Vitória histórica dos canarinhos, perante opositor a precisar de tratamento de choque...
Três dias depois do inesperado empate com os alemães do Eintracht Frankfurt na Liga Europa – mais ainda se tivermos em conta que a equipa chegou a ter dois golos de vantagem –, o FCPorto voltou a tropeçar em casa. E desta vez fê-lo com estrondo, já que nunca os azuis e brancos tinham perdido, enquanto visitados, um jogo do campeonato com o Estoril.
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Agora, em definitivo, já não dá para esconder a crise desportiva que se instalou no reino do Dragão. Os jogadores parecem bloqueados; o conjunto incisivo de outros tempos deu lugar a uma formação tão receosa quanto previsível; o treinador perde-se entre opções cada vez mais discutíveis e, claro, os adeptos exigem mudanças aos responsáveis.
O FCPorto, com 4 pontos de atraso em relação ao Benfica (hoje podem passar a 5 ou 7) e entretanto ultrapassado pelo Sporting, estava proibido de voltar a errar. Mas bastaram breves minutos para se perceber que os estorilistas surgiram determinados em voltar a complicar a missão portista. Fizeram-no na primeira volta da Liga (1-1), repetiram a dose no jogo da Taça de Portugal (derrota, no Dragão, por 2-1, no último minuto e depois de terem estado em vantagem) e agora foram ainda mais longe. À terceira, como sustenta o povo, foi mesmo de vez. Surpresa? Nem tanto...
Apostando num meio-campo bastante povoado (que se desdobrava sempre que aparecia oportunidade de espreitar o contra-ataque, mas que fechava em conformidade sem bola) e com um onze sem um verdadeiro ponta-de-lança, o Estoril fez questão de deixar a iniciativa ao adversário mas, ao mesmo tempo, reduziu-lhe os espaços de manobra. Mandando pressionar logo no meio-campo contrário, Marco Silva retirou serenidade às transições azuis e brancas, potenciou o número de passes errados e, com relativa facilidade, cedo provocou o nervoso miudinho às hostes portistas. Dentro e fora de campo.
Josué, na zona central, e Quaresma nos corredores (preferencialmente no direito) eram os únicos dragões que evidenciavam capacidade para conseguir quebrar a muralha defensiva do Estoril. Porém, sempre que logravam penetrar na zona de finalização para rematar ou servir os companheiros... era a vez de Wagner entrar em ação e resolver os problemas. Todos, rigorosamente todos, de princípio até ao final.
Estranha substituição
Paulo Fonseca não mexeu ao intervalo. Apesar do “andamento” da partida, manteve-se fiel à estratégia e aos homens que escolhera. Eos primeiros minutos da etapa complementar pareciam dar-lhe razão: o Estoril recuou demasiado, o FC Porto animou e fez mais remates em 10 minutos do que em toda a primeira parte. “Só” faltava acertar no alvo.
Mas, de repente, com a equipa por cima, Fonseca lança Carlos Eduardo. A ideia até podia ser válida, mas ao mandar sair Josué... tudo se complicou. E de que maneira! O Estoril rapidamente voltou a ter bola, recuperou a confiança e o jogo ficou mais ao jeito dos visitantes. Tanto que, para além de ter feito alterações que visavam uma presença mais efetiva no ataque, a equipa nem abanou com a expulsão de Marco Silva.
O jogo parecia talhado para o nulo ou, em alternativa, para uma suada vitória portista nos últimos momentos. Contudo, aos 77 minutos, os forasteiros foram atrevidos, ganharam um penálti e ficaram em superioridade numérica. Apartir daí – e pese o empenho dos locais – a sorte do encontro estava traçada. Os dragões tentaram forçar pelo menos o empate, mas o discernimento que antes era pouco... já não existia.
NOTA TÉCNICA
Paulo Fonseca é o rosto da atual incapacidade portista. Demorou a fazer alterações (apenas duas) e quando se decidiu retirou Josué, um dos melhores da equipa. (1)
Marco Silva montou a equipa a pensar em não perder, mas acreditou sempre que podia ganhar. Saber defender é uma arte e querer atacar uma (boa) opção. (5)
Árbitro: Vasco Santos (nota 4)
O portuense Vasco Santos realizou um trabalho bastante positivo, sendo de destacar, desde logo, o ter assinalado o penálti que decidiu a partida. Nem sempre é fácil, nos relvados dos grandes, tomar uma decisão do género, ainda por cima quando o resultado está em 0-0. De resto, pese ter deixado escapar uma situação de fora-de-jogo, apenas vacilou ao permitir várias entradas duras sem a devida sanção (técnica e/ou disciplinar).
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