numa falta sobre Derlei à entrada da área francesa, mas o sr. Hrinak também achava que estava tudo resolvido e não esteve para maçadas.
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