Paulo Fonseca tem deixado marca pelos clubes por onde passa, mas também nos jogadores que orienta. Em fevereiro último e na sequência da brilhante campanha no P. Ferreira que já ganhava contornos especiais, Record falou com Pedro Dionísio, extremo do Mafra que foi orientado pelo treinador no Pinhalnovense, em 2010/11, e que nos contou alguns segredos do técnico da moda em Portugal, que acabou por ser o escolhido para orientar o FC Porto na próxima época.

“Paulo Fonseca tem muito de Jorge Jesus, é um treinador com algumas parecenças, pois foi jogador dele no E. Amadora. A nível pessoal foi uma época complicada porque não joguei tanto como queria, mas, talvez por isso, foi a época em que mais aprendi. As pessoas pensam que se fala muito nele, ou que a imprensa o está empurrar para cima, só pelos resultados, mas isso deve-se essencialmente ao trabalho que tem desenvolvido”, começou por explicar o jogador de 27 anos.

“Foi um treinador sensacional. É novo, jogou futebol há pouco tempo e isso ajuda-o a perceber o momento atual do futebol português. É muito inovador a nível de treino e leva tudo ao mais ínfimo pormenor. Sabia quase tudo sobre os adversários. Tinha uma característica que nunca vi em toda a carreira: reunia todos no balneário antes do treino e explicava ao detalhe todos os exercícios, depois durante a sessão já não precisava de dizer nada”, salientou.

“O Paulo Fonseca tem mais perfil de líder, mas, no entanto, o Nuno Campos, adjunto que o acompanha desde os tempos do Odivelas, é que é o cérebro da equipa técnica”, revelou ainda Dionísio, pedra importante no Mafra, que terminou no 2.º posto da Segunda Divisão/Zona Sul.

Voltando a Jorge Jesus, uma das histórias mais curiosas vividas com Paulo Fonseca ao serviço do Pinhalnovense tem o técnico do Benfica como protagonista: “Quando fomos jogar ao Dragão, para a Taça, o Jesus ligou a desejar boa sorte, quando estávamos no autocarro e o mister prometeu, um pouco a brincar, que ia eliminar o FC Porto”.