Quando tudo parecia indicar que Steven Defour iria prosseguir a carreira na Premier League, eis que Lucho González partiu para o Qatar e deixou uma vaga no meio-campo, trocando as voltas ao internacional belga, de 25 anos.

De um momento para o outro, Defour deixou de estar apaixonado pelo Fulham, clube que lhe oferecia um excelente contrato, e mostrou-se disponível para continuar no FC Porto, em que poderá ter agora novas perspetivas de afirmação. Aliás, a ausência de El Comandante foi prontamente colmatada pelo belga que foi o eleito para integrar o onze frente ao Marítimo.

É uma vida nova para o médio que foi rápido a fazer marcha-atrás nas suas intenções. No final da semana passada, em declarações ao nosso jornal, o seu agente havia deixado para mais tarde considerações sobre o futuro do jogador, mas não foi preciso esperar muito tempo para se assistir a um volte-face no processo. Numa breve conversa com o site “Voetbalkrant.com”, Paul Stefani foi perentório. “A transferência está definitivamente encerrada. Houve uma oferta muito boa do Fulham, mas que foi recusada”, revelou o empresário de Defour, não deixando margem para dúvidas. Depois de ver partir Lucho para o Qatar, o FCPorto não abre mão do belga, até porque não pretende ir ao mercado.

Olhando nesta altura para Fernando e Carlos Eduardo como elementos essenciais no centro do terreno, Paulo Fonseca dispõe ainda de Defour, Herrera, Josué e Juan Quintero como opções a levar em conta, daí que não veja necessidade de reforçar o sector neste período. Há muitos milhões para rentabilizar...

Face às suas características, o belga parte em vantagem sobre a concorrência, mas não pode abusar dessa circunstância, uma vez que no início da época também era apontado como sucessor natural de João Moutinho e acabou por ver essa tendência diluir-se com o tempo. Face à partida de Lucho, abriu-se uma nova janela de oportunidade para o camisola 35, e a saída para poder jogar com regularidade deixou de ser inevitável. Tendo-se apresentado por algumas vezes em defesa de Defour, face à contestação dos adeptos, Paulo Fonseca tem agora uma boa forma de manifestar toda a confiança no médio, lançando-o definitivamente para o lado de Fernando.

Reconhecimento

Na hora da rendição, Defour não esqueceu El Comandante. “Grande amigo! Desejo-te boa sorte e um bom futuro na tua nova equipa!!!”, escreveu na sua conta no Facebook. A mesma rede social foi aproveitada por Mangala para despedir-se de Lucho: “Um amigo, um exemplo, uma figura do FCPorto! Continuação de tudo de bom, Capitão; foi um prazer jogar contigo!!!” Já na véspera tinha sido Josué a prestar a sua homenagem ao médio argentino.

Herrera e Quintero na segunda linha

Por muitas voltas que o centro do terreno dê, há dois jogadores que não conseguem sair da segunda linha. São eles Héctor Herrera e Juan Quintero. Ambos já tiveram o seu espaço na equipa, mas perderam protagonismo. O mexicano não tem forma de enquadrar-se ao lado de Fernando, enquanto o colombiano só é candidato a um lugar na posição 10, atualmente ocupada por Carlos Eduardo.

Dois jogadores com pretensões ao Mundial que vão gerindo as emoções da melhor forma. Herrera é mais comedido, ao contrário de Quintero que se mostrou preocupado por não jogar no FCPorto.