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02 novembro

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Pinto da Costa: «Alguns elementos dentro do clube estavam a fazer jogo duplo»

Ex-líder dos dragões diz que a derrota nas eleições foi provocada por uma "campanha de desgaste"

• Foto: FC Porto

Pinto da Costa deu uma entrevista ao programa 'Contraste', da TVI Player, conduzido por Inês Simões, onde voltou a abordar a derrota nas eleições do FC Porto e a consequente saída da liderança do clube ao cabo de 42 anos. Para o presidente honorário do FC Porto, isso foi provocado por uma "campanha de desgaste" e ilibou a massa associativa do clube, considerando que não o abandonou no ato eleitoral.

"Não digo que me abandonou, foi levada a votar em sentido contrário pela campanha que foi preparada, como eles reconheceram, com anos de antecedência, andaram a preparar com dois anos, sabiam, porque tinham, infelizmente, alguns elementos dentro do clube que estavam a fazer jogo duplo e passavam todas as informações, houve uma campanha de desgaste e depois houve todo aquele Processo Pretoriano que levou à prisão do Fernando Madureira, tentaram ligar aquilo à direção do FC Porto e para mim foram essas as duas razões essenciais. Não estou nada sentido, às vezes sinto-me aliviado, porque me deitava sempre com problemas que tinha que resolver e agora não tenho essas preocupações. Estou mais tranquilo", destacou Pinto da Costa.

Razões da recandidatura

"Candidatei-me apenas por dois motivos, a academia da Maia, que estava adiantada só não se fez porque quem me sucedeu não quis, era um projeto importantíssimo para o clube, e queria renovar com o Sérgio Conceição. Quando saísse, para mm o timing era um ano depois de reeleito, quando saísse queria deixar a academia em bom caminho para funcionar e que o Sérgio fosse o treinador do FC Porto. Renovei com ele antes das eleições, porque o meu opositor, o André Villas-Boas tinha-me criticado por não ter renovado já com o Sérgio Conceição. Pensei que como havia três candidatos, os outros dois criticavam-me por não ter renovado com o Sérgio é porque queriam que renovasse. Como eu também queria, foi essa a razão pela qual renovei. Depois os sócios votaram em sentido contrário, perfeitamente bem, tenho muita pena sobretudo pelas duas coisas, porque acho que o Sérgio era muito importante no nosso projeto e porque a academia foi um erro tremendo não ter avançado para garantir a nossa formação. Se com poucas condições temos lançado jovens que ainda agora estão a entrar na equipa principal, com a academia bem feita e a funcionar seria ótimo para o clube. Não quiseram assim, não tenho de discutir. No dia da final da Taça de Portugal, que foi o meu último jogo como presidente, disse que a partir dali não falaria mais dos meus projetos, porque as pessoas quiseram ir por outro caminho, a responsabilidade não é minha, têm de seguir pelo caminho que determinaram. Foi só por essas duas razões que me candidatei e sabia que não iria poder completar o mandato. Ao fim de um ano, mais ou menos, pediria a demissão e convocaria eleições do clube."

Maior adversário dentro do campo

"Havia um clube que não gostava nada de defrontar, embora curiosamente tenha sido amigo dos diversos presidentes que conheci e sou amigo do atual presidente, Florentino Pérez, era o Real Madrid. Tínhamos um complexo com o Real Madrid. Quando saía o Real Madrid ficávamos logo preocupados. Curiosamente, uma vez saiu-nos o Real Madrid num grupo, fomos apurados os dois e foi a época em que ganhámos a Liga dos Campeões. Era o clube por quem tínhamos mais respeito, achávamos que era forte, tinha muita influência… os outros para mim o pensamento era sempre o de ganhar."

Maior adversário fora do campo

"Diria que foi o Ministério Público, porque fruto de queixas anónimas e também de cartas anónimas criaram uma ideia de mim, que tinha negócios, que tinha uma fortuna escondida, infelizmente não tenho, o que tenho está bem à vista, volta e meia era visitado para fazerem buscas, nunca encontraram nada, sei que andavam nos bancos a ver as minhas contas, aí nunca entrou dinheiro que não fosse justificado por cheques ou vencimentos, houve, não vou dizer que fosse uma perseguição, uma ideia que eles tinham que felizmente nunca puderam concretizar de que eu estava envolvido em negócios ilícitos até no FC Porto, que encarei com naturalidade, porque tenho a consciência tranquila e tenho a certeza absoluta de que nunca vão encontrar nada, porque nada fiz que não fosse correto e dentro da lei."

Por Record
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