Confirmou-se o cenário de um jogo de obrigações mínimas para manter esperanças máximas. O FC Porto voltou a acusar alguma letargia perante um Gil a saber que não descia com esta inevitável derrota. Vá
Confirmou-se a história de um jogo sem grande sabor e emoção, com o FC Porto a manter a ténue esperança de ainda sonhar com um título que foge à medida que o caminho do rival Benfica fica mais curto.
Confira o direto do encontro.
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A equipa de Julen Lopetegui foi solícita a resolver a questão que parecia um pormenor, mas acusou novamente a letargia que já tinha marcado a exibição de Setúbal, demorando outra vez o que chegou a parecer uma eternidade para "matar" uma possível reação do adversário, o que é sempre possível com o resultado na margem mínima. Vá lá que apareceu mais uma obra de Jackson para, pelo menos, deixar um sorriso nos lábios como última imagem e confirmar em absoluto um 2.º lugar que dá Champions e novamente muitos milhões de euros para os cofres da SAD.
O FC Porto ficou com a absoluta e necessária vitória no bolso logo aos 12 minutos, quando o inevitável Jackson respondeu de cabeça ao cruzamento de Quaresma. Tudo na sequência de um penálti que o mesmo Quaresma desperdiçou, aqui também com grande mérito de Adriano, ao adivinhar o lado e a ser elástico para deter o remate. O problema, na perspetiva dos gilistas, é que o lance não acabou aí e Óliver ganhou na raça perto da linha, a bola sobrou para um ferido Quaresma que soube retocar o seu orgulho no espaço de um minuto, fazendo aquilo que melhor sabe: assistir de bandeja!
Faltas a mais. Aqui e ali, os dragões voltaram a acusar a natural sofreguidão de quem corre, em fim de estação, atrás de um prejuízo que pode não ser amenizado e muito menos compensado, cometendo até um número invulgar de faltas, quando o opositor é um dos chamados pequenos, e foram 15 só na primeira metade, com Casemiro e Alex Sandro a ver o cartão amarelo.
A colocação de Óliver mais no flanco esquerdo, oferecendo toda a liberdade para Brahimi procurar os desequilíbrios na zona central, foi mais um dado no jogo e que não é novo, mas que voltou a não resultar em pleno. Mas Lopetegui não facilitou quando sentiu, no início da 2.ª parte, que estava a perder o meio-campo, retirando o "amarelado" Casemiro e o cansado Herrera, para consolidar o sector com Rúben Neves e Evandro, perante a reentrada mais corajosa do Gil Vicente.
A grande notícia que os gilistas receberam antes do início do jogo, pois nunca haveria descida matemática mesmo com uma natural derrota no Estádio do Dragão, foi um dado que poderá ter contribuído para alguma passividade dos visitantes em jogo tão relevante para o que ainda está em causa.
Gil mexe
Com várias novidades, a equipa de José Mota também teve algum azar e pagou logo a fatura pelo primeiro grande erro defensivo que cometeu, com uma pura desconcentração geral perante um penálti desperdiçado pelos dragões, mas o Gil Vicente teve o mérito de manter o jogo em banho-maria, nomeadamente depois do grande susto que representou o minuto 73, altura em que Martins Indi e Evandro acertaram bolas nos dois postes da baliza de Adriano.
A verdade é que Paulinho e Rúben Ribeiro deram outra vivacidade para a ponta final do Gil, com a sensação absoluta de que a equipa ainda acreditava no "pontinho", mas nunca poderia arriscar em demasia.
Por isso é que saiu Simy e ficou Yazalde como ponta-de-lança para o derradeiro assomo dos galos, enquanto Tello voltava a ser visto num FC Porto sempre controlador, mas que quase acabava o jogo sem voltar a ameaçar a baliza de Adriano, não fosse a tal arte de Jackson a fazer toda a diferença, para uma obra em forma de bicicleta que fechou em beleza mais um jogo que pareceu, estranhamente, daqueles para… cumprir o calendário!
MINUTO 86
Um golo bonito e só possível na arte e engenho de um enorme goleador como é Jackson. Não é que a vitória dos dragões estivesse em causa, mas a diferença no marcador estava mínima e o inevitável colombiano "sacou" de uma bicicleta, com força e primor, para tratar de acabar com uma possível dúvida!
ÁRBITRO: Bruno Esteves
Sem grande reparos no capítulo técnico, viu bem a falta de Cadú sobre Jackson para penálti. O árbitro de Setúbal só teve algumas dificuldades em segurar as coisas no âmbito disciplinar.
NOTA TÉCNICA
Lopetegui (3)
A colagem de Óliver no flanco esquerdo parece um capricho evitável, mas o treinador espanhol voltou a ver a equipa cumprir o que era mesmo essencial sem permitir veleidades ao adversário.
José Mota (2)
A abordagem geral foi de alguma passividade, mas a equipa soube manter a diferença na margem mínima e chegou a acreditar que era possível negar o impossível até à obra final de Jackson.
HOMEM DO JOGO
Jackson. Quando viu Quaresma desperdiçar o penálti, terá pensado que o melhor seria ele tentar, mas depressa retocou a ordem natural, e ainda tem aquela obra final digna de um enorme goleador.
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