"O compromisso com a vitória é permanente. Nesta casa respira-se um ar contagiante. Vencemos ou... vencemos", disse na apresentação...
"O compromisso com a vitória é permanente. Nesta casa respira-se um ar contagiante. Vencemos ou... vencemos." Melhor frase do que esta, proferida por Paulo Fonseca a 10 de junho do ano passado, não pode haver para explicar a saída do treinador nove meses depois depois de se ter dito "preparadíssimo" para assumir o compromisso de levar o FC Porto ao tetra.
Paulo Fonseca chegou ao Dragão com o crédito de ter levado o P. Ferreira ao playoff da Liga dos Campeões. Em 2012/13 conseguiu 22 triunfos em 41 jogos oficiais à frente do clube pacense, o equivalente a 54 por cento de vitórias.
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Na hora de oficializada a ligação ao FC Porto até 2015, Pinto da Costa não poupou elogios ao treinador, que garantiu "fazer tudo para defender a instituição". As perspectivas apontavam facilmente ao sucesso até porque de todos os técnicos portugueses que se seguiram a Artur Jorge foi mesmo aquele que chegou ao clube portista com mais currículo.
O contrato entre Paulo Fonseca e o FC Porto foi blindado com uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros, precisamente o mesmo valor que constava do vínculo assinado com André Villas-Boas, no verão de 2010, e menos três do que o que vigorava no compromisso com Vítor Pereira.
Paulo Fonseca não criou especial empatia com os adeptos portistas e muito cedo começou a ser contestado. O fim de ciclo começou a ser admitido logo após a derrota com a Académica embora Pinto da Costa tenha saído várias vezes em sua defesa.
A derrota com o Estoril só não foi a gota de água que fez transbordar o copo porque o presidente portista ainda deu a Paulo Fonseca margem de manobra suficiente para este mostrar frente ao Eintracht Frankfurt que a sua contratação não tinha sido um erro. O empate na Alemanha e a continuidade na Liga Europa deu para respirar um pouco mas o 2-2 em Guimarães mostrou que a situação estava insustentável.
Demitido esta quarta-feira, Paulo Fonseca junta-se agora aos poucos treinadores que não foram felizes no FC Porto com Pinto da Costa na presidência.
Outros casos de insucesso:
Quinito
Era o treinador do moda quando, vindo do Sporting de Espinho, chegou ao FC Porto. O homem que inventou a “linha de água” teve uma frase assassina logo que chegou às Antas, quando disse que o FC Porto era “o Gomes e mais 10”. Com menos 5, que foi a conta que o PSV passou aos dragões num jogo da Taça dos Campeões Europeus, no início da época, se ditou o destino de quem pediu para sair.
Tomislav Ivic
Na sua segunda passagem pelo FC Porto, em 1993/1994, Ivic não foi feliz com o seu sistema de jogo ultradefensivo. Apesar dos maus resultados que vinha a averbar no Campeonato Nacional, o croata tinha a confiança de Pinto da Costa e só depois de lhe ter surgido uma proposta de trabalho (Dinamo Zagreb) é que o presidente o deixou sair.
Octávio Machado
Rendeu Fernando Santos e chegou com a promessa de colocar o FC Porto a jogar como a selecção francesa – na altura, era a campeã do Mundo e da Europa –, mas a táctica dos 3 trincos não deu resultados e o técnico acabou por ser conduzido à saída, numa altura em que, a nível interno, o FC Porto já se encontrava na 5.ª posição do campeonato.
Del Neri
O italiano chegou ao FC Porto com toda a força e teve a coragem de colocar alguns dos “históricos” do clube na lista de dispensas. De qualquer forma, a direcção da SAD ainda fechou os olhos a essa situação, mas a chegada ao´Porto com um dia de atraso, após umas miniférias, acabou por conduzir o italiano até à porta da rua, não tendo sequer feito um jogo oficial.
Victor Fernández
O aragonês foi mais uma vítima dos maus resultados. Uma pesada derrota caseira (1-3), em pleno Estádio do Dragão, diante do Sporting de Braga, foi a gota de água para a FC Porto, Futebol SAD. Ainda mais, porque o técnico já não tinha mão nos seus jogadores, naquela que terá sido a época na qual os jogadores portistas mais vezes foram admoestados pelos árbitros.
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