Luís Castro surpreendeu Jorge Jesus na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal com um meio-campo de combate, formado por Fernando, Defour e Herrera, e é esse o modelo que deverá utilizar novamente amanhã, no jogo que irá decidir qual dos rivais vai defrontar o Rio Ave na final da Taça da Liga.
Exercer grande pressão sobre a saída de bola do Benfica é a intenção de Castro, jogando com Defour e Herrera mais subidos, à semelhança do que fez há um mês, mas desta vez terá de contornar a própria pressão que se abate sobre os três homens que vão ocupar o posto de comando dos dragões. A fórmula resultou no primeiro encontro da Taça de Portugal, mas o mesmo não se pode dizer do que aconteceu a seguir. Poucos dias depois, na Choupana, o meio-campo afundou-se e levou o resto da equipa junto. Só Fernando escapou ao descalabro que culminou numa derrota frente ao Nacional e consequente ponto final na luta pelo 2.º lugar.
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Reinventar
Insatisfeito com a falta de imaginação no centro do terreno e condicionado pelo calendário e castigos, Luís Castro foi experimentando outras opções. Carlos Eduardo, Quintero e até Josué tiveram passagens fugazes pelo onze nas partidas que se seguiram, regressando ao formato clássico na visita ao Estádio da Luz, no tira-teimas da Taça de Portugal. Com o grupo na máxima força, o técnico voltou a apostar em Fernando, Defour e Herrera para travar a investida do Benfica, mas a estratégia caiu por terra aos 17 minutos, momento em que Salvio abriu o marcador e empatou a eliminatória.
Os dragões mostraram sempre grandes dificuldades, especialmente ao nível do meio-campo. Nem pararam o jogo do adversário nem sequer conseguiram ter a bola em condições de criar perigo. Castro não terá gostado do que viu, mas nem assim deverá abdicar deste modelo, eventualmente com alguns reajustes, para tentar surpreender Jorge Jesus. De resto, a margem de manobra é reduzida, dado que as restantes opções estão longe de dar a consistência necessária para este jogo.
CONCORRENTES À ESPREITA
Carlos Eduardo. Formou com Fernando e Defour o primeiro modelo do meio-campo na era Luís Castro, mas as suas exibições foram baixando de nível, ao ponto de sair da equipa. O brasileiro lesionou-se num dos tornozelos, em fevereiro, no jogo da Taça de Portugal, frente ao Estoril, tendo confessado recentemente que esse problema não foi totalmente debelado e que o condicionava em campo. Mesmo assim foi titular em Braga e marcou um golo.
Josué. A sua época tem sido marcada por altos e baixos e ainda no último jogo, com o Rio Ave, foi substituído em défice de rendimento. Isto uma semana depois de ter sido o melhor jogador da equipa diante do Sp. Braga. Sendo candidato a uma presença no Mundial, o médio necessita de acabar a época em bom plano para convencer Paulo Bento. Uma missão que se terá complicado pelo facto de ter passado novamente para segundo plano nas contas de Castro.
Quintero. Se fossem os adeptos portistas a escolher a equipa, o colombiano teria lugar garantido. Desequilibrador por excelência, perde por ainda não ter adquirido a maturidade tática para se afirmar entre as primeiras opções. Tendo em conta as características deste jogo, não é de prever que Luís Castro lhe dê uma oportunidade no onze, mesmo depois de ter feito a diferença frente ao Rio Ave, a sair do banco, deixando a sua marca nos três golos. No clássico será uma arma secreta.
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