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15 dezembro

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Navio de 200 milhões continua navegável

Sociedade apresentou prejuízo de 12,5 milhões de euros no 1.º trimestre...

Navio de 200 milhões continua navegável
Navio de 200 milhões continua navegável • Foto: luís vieira

Fernando Gomes vai assumir, a partir de dia 1 de abril, a liderança financeira da SAD do FC Porto. O antigo presidente da Câmara Municipal do Porto sucede a Angelino Ferreira e ao seu homónimo, atual presidente da FPF, FernandoGomes. Afinal, que sociedade vai encontrar o antigo autarca e atual vice-presidente do clube? Uma SADque, 17 anos depois de ter sido constituída, continua a somar peso financeiro, mantendo-se contabilisticamente equilibrada e sustentável.

Nas próximas semanas, a SAD portista anunciará as contas do 1.º semestre de 2013/14, pelo que é ainda o relatório do 1.º trimestre desta época (julho, agosto e setembro de 2013) a servir de última linha guia. Nesse exercício, em contas que ainda não tinham sido auditadas, a sociedade viu o seu plantel avaliado em praticamente 80 milhões de euros (ativos intangíveis), o que, somado a outros tipos de ativos, colocou o seu total na ordem dos 216 milhões de euros. Pelo seu lado, o passivo chegou aos 221 milhões de euros, mais 1 milhão do que o relatório anterior, da época 2012/13. Uma superioridade que o capital próprio da SAD se encarrega de anular.

Como se percebe, as contas fazem-se agora na ordem das duas centenas de milhões de euros. Algo muito diferente do que acontecia, por exemplo, na viragem do milénio, quando a SAD apresentava ativos e passivos da ordem dos 60, 70 e 80 milhões de euros.

O momento de viragem para a casa das centenas aconteceu na temporada 2003/04, com o FC Porto a inaugurar o Estádio doDragão e a sagrar-se campeão europeu, acontecimentos que elevaram notavelmente tanto o seu ativo como o seu passivo.

Por fim, olhando ao balanço anual entre proveitos e custos, percebe-se que os resultados líquidos dependem em grande parte da capacidade vendedora de passes de jogadores. Por exemplo, após a Liga dos Campeões de 2003/04, os dragões fecharam a época com quase 25 milhões de euros de lucro. A própria SAD tem frisado ao longo de vários relatórios que “as rubricas relacionadas com transações de passes têm sempre um peso bastante considerável nos resultados”.

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